10.

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Emilia havia passado o final de semana inteiro tentando convencer Luka do porquê a ideia de alugar um marido era péssima.

"E se ele for um criminoso e quiser roubar sua herança?"

"Por isso eu vou pedir os antecedentes"

"Eles podem forjar, Luka! Já pensou se for um serial killer, ou psicopata e quiser te matar? Ou...ou um estuprador?"

"Vou marcar sempre em locais públicos Emi!"

"Podem te drogar, Luka"

"Vou prestar atenção, Emi."

E esse diálogo se repetia todos os dias, mas é claro que Luka não ia tirar essa ideia da cabeça porque uma vez que ele coloca algo nela, não descansa até conseguir e com o casamento não seria diferente.

— Emilia, chega! Eu já me decidi. Vou colocar meu carro pra vender e colocar um anuncio procurando um marido.– Luka fala pelo sistema de som do carro enquanto chega na empresa. Era a primeira vez que ele não estava chegando atrasado. Graças a Emilia que havia lhe jurado que ele não chegaria atrasado à empresa nunca mais depois que ele lhe contou sobre os descontos no salário

— Mas...mas o Gus pode ver, Luka.– Emilia ainda tentava argumentar com ele quando Luka estaciona o carro e desce.

— É por isso que vou usar meu apelido, Emi. Ninguém vai suspeitar, eu juro.— Luka fala travando o carro, ainda de costas pro estacionamento.

— Mas...mas...

— Ah, Emi! Eu já falei que vou tomar cuidado. Ou você quer casar comigo?— pergunta

— Ah, claro! E o que a gente vai dizer pro Gus? Que você se descobriu bi depois de anos sendo gay? A gente seria preso logo depois! – Emília fala rindo e Luka ri também.– E é por isso que eu não quero que você faça isso porque mesmo que o cara não seja um assassino, se descobrirem, você pode ser preso!

— Eu sei, Emi! Mas que escolha eu tenho? Meu pai deixou aquele testamento horrível pra mim e eu preciso recuperar minha herança! Nem que pra isso tenha que pagar alguém pra fingir ser meu marido!– Luka fala um pouco mais alto pra ver se isso entra na cabeça de Emilia, pra que ela finalmente entenda isso. Mas acaba chamando a atenção de outra pessoa

— Como é que é?– era a voz de Okane. Ele havia ouvido o que Luka acabara de falar.

— Lu? O que foi?– Emilia pergunta do telefone.

— Te ligo depois, Emi!– Luka diz e desliga o telefone em seguida.– Que falta de educação ouvir conversas dos outros!– ele começa a brigar com Okane.

— Eu não ouvi por querer. Não tenho culpa que você estava gritando. E que bom que fui eu e não outro funcionário!

— Ou senão o que?– Luka pergunta petulante se aproximando do moreno.

— Ou com certeza o Gus ou o Franco ficariam sabendo!– Okane fala.

— E por que você não vai correndo contar pra eles, senhor certinho?– Luka pergunta.

— Porque...eu te entendo.– Okane diz.

— Também precisa se casar pra conseguir sua herança?

— Não...Eu preciso me casar, mas na verdade meu motivo é um pouco menos egoísta que o seu.

— E qual seria?

— Preciso ser promovido.

— Não vi nada menos egoísta que o meu motivo.

— Escuta, não acho que vai dar pra explicar pra você aqui, agora mas...topa almoçar comigo?— Okane pergunta– Fora daqui?

— Tá...mas dessa vez, eu pago meu almoço.

Sálvame| Lukane Onde histórias criam vida. Descubra agora