Juliana é uma jovem moça de vida apática e vazia. Reduziu-se ao apartamento em Lisboa, às novelas brasileiras e ao futebol do Sporting CP. Vive para um passado mal resolvido registrado, não somente em sua memória, mas também através dos versos de um...
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Da Religião Cristã:
Não existem provas concretas de que os acontecimentos do Antigo Testamento judaico-cristão sejam de fato verídicos. As igrejas cristãs, de modo geral, interpretam alguns desses acontecimentos como figurados ou literais, ao seu bel prazer. Eis que esse é um dos problemas centrais do cristianismo. E, também, o Deus do Antigo Testamento se comporta de forma praticamente oposta ao Deus pregado por Jesus. Enquanto a divindade dos judeus é um carrasco que valoriza as guerras, suas cóleras e que castiga o pecador das mais variadas formas possíveis, o Deus pregado por Jesus repudia todo e qualquer ato violento. Certos trechos do Antigo Testamento contradizem os do Novo e algumas coisas ditas ou feitas pelos personagens dessa parte da Bíblia não são ao menos cabíveis em um contexto racional.
Os ensinamentos dos apóstolos são igualmente repletos de erros. Afinal, eles interpretaram o que foi dito por Jesus em vida sob seus próprios pontos de vista, corrompendo, dessa forma, a ideologia do Nazareno. Podemos mencionar a forma impositora e preconceituosa a qual certos apóstolos pregavam a Palavra — assim como vemos no Antigo Testamento. Essas são características da época em que a Bíblia foi escrita. Em suma, o comportamento egocêntrico do ser humano distorceu ao seu favor todo o manuscrito "sagrado".
E por qual motivo o cristianismo, de forma geral, interpretava — e interpreta — várias passagens bíblicas de maneira tão absurda? Para alienar seus seguidores. Para conquistar influência social. Para enriquecer. Note que todos esses atos advêm do maldito egocentrismo humano. Ou indulgências, inquisição, cruzadas e perseguição foram atitudes louváveis tomadas pela religião? Até mesmo os dogmas atuais são incrivelmente estúpidos se analisarmos friamente. Afinal, com tanta fome, destruição, desigualdade e injustiça que as próprias religiões causaram, porque Deus se importaria, digamos, tanto assim em valorizar castidade, condenar homossexualidade, exigir ritos de missas ou cultos sem sentidos?
Temos também a reforma protestante. A iniciativa de Lutero de construir uma igreja mais justa também não deu certo, pois foi uma tentativa egocêntrica. A Igreja Protestante resultou em tantas outras inúmeras denominações evangélicas que bagunçaram ainda mais o cristianismo. Isso tudo, sem falar na ridícula divisão entre Católicos Apostólicos Romanos e Católicos Ortodoxos. Afinal, a regra universal do ser humano deveria ser apenas uma: amar a todos igualmente.
O próprio posicionamento que as religiões tomam a respeito da adoração excessiva de Deus e outras figuras importantes do cristianismo levam a pensar que Deus é egocêntrico, pois quer atenção exclusiva a Ele mesmo. E se o próprio egocentrismo infectou as religiões cristãs, qual é o motivo de sermos adeptos a uma igreja? Religiões são consequências de más intenções egocêntricas e geram um atraso horrível com suas formas de alienação, sendo tão convincentes porque utilizam o nome de Deus.
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Do Âmago de Nós:
O egocentrismo: da religião até nós. Todas as atitudes más do ser humano provém dessa palavra. O amor: aquilo que tudo repara. Todo comportamento positivo provêm dele.
O egocêntrico é aquele que prioriza seu próprio bem e sua própria influência diante das situações. Para se autovalorizar, ele sempre recorre a jogadas nas quais faz o mal, conscientemente ou não, aos seus próximos. Em suma, o egocêntrico é aquele que vê a necessidade de priorizar seu ego, tornando-se, por vezes, figura de atenção.
Sendo assim, o egocentrismo acaba por gerar todos os outros sentimentos ruins como, por exemplo, a ganância, o preconceito, o ódio, o egoísmo, a mentira, etc. Obviamente, todo sentimento ruim traz atos ruins consigo. Esses atos podem ser significantes ou não para uma organização social.
Por que o mundo é dividido em países ou posses e porque existem guerras entre a própria raça humana? Por que há tanta pobreza em algumas regiões e tamanho esbanjo em outras? Isso tudo pode ser respondido com uma só palavra: egocentrismo. Tudo partiu de determinadas pessoas que se intitularam como líderes e resolveram dizer que determinada área do planeta era sua. Com isso, houve o surgimento de outras pessoas que aceitaram viver em sociedade e submetidas às regras desses líderes. Disso vieram as tribos e das tribos os países. Obviamente, tanto os líderes quantos os outros integrantes dessas sociedades queriam o bem para sua nação. E necessariamente os líderes queriam o bem daquela nação para se tornar o centro de toda influência daquela determinada região. Isso gerou o surgimento das guerras e outros problemas que acarretaram nas desigualdades étnicas e sociais. O esbanjo e a pobreza não passam de consequências de um melhor desempenho que cada nação obteve. O próprio capitalismo é uma consequência do egocentrismo.
Enfim, não conseguimos fugir desse conceito. E é por isso que ele define o ser humano.
Em contrapartida, também temos outro sentimento influente: o amor. Pessoas que amam verdadeiramente — seja em qual sentido for — não querem causar mal aos seus próximos. Portanto, o amor gera todos os outros sentimentos bons como, por exemplo, a partilha, a honestidade, a piedade, a caridade, etc. Porém, o próprio egocentrismo ofusca o amor. Por exemplo, duas pessoas muito egocêntricas quando namoram se dão bem? Além das brigas e de uma provável separação, o egocentrismo gerado pelo casal acaba ofuscando o amor existente entre eles. A vingança ofusca a piedade, o egoísmo a partilha... Sentimentos maus ofuscam sentimentos bons.
E é por isso que a essência humana é classificada com duas polaridades opostas: amor (bem) e egocentrismo (mal). Cabe a cada ser humano escolher para qual lado pender. Ninguém é 100% bom ou 100% mau, porém infelizmente os instintos humanos tendem a pender para o egocentrismo em situações de extrema importância. Mas é garantia: uma melhora comportamental mútua pode trazer significativas melhoras ao meio social.
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