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Ele era correspondido!

Nem em seus maiores sonhos, Luka imaginou isso. Na verdade, ele nem chegou a sonhar com isso. Parecia surreal demais sequer imaginar que Okane poderia sentir o mesmo por ele.

Mas ele sente!

E como é boa a sensação de ter um amor correspondido por alguém.

Depois de contarem seus traumas um para o outro e os superarem juntos, algo mudou. Ele podia sentir isso. Parece que havia um peso em seus ombros e ele finalmente se dissipou. Ver a adoração nos olhos do moreno enquanto ainda se despiam, a maneira delicada com que ele o tocou e o jeito como beijou cada uma das suas imperfeições o fez se sentir amado antes mesmo que as três palavras saíssem da boca dele.

E quando elas saíram...ele não teve outra alternativa senão dizer que sentia o mesmo. Afinal, como negar o que sentia depois de uma declaração tão...linda e cheia de significado?

E o que aconteceu depois...naquela sala, não foi apenas sexo. Foi mais que isso. Era quase como a consumação do casamento deles, a hora que ele deixava de ser uma mentira e passava a ser verdade. A verdade mais linda.

Luka acorda, ainda no sofá, na manhã seguinte, já com o sol entrando pela janela e sozinho. Ele olha a hora. Eram quase sete.

— Acordou, bela adormecida?– ouve uma voz conhecida da cozinha e se levanta, catando suas roupas e indo até lá, encontrando um Okane sem camisa, despenteado e muito, muito lindo fazendo panquecas para eles.– Bom dia...

— Bom dia...– Luka não sabe como agir agora. Afinal, mesmo que a noite passada tenha sido...mágica, pode ser que o outro só tenha dito aquilo no calor do momento e da entrega.– Olha, eu realmente tenho que saber: o que a gente vai fazer agora?

— Sei lá, fingir que nada aconteceu?– Okane pergunta e Luka, apesar de pelo de surpresa, vai assentir quando o outro começa a rir.– Cara, eu disse que amo você! Acha mesmo que eu iria conseguir fingir que nada aconteceu depois daquilo? Se quiser, se aceitar e me permitir...podemos fazer isso funcionar e transformar numa relação de verdade. É só me dizer que quer.

— Acho que...eu nunca quis tanto algo na vida.– Luka diz  sorrindo e o moreno sorri também, deixando um selinho em seus lábios. Ele termina a panqueca e os serve e logo depois, indo tomar banho.

Enquanto isso, o loiro resolve checar o celular e vê que haviam milhares de mensagens de Emilia no seu celular perguntando se ele estava bem e o que tinha acontecido. Ele resolve ligar pra ela.

— Lu! Graças a Deus. Fiquei preocupada com você porque saiu daquele jeito. Tá tudo bem?– Antes de ele sequer dizer alô, ela já o bombardeia com informações.

— Tá tudo bem, Emi...– ele diz– Eu...meio que dei uma surtada ontem mas no fim não era nada e...Sobre aquilo...

— A cicatriz? Ele sabe?

— Sabe! De tudo. E nós dois sabemos que...sentimos o mesmo um pelo outro.

— Ai, Lu! Que coisa boa! E eu nem vou falar que te avisei né? Era óbvio que isso ia acontecer!

— É, Emi. Eu não sei o que seria da minha vida sem você. Eu sei que às vezes te dou trabalho, mas eu te amo. Obrigado por tudo.

— Ai, Lu! Assim você me faz chorar às sete da manhã!– diz do outro lado da linha.

— Ah, Emi. Só queria te agradecer mesmo. E te dizer que agora tô encontrando meu caminho...Pode trilhar o seu tranquila. Com a Andi.

— É o que eu vou fazer, Lu. E agora eu preciso desligar.— fala Emilia

Sálvame| Lukane Onde histórias criam vida. Descubra agora