XXII- História Excluída

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Já para meados de junho de 2015, comecei a viver uma fase ruim na escrita

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Já para meados de junho de 2015, comecei a viver uma fase ruim na escrita. Não tinha mais ideias para O Egocentrismo Que Nos Destrói e tudo o que me limitava a escrever eram alguns contos e poemas sobre Samanta — vil fantasia que consumia e negava. O caderno de capa verde nunca esteve tão abarrotado de produções secretas que não me atrevia a postar no meu perfil ou mostrar à amiga portuguesa. Para que não cortássemos a relação subitamente, disse a Samanta que eu tinha escrito um punhado de contos os quais queria que betasse.

Assim sendo, separei alguns deles, aqueles que não eram muito escrachados, e enviei à ela. Como era uma tremenda idiota, enviei Coração Português e meu primeiro conto lésbico, Um Delírio Sem Explicação, juntos. Acidentalmente (ou não) aqueles trabalhos chamaram a atenção de Samanta, que deu seu troco excluindo Os Martírios Intercontinentais de seu perfil. Chateada, certa vez perguntei-a:

Juliana: Por que é que você excluiu "Os Martírios Intercontinentais" de seu perfil, Samanta? Reparei apenas agora a falta dele. Gostava tanto desse conto...

Samanta: Sinto muito que gostavas... Deletei-o porque era demasiado cliché e também muito pessoal. As linhas faziam-me lembrar de sentimentos mal resolvidos. Agradeço imenso pelo teu interesse. No mais, estou a trabalhar noutro projecto.

Ainda aquela noite, escrevi uma página de diário em forma de prosa poética, escrachadíssimo. A princípio, estava no meu caderno de capa verde, mas resolvi transcrevê-lo para o notebook. Num ímpeto de coragem da madrugada, enviei-o para Samanta e disse-lhe que era inédito. Tudo desembocaria para a pergunta fatídica — o dia no qual assassinei uma alma com minhas mentiras.

Ah, Caro Diário...

Ah, Caro Diário

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