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Luka pega um taxi depois do encontro com Celina e vai direto pra casa, ainda confuso sobre tudo o que ela tinha lhe dito. Celina era a pessoa de maior confiança do seu pai dentro daquela empresa e foi sua assistente por muitos anos. Ela não iria mentir sobre um assunto tão importante como aquele, muito menos falar algo do qual não tinha certeza. Ou seja, se ela disse a ele do testamento, as chances de estar dizendo a verdade eram altíssimas.

Mas isso só desencadeava mais e mais perguntas como: Por que o Gus mentiu sobre o testamento? As cartas do pai também foram forjadas? Mas como se aquela era a letra de Marcelo? E sobre o envolvimento de Franco naquilo tudo? Porque seu pai escondeu o verdadeiro testamento num lugar onde só ele e Deus sabem onde? E será que ele seria capaz de achar onde ele o escondeu, como Celina confiou que faria?

Eram tantas perguntas e quase nenhuma resposta...ele não ia conseguir pensar nisso tudo sozinho e precisava de alguém pra desabafar e que o aconselhasse sobre o que era melhor pra ele, e para o dois. Ele precisava de Okane.

— Marrento?– Chama ao entrar no apartamento, que curiosamente estava com as luzes apagadas.– Cheguei. Onde você tá?

E começa a andar pela casa atrás do marido, mas não o vê em lugar nenhum, nem suas coisas do trabalho estavam por ali.

— Será que ele não chegou ainda?– se pergunta. O seu encontro com Celina durou menos que ele esperava, mas Okane deve ter passado no mercado ou sei lá. Ele resolve ligar, mas cai na caixa postal. Três vezes.

"Onde será que ele se enfiou?" O loiro se pergunta como se alguém em seu subconsciente fosse responder. Mas se estivesse só no mercado e esquecido o celular no carro, não ia demorar até ele chegar, então Luka resolve tomar um bom banho e esquentar o jantar, mas nada de Okane chegar.

Ele liga pra ele, mas o celular continua dando desligado e começa a se preocupar. Então o loiro resolve ligar pra Dixon, que atende sem demora.

— Hey, Luka! Tudo bem?

— Oi...É...na verdade, o...Okane ainda não chegou em casa  e não tá atendendo o celular. Você não tem ideia pra onde ele tenha ido?

— Caramba, não tenho a menor ideia.– Dixon fala– O Okane não é disso. Muito menos de deixar o celular desligado.

— Exatamente! Já tô ficando preocupado. Vou tentar ligar pra ele mais uma vez.

— É, eu vou tentar daqui...Me liga qualquer coisa!– Dixon diz.

— Ok!– Luka fala e desliga e já começa a ligar de novo pra Okane.

O loiro já está quase pegando no sono deitado no sofá, quando ouve a porta abrindo e vê Okane entrar pela porta.

— Aaah, você ainda tá acordado...– fala com a voz meio enrolada.

— É claro que eu tô acordado ainda!– Luka diz– Porque eu tava preocupado com você!– fala chegando mais perto do moreno e sente cheiro de perfume barato– Eu não vou nem perguntar onde você tava porque sua voz já tá denunciando, mas com quem você tava?

— Luka, eu juro que posso explicar!– fala chegando mais perto e Luka finalmente reconhece o aroma do perfume. Era o que Jana usava.

— Então explica! Com quem você tava?

— Com a Jana...– Okane confessa.– Ela descobriu tudo.

— Tudo o que?

— Sobre a gente, sobre o casamento...que era falso e tudo o mais.

— Eu sabia!– Luka fala se lembrando de quando a pegou mexendo mo computador mais cedo– Mas porque só chegou agora e...bêbado? E por que o perfume dela tá impregnado em você?

Sálvame| Lukane Onde histórias criam vida. Descubra agora