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Gus tinha se disposto a ir com Luka até o prédio de Okane, pra ajudá-lo com as malas, que já estavam prontas, mas Gus não precisava saber disso, então Luka apenas lhe deixou na porta do prédio enquanto subia pra fazer as malas.

Ele pega sua mala e olha as fotos que estavam espalhadas na mesinha do corredor. Ele olha pra mais nova dali, uma deles dois juntos no dia em que foram ao parque e passaram o dia juntos.

— Logo logo vamos estar juntos novamente. Eu prometo.— Luka diz pra foto e logo em seguida, olha pra sua foto com o pai e também lhe faz uma promessa: — E vou limpar a sua memória, papai. Mas me ajuda a achar aquele testamento?— pede e trata de sair do lugar. Ele deixa a sua cópia da chave com o porteiro do prédio e vai até Gus.

— Pegou tudo?– Gus pergunta e Luka assente, colocando a mala e o violão no porta malas e indo até o banco do passageiro. Nessa hora, o telefone vibra e ele o pega. Era uma mensagem de Celina:

"Hey, Luka.
O Franco já está esperando você para a reunião."

Só então Luka lembra que havia marcado uma reunião com Franco naquele mesmo dia, mas com tudo o que aconteceu ele acabou esquecendo completamente.

"Oi, Celina.
Caramba, esqueci completamente dessa reunião.
Depois do que você me contou eu...resolvi agir.
Não tô na empresa porque tô indo pra casa com o Gus.
Mas...se o Franco quiser, falo com ele amanhã na festa da empresa."

Celina responde quase que na mesma hora:

"Ah, Luka. Toma cuidado.
E eu falo pro Franco que você teve um imprevisto e só vai poder falar com ele amanhã."

"Valeu, Celina!"

"E boa sorte. Estou torcendo por você e se precisar de alguma coisa, me chame."

"Tá bom"

Ele mal percebe quando o carro estaciona na mansão. E já trata logo de sair para pegar suas coisas.

Assim que entra em casa, ele sente o cheiro característico da comida de Lupe, do qual sentia muita falta.

— Avisei a ela que você viria. Ela ficou tão feliz que resolveu fazer sua comida preferida!– Gus diz animado. Olhando assim nem parecia que era um Judas traidor filho da puta.

Luka anda até a cozinha, vendo a empregada cantarolando enquanto cortava os temperos e os jogava um a um na panela.

— Huuum, que cheiro bom!– Luka fala animado entrando na cozinha e recebendo um sorriso acolhedor da mulher.

— Oh, querido! É tão bom te ver de volta.

— É bom estar de volta, Lupe. Cuidou da casa pra mim?

— Claro que sim! O seu quarto ainda está do jeitinho que você deixou, assim como a biblioteca do seu pai.— Lupe diz sorrindo orgulhosa e Luka a abraça, agradecendo e subindo com as coisas até o quarto. Ele já sabia exatamente onde começar a procurar, mas também seria o lugar mais difícil e ele precisava de ajuda.

E quem melhor para a tarefa que a sua companheira de fugas noturnas e planos mirabolantes pra enganar os pais?

— Oi, Lu!– A voz de Emilia fala do outro lado da linha ao atender– Não deveria estar trabalhando?

— Eu...me demiti! E é uma longa história! Tá livre no almoço? Precisamos conversar.– Luka diz à amiga

— Claro que estou! Me encontra na cafeteria aqui perto do meu trabalho.– diz a garota.

Após o almoço em casa, tendo a (des) agradável companhia de Gus e de Anita, mas a reconfortante presença de Lupe, a qual ele insistiu pra sentar com eles à mesa para horror de Anita, ele alegou que precisava sair pra espairecer e pediu o carro a Gus.

Sálvame| Lukane Onde histórias criam vida. Descubra agora