capítulo 27

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Ana 📍
Complexo do alemão

Vejo os homens ao meu redor me olharem de relance e desviarem em seguida, o homem que está no banco do motorista liga e começa a dirigir para fora do morro esse trajeto demora um pouco já que agora estou morando mais longe do asfalto. Não sei quanto tempo vou ter que ficar longe do morro, mas tenho certeza que será mais que esperava, já que sempre é demorando quando tem invasão no morro e alguma coisa me faz pensar que essa invasão vai demorar mais que as outras.

Me dói admitir que estou preucupada com o Filipe ele agora é a única pessoa que me resta no mundo, meu pai não está mas aqui comigo e não sei se vou saber me cuidar sozinha ainda mais agora que estou grávida, essa possibilidade me deixa apavorada, espero que não aconteça nada de mais que seja apenas mais uma invasão como todas as outras só isso.

Saio dos meus pensamentos ao perceber que não estamos mais no morro e sim no asfalto, um sentimento de tristeza e solidão toma conta do meu corpo, eu nunca estive desse lado, para viver aqui, as poucas vezes que vim aqui era apenas para tentar arrumar um emprego que nunca consegui, as vezes por falta de experiência ou por pouca idade apesar de ser maior de idade. Está nesse lugar me faz sentir inferior.

O carro para em um lugar afastado na Barra da Tijuca, um lugar bonito e conservado bem o estilo do Filipe. Dois homens sai do carro comigo e deixam as armas no carro, em seguida eles me guia até o lugar que é um tipo de apartamento muito bonito, realmente eu não esperava por isso.

_ Senhora aqui estão as chaves, vamos fazer um turno e depois trocamos, então não precisa se preocupar.

Todos ele me pareceram muito sérios mas este que está falando comigo conserteza é mais.

_ Está bem, obrigada.

_ Teu quarto é o da esquerda. _ o outro homem fala.

Agradeço em seguida entro no local, é um apartamento muito grande e bonito eles vão para o lugar que suponho que seja o quarto que eles vão ficar. Vou para o próximo quarto que é enorme realmente não sei se vou conseguir dormir nesse quarto sozinha sozinha.

Realmente é tudo muito lindo, e se parece muito comigo a casa que moro com Filipe, nunca tive tanto luxo sempre fui uma pessoa muito humilde então é um pouco diferente tudo isso, mais não posso negar que é muito bom viver no conforto mas é melhor ainda quando vc trabalha para conseguir, ganhar as coisas de mão beijada me faz pensar que não mereço nada disso.

Vou para o quarto que agora é meu, procuro meu celular em seguida ligo para o Filipe que no segundo toque atende.

_ Aconteceu alguma coisa ? _pergunta no outro lado da linha com a voz preucupada.

_ Só liguei pra avisar que já chegamos. _ falo.

_ Eu já sabia _ fala sem interesse no assunto _ Gostou do apartamento ?

_ Sim, é muito bonito _ respondo _ E como estão as coisas no aí ?

_ Tudo nos conformes _ fala sério _ Não sai daí e faz o que eles mandarem, quando as coisas melhorarem você vem pra cá de novo.

_ Ta bom.

_ Qualquer coisa me liga.

Nós despedimos e ele encerrou a ligação, vou até a cozinha enorme e desenhada, que pra fala a verdade não sei mecher em quase nada a não ser o fogão. Preparo um jantar para mim e também para os homens que estavam cuidando de mim como forma de agradecimento já que é o mínimo que posso fazer, quando termino tudo vou até o quarto chamar eles.

Paro na frente da porta e dou algumas batidas até ela ser aberta por um deles.

_ Tá precisando de alguma coisa ?_ pergunta me olhando.

_ Não, só vim chamar vocês pra jantar. _ falo e o mesmo me encara com uma expressão estranha.

_ Ixi dona acho que o chefe não vai gostar disso não. _ fala meio desconfortável com a situação.

_ Mas é só um jantar. _ falo sem entender.

_ Deixa eu falar com eles aqui depois te passo a resposta.

Fala e entra novamente no quarto me deixando ainda mais confusa, porque o Filipe não iria deixar eles comrem comigo? Pelo visto é cada um por sim aqui, não faz sentido, ele volta coçando o pescoço desconfiado.

_ Aí dona foi mal, o chefe não deixou não. _ fala e volta pra onde estava antes.

Vejo os outros dois homens saírem do quarto e cada um deles irem em direção das janelas maiores e ficarem de quarda. Não acredito que o Filipe fez isso, não estou acreditando mesmo.

Vou para o quarto e ligo novamente para ele que novamente não demora a atender.

_ Por que os eles não podem comer ?_ pergunto nervosa com a situação _ Eles devem estar com fome já é noite.

_ Tá louca porra, tá achando que é cozinheira agora pra fazer comida pra marmanjo ?_ ele realmente estava exaltado agora _ Vai baixando tua bola em Ana.

_ Eu não fiz nada Filipe, eles me trouxeram e estão cuidando de mim é o mínimo que eu posso fazer.

_ Você não tem que fazer nada pra eles, tão ganhando pra isso, ninguém trabalha de graça não.

fala mais alto sorte que estou com o celular caso contrário estaria surda.

_ Você é muito complicado Filipe, qual o problema em um prato de comida?

_ Nenhum, o problema é minha mulher tá fazendo comida pra outro homem.

_ Tá bom então, vou tomar banho e dormir até amanhã. _ falo antes de desligar.

_ Vai comer antes, é logo. _ fala e seguida desliga.

Não entendo como uma pessoa nesta idade se comportar como uma criança, Filipe vê maldade em tudo até em coisas simples, ele vê como traição. Realmente é difícil se relacionar com pessoas assim mas o que eu posso fazer, não foi escolha minha me envolver com ele minha única escolha foi aceita esse fato.

Tento esquecer as coisas que ele me falou e vou até a cozinha, me sirvo um pouco de macarronada que fiz pra o jantar e como.

Termino de comer e vou até o banheiro enorme que tem no meu quarto e tomo um banho quente pra lavar todas as emoções que senti hoje.

Visto uma camisola e deito na cama confortável e com cheiro de amaciante, fecho os olhos e descanso meu corpo.

Não revisado.

Não revisado

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