XXXII- Manuel de Farias Saleiro

3 0 0
                                    

Já pela manhã seguinte, acordei um pouco mais calma e fui lavar o rosto no banheiro

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Já pela manhã seguinte, acordei um pouco mais calma e fui lavar o rosto no banheiro. Preparei o cafezinho de sempre, pensativa, e cheguei a conclusão de que deveria iniciar minha investigação para encontrar Samanta. Primeiramente, consultei uma lista telefônica lisboeta pela internet. Encontrei dois nomes que terminavam em Saleiro. Coloquei o primeiro deles no Facebook e encontrei um contato: Nuno Fernandez Saleiro. Como seu perfil era desbloqueado, decidi mandar uma mensagem a ele. Cumprimentei-o amistosamente e perguntei se conhecia alguém com o nome de Samanta Pescada Saleiro. Duas horas depois, Nuno me respondeu, de forma educada, que não.

Era óbvio que não acertaria de primeira. O próximo nome da lista era Maria Aparecida Saleiro, todavia dessa vez não encontrei um Facebook correspondente. Sem muitas saídas, teclei seu número em meu celular e liguei a ela. Era uma velha ranzinza que me tratou de forma super deseducada, dizendo que não conhecia ninguém com o nome mencionado. Restava-me, agora, nenhum nome.

Como fiquei nervosa com a possibilidade de não encontrar Samanta, joguei a palavra Saleiro no Google e, mais tarde, no Facebook. Além de fotos de saleiros de cozinha, encontrei um nome novo: Manuel de Farias Saleiro. Tratava-se de uma página pública de um pequeno jogador de futebol lisboeta, que jogava para o Oriental de Lisboa, um pequeno clube local.

Logo em seu último post, Saleiro anunciava a venda de ingressos para seu próximo jogo pela quarta divisão de Portugal. Olhei sua feição na foto de perfil — lembrava-me bastante de Samanta, ao menos pelo ponto de vista de quem morava do outro lado do oceano. Hesitei em mandar mensagem a ele, pois o perfil parecia ser apenas de negócios. Salvei o link no meu celular e, tentando esfriar a cabeça, resolvi almoçar fora, em um pequeno restaurante perto de casa — não estava com o espírito de preparar nenhuma comida.

Assim, saí de casa com o velho Gol 1989 herdado de minha mãe. Já algum tempo, tinha economizado dinheiro para tirar carta, e aquela era uma das primeiras vezes em que eu dirigia sozinha. Depois de pegar um pouco de trânsito, cheguei ao local de almoço. Fiz um prato básico de comida e, como estava à toa, comi enquanto olhava meu Facebook. Foi quando esbarrei em um post de Saleiro, o jogador de futebol.

Na nova publicação, o desportista estava anunciando o sorteio de um ingresso para o próximo jogo do Oriental contra o 1° de Dezembro. Como estava de olho em seu perfil, resolvi participar do evento. Os resultados seriam anunciados no dia seguinte.

Passei um sábado solitário, assistindo à televisão e lendo um pouco do último livro que havia comprado no sebo, A Hora da Estrela, de Clarice Lispector. As distrações me permitiram esquecer de Samanta e Vanessa por algumas horas. Fui dormir preguiçosamente ainda aquela noite, mas o que viria a acontecer em seguida podia alterar completamente o rumo de minha vida... Ó Manuel Saleiro...!

!

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Café Amargo 1 -  A Morte Mão Amiga (Duologia Cafés Parte 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora