capítulo 12

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Ana 📍
Complexo do alemão

Acordo em uma maca do hospital, demoro uns segundos para tentar lembrar o que aconteceu mas não consigo não lembro de nada além do médico que falei depois não lembro de nada é como um borrão não consigo entender o que aconteceu nem porque estou aqui, fico tentando lembrar o que aconteceu e depois de uns minutos vejo um enfermeiro entrar no quarto.

_ Bom dia como está se sentindo?

_Bom dia? Eu dormi aqui?

_sim você estava muito nervosa então achei melhor te dá um calmante, que pelo que estou vendo ajudou.

_Como meu pai está?_ pergunto preocupada.

_ Agora está descansando é melhor deixar ele assim, mas ele tem que começar o tratamento rápido ou pode piorar sua situação.

_ Entendi.

_ Quando se sentir melhor pode ir, o horário de visita é das quatro da tarde até às seis.

_ Está bem, obrigada.

O enfermeiro vai embora, meus pensamentos vão pro Filipe sera que ele está me procurando, acho que não ele tem coisas mas importante para fazer do que ficar se preocupar comigo.

Levanto vou até um banheiro pequeno que tem no quarto e lavo o rosto, tiro minha liga do pulso e prendo meu cabelo em um coque, saio do banheiro pego minha mochila e começo a andar até a saída do hospital.

Ando até a saída e do outro lá da rua vejo o Filipe de pé me encarado com três vapores armados junto com ele, não esperava ele aqui ainda mais por ser muito difícil ver ele na rua.

Um dos vapores me chama e sem escolhas vou até ele, olho para as pessoas na rua que nós olha com atenção.

_ Entra no carro nos vai conversar.

_ Desculpa Filipe eu não queria sumir assim mas aconteceu uma coisa.

_ Cala boca, quando agente chegar nós conversa.

Olho pra frente vendo dois vapores dirigindo no banco da frente enquanto os outros dois estavam na moto nos seguindo, será que ele vai me matar, sinto meu corpo arrepiar.

Depois de longos minutos de tortura por não saber pra onde ele estava me levando o carro para na frente da casa dele.

Filipe sai do carro e eu faço o mesmo, entramos na casa luxuosa dele.

_ Sumiu ontem porquê?

_ Meu pai passou mal e quando cheguei da escola ele tava no hospital, então tive que ir pra lá.

_ E não avisou por que?

_ Como eu ia se você quebrou meu celular ao invés de me dar o seu número.

_ É só pedir pra qualquer vapor dessa porra me passa a ideia, não vem querer me fazer de otário.

_ Eu só tô falando que não sabia, você mesmo disse que não queria me ver conversando com ninguém.

Filipe vem até mim e segura meu maxilar com força e fala me encarando.

_ É diferente, porra, bater papo é uma coisa e dá um aviso é outra, vou te dar um celular pra tu falar as coisas pra mim, se eu ver conversa com macho te quebro.

_ Me solta tá me machucando.

Filipe continua me olhando e solta minha mandíbula, uma dor fica no local.

_ Você ainda vai quebrar minha mandíbula.

_ Quer comer?

Ele faz uma coisa dessa e depois muda de assunto como se não fosse nada.

_ Quero.

Minha barriga ronca de fome.

_ Que comer o que?_ Filipe pergunta e meche em alguma coisa no celular.

_ Hambúrguer.

_ Essa não é hora pra comer isso não.

_ Eu quero, com batatas fritas.

Filipe não dá atenção para o que eu falei sobre o que quero comer e meche em alguma coisa no celular.

Ele vai até um dos vapores e avisa que vão entregar a comida, Filipe volta
senta ao meu lado e meche em algo no celular.

_ Como teu pai tá?

_ Ele vai começar a fazer um tratamento, espero que de tudo certo.

Filipe dica em silêncio.

_ Eu pago, quanto é?

Olho para ele sem acreditar.

_ Por que vai pagar?

_ Porque eu tô contigo agora, quanto é?

_ Não sei ainda, mas pelo que o médico falou é bem caro.

Filipe apenas confirma com um aceno de cabeça.

_ Quero ir pra casa tomar banho.

_ Quando tu comer vai.

Ficamos esperando a comida chegar e depois de uns minutos chegou o nosso lanche, eu comi todo o hambúrguer e batatas fritas com coca cola e nossa estava saboreando cada mordida, até que acabou e eu sentia que não cabia mais nada no meu estômago.

Olho para o Filipe que continua comendo o lanche, ele seria tão bonito se não fosse ruim como é, a sua ruindade acaba com a sua beleza.

Ele me olha e limpa o rosto com o guardanapo descartável e levanta, vamos vou de levar.

_ Me deixa no centro, vou resolver algumas coisas.

_ Vai fazer o lá?

_ Já falei.

_ Falou porra nenhuma não, solta a fita.

_ Vou pergunta nas lojas em que deixei meu currículo se consegui uma vaga.

_ Que história é essa de currículo, por que não me disse que tava atrás de emprego?

_ Quê? Tenho que te contar até isso?

_ Tem, tudo eu te envolver eu tenho que saber, tu não vai trabalhar em lugar nenhum não, o que precisar fala comigo.

_ O que? Lógico que não, eu quero ter meu dinheiro próprio Filipe, não quero ter que depender de você até pra comprar absorventes.

_ Eu perguntei? Não caralho, não perguntei porra nenhuma, tá com essas histórias de trabalhar pra tá conversa com macho.

Filipe fica com raiva das suas próprias palavras, sua expressão está mudando.

_ Você tá colocando coisas que não existem na sua mente, Filipe.

_ Acabou o assunto eu já te sustento então vai continuar assim.

Não falo mais nada, não tem o que falar, Filipe é um lunático que acredita na sua mente doete, fico calada.

Vejo ele fumar um cigarro que parece ser de maconha, não quero que ele me machuque.

_ Tu tem que aprender muita coisa ainda Ana, é uma dessas é me obedece.

Ele fala como se eu devesse alguma coisa pra ele, como se tudo que é relacionado a mim tem a ver com ele.

A cada dia que passa vejo isso crescendo, esse sentimento de posse que ele sente por mim é igual uma bola de neve que só aumenta, não sei como vou sair disso até porque Filipe não é um homem qualquer, ele é um traficante perigoso que manda matar, tortura, esquartejar pessoas, e o meu medo só aumenta, não tenho nem mais coragem de tentar convencer ele de alguma coisa...



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