capítulo 11

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Ana 📍
Complexo do alemão

Acordo com o meu relógio tocando o alarme, um pequeno relógio que comprei de um vendedor ambulante, tomo banho me visto e pego minha mochila.

_ Pai já vou pra escola, mais tarde eu chego.

_ Tá bom, Ana, vou te esperar na calçada com a vizinha.

Saio de casa e vou para escola, no caminho vejo uma das mulheres que estavam no baile funk me encarando, ela estava em uma laje que é conhecida aqui, isso porque os homens que vão eles são envolvidos com coisas de tráfico e as mulheres vão pra tentar ostenta e se envolver com eles, bom geralmente e pra isso. Ela deve estar com ciúmes dele, bem que eu queria que ele ficasse com ela é deixasse em paz.

Filipe não parou pagar minhas contas e e algumas vezes na semana manda um dos vapores me entregar uma grande quantia de dinheiro, más mesmo assim quero trabalhar para ter o meu dinheiro suando, não quero me acostumar a essa vida como se eu tivesse procurado por ela, o dinheiro que ele está me dando eu quardo tudo, nunca sabe quando vou precisar.

Afasto meus pensamentos e continuo a andar até chegar no colégio, entro na escola e vejo um dos meus professores sentado em sua cadeira da sala.

_ Boa noite Ana.

_ Boa noite, professor.

Pego meu caderno e fico olhando algumas anotações que fiz para a prova, o tempo vai passando e logo vejo as pessoas chegando e aula começa.

Depois de um tempo chegou a hora do lanche, depois tivemos mais três aulas e finalmente largamos.

Saio da escola em direção a minha casa, no caminho vejo a laje com mais gente que antes, o som está mais alto e tem muita barulho de pessoas falando e rindo.

Olho para o lado e vejo o vapor que estava me viajando esses dias fala alguma coisa no radinho de comunicação, provavelmente está falando pro Filipe que eu estou voltando pra casa.

Passo por uma lanchonete e sinto o cheiro de coxinha fritando e na memsa hora minha boca saliva.

Procuro os cinco reais que coloquei no bolso antes de sair de casa pra comprar umas pastilhas,pego o dinheiro e vou até o balcão onde tem um senhor de idade mechendo no celular.

_ Boa noite, quanto tá a coxinha?

_ Boa noite, dois reais.

_ Vou querer duas.

O senhor lococa as coxinhas na bolsa plástica e pergunta se vou querer maionese mas respondo que não então ele coloca apenas ketchup.

Entrego o dinheiro pra ele pego a sacola e continuo a andar, não aguento esperar chegar em casa, mesmo faltando pouco não consigo.

Abro a bolsa e pego uma coxinha, abro o ketchup e coloca nela, dou a primeira mordida e parece que o chão sumido dos meus pés, o gosto me leva ao céu.

Não sei como uma simples coxinha consegue fazer me sentir assim, por um momento até esqueci das coisas que estavam perturbando minha cabeça.

Continuo a andar e logo termino de comer as coxinhas, quando os plásticos na minha bolsa do colégio pra quando chegar em casa jogar, foi uma das coisas que meu pai me ensinou, nunca jogar lixo na rua.

Começo a andar mais rápido para chegar em casa, uma sensação ruim no peito me faz aumentar os passos, estou quase chegando em casa noto um pequeno movimento perto da minha casa.

Caminho mas rápido entro na minha casa e não vejo meu pai procuro ele na casa toda e nada então saio e vou até a vizinha que ele falou que ia ficar conversar, ela estava em uma cadeira em seu terraço.

_ Boa noite, a senhora sabe o que aconteceu com meu pai, é que não acho ele.

_ Oh meu eu amor seu pai foi levado  pelos médicos, eu tentei te ligar más você não atendia.

_ Como assim levado o que aconteceu?

_ Eu não sei bem o que aconteceu estamos conversando como sempre, até ele caiu passando mal, liguei pro hospital e a ambulância veio, tentei ligar pra você mas não atendia.

Meu Deus como isso foi acontecer, estou em choque a ficha ainda não caiu é como se fosse uma ilusão.

Corro pra dentro de casa pego uma bolsa e coloco todo o dinheiro que Felipe tinha me dado meus forçou e do meu pai é vou para o hospital daqui de onde eu moro que é pra onde todos daqui vão.

Continuo descendo o morro não demorou muito pra eu chegar no hospital, vim correndo, vou até a recepcionista que me olha com uma cara nojo deve saber o perfil que tenho agora de a puta do chefe, o morro todo já sabe, notícias se espalha rápido por aqui.

_ Ricardo da Silva, por favor._ falo esperando ela olhar no computador.

_ Quarto 16_ fala e vou as pressas para lá.

Quando abro a porta meu pai está pálido e com todas aquelas coisas para respirar, meus olhos enchem de lágrimas me sento ao seu lado, toco sua mão e choro ao pensar que posso perde- lo eu só tenho ele na minha vida ele é o motivo de eu está aguentando tudo isso.

Saio dos meus pensamentos quando vejo um médico entrar, seco meu rosto e vou até ele.

_ Olá meu nome é Samuel, imagino que seja parente do senhor Ricardo?_ fala e me comprimenta com um aperto de mão.

_ sou filha dele._ ele assente me acompanhando até a sua sala onde tem duas cadeiras e nós sentamos.

_ Pelo que eu vi seu Pai tem problemas no coração certo?_ pergunta olhando alguns papéis.

_ Bem sim ele tem mas já faz anos que ele tem alguma coisa relacionada a isso.

_ Então esse problema na verdade e que o coração não está bombeando bem o sangue do corpo, não tem nada o que possamos fazer a não ser iniciar um tratamento para ajudar o coração a fazer essa função.

Estou perdida como um barco a deriva no oceano, tudo acontecendo ao mesmo tempo tantas coisas, me sinto tão sozinha queria uma pessoa pra me guiar me ajuda com esse momento difícil, é um sentimento horrível, sinto uma tontura um enjôo vejo tudo escuro só consigo sentir braços me segurar e logo tudo escurece.





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