capítulo 18

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Ana 📍
Complexo do alemão

Ele sai do quarto bravo, e ainda não acredito que estou grávida é como se fosse um sonho e um pesadelo ao mesmo tempo. Pensar que minha vida vai ser muito mais difícil agora me deixa com um buraco no coração.

Como fui tão burra, o que vai acontecer quando o Filipe souber, não consigo ver ele como pai. Eu nunca me vi como mãe, deve ser porque nunca pensei nessa possibilidade, um filho nessa situação que estou agora com certeza não é uma solução. Paro de pensar  quando vejo Filipe parado na entrada do quarto.

_ Hoje tem baile._ fala me olhando.

_ Ham._ resmungo.

_ Tu vai comigo.

_ Eu não estou me sentindo bem, Filipe.

_ Nós vai, você vai ficar lá de boa.

_ Você vendo que eu não estou me sentindo bem, quer me levar pra um lugar onde eu vou me sentir pior.

_ Eu não queria ter que te levar mais não vou te deixar aqui sozinha, nos fica pouco tempo e depois vem.

Ele vai em direção ao banheiro, levanto e vou até o meu quarda roupa, onde tem algumas coisas minhas, tem bastante roupa nova maquiagem assessórios. Escolho uma roupa simples, não quero aparecer demais e não estou muito bem. Vejo Filipe sair do banheiro, tomei banho e vesti um vestido preto um pouco a cima do joelho, não era chamativo é simples, como eu gosto.

Coloquei alguns acessórios e passei um pouco de maquiagem, soltei meus cabelos ondulados que estão quase chegando na altura da cintura. Borrifei perfume e fui até a sala onde Filipe estava fumando um cigarro de maconha.

Seus olhos percorrem meu corpo de cima a baixo e logo param em meu rosto, ele não fala nada más consigo ver a satisfação em seu rosto.

Vamos para o carro em direção ao baile que é um pouco longe, vejo alguns carros nos seguindo, os vapores dele.

No caminho Filipe coloca uma música pra tocar, ele parece gostar por que está batucando os dedos conforme a batida da musica, viro o rosto para a janela que está fechada com o vidro escuro mas consigo ver as ruas que passamos, sinto sua mão em minha coxa em seguida ele apertando leve e depois com um pouco mais de pressão.

O caminho foi em silêncio e depois de uns minutos chegamos no baile, o som alto tocando alguma música que não conheço. Felipe desce do carro e abre a porta do meu lado, saio do carro e vejo a grande movimentação de pessoas.

_ Não preciso nem dizer que é pra tu se comportar né?

Filipe fala quando fecha a porta do carro que eu acabei de sair, apenas confirmo com ele.

Ele me guia no mutirão de pessoas até chegarmos no camarote, no caminho algumas mulheres me olham com nojo outras com raiva, se elas soubesse onde eu estaria agora se dependesse de mim.
Tudo está bem organizado. Filipe me leva até um sofá e me senta no seu colo,  me dá um grande desconforto porque só queria tá sentada no meu canto.

O baile está movimentado e cheio, pessoas em todo lugar dançando fumando, bebendo, e as vezes acontece uma confusão que alguns vapores resolvem. Continuo sentada no colo do Filipe. Depois de alguns minutos observando o baile ele levanta e me deixa sentada no sofá e vai até um lugar onde tinha bebidas e se serve de algum whisky pelo que parece me entrega uma guaraná de latinha.

Ele vai até alguns homens que estão conversando em outro lugar me deixando sozinha no sofá olhando as pessoas dançar, o sono se instala em meu corpo e tudo que eu queria era está em casa dormindo.

Passou um tempo desde que Filipe foi conversar com aqueles homens e não voltou ainda, solto um suspiro e encosto as minhas costas no sofá, alguém sentar ao meu lado e sei que é o Filipe então não faço questão de olhar.

_ Você tá bem? _ olho pro lado e vejo um homem que nunca tinha visto _ Tá com uma cara de tédio.

Não sei se devo responder, mas sei que o Filipe não vai gostar de me ver do lado de um homem.

_ Sim eu tô bem, com licença vou ao banheiro.

Levanto e vou até uma porta que tem um desenho que indica ser o banheiro, entro no lugar e vejo fazio solto um suspiro e faço xixi, em seguida lavo minhas mãos. Vou até a porta para sair do banheiro más aporta abre antes que eu coloque as mão na maçaneta, Filipe entra no banheiro com o rosto fechado de sempre.

_ Quem era aquele que tu tava de Papinho?

_ Eu tava de papo com ninguém, ele que veio falar comigo.

_ Foi mesmo?

_ Sim.

_ Eu vi o jeito que tu olhou pra ele? _ fala se aproximando de mim.

_ O que? Eu nem olhei direito pra ele. _

Filipe vem até mim e segura com força meu cabelo me causando uma enorme dor no couro cabeludo, sua outra mão aperta firme minha mandíbula.

_ Presta atenção no vou te falar, se eu descobrir que tu tá se insinuando pra homem aqui eu arranco tua cabeça fora igual a de uma galinha.

Seus olhos estão vermelhos e com um brilho diferente, eu conheço ele o suficiente pra saber que não está brincando.

Depois das ameaças que recebi no banheiro ele finalmente me deixou sair e voltar pro sofá, mas voltei a me sentar em seu colo.

Um homem acompanhando de uma mulher aparece e comprimenta todos que estavam no camarote, ele vem até onde estamos e estende a mão pro Filipe, eles se comprimentam, minha atenção vai para a morena de cabelo cacheado perto de mim.

_ Sou Kiara. _ ela fala estendendo a mão para me comprimentar.

_ Ana._ falo com um pouco de vergonha por eles estarem nos encarando.

_ Vamos tomar uma cerveja.

Ela fala e olho pro Filipe, e ele acena para mim mostrando que posso ir com ela, então e sigo Kiara até um barzinho que tinha onde Filipe se serviu com uma bebida um tempo atrás, olho para trás e vejo ele conversando com aquele homem e ao mesmo tempo olhando pra mim.

_ Então o que vocês tem? _ Kiara me pergunta.

_ Não sei, eu so faço o que ele manda. _ falo a verdade.

_ Sei como é, o Filipe é peixe grande você já deve saber como é. _ ela diz _ Ele manda em tudo aqui, aquele que estava comigo é o sabiá eu tô com ele faz um tempo já, também não é fácil pra mim.

Não sei o que o sabiá é do Filipe mais devem se conhecer a um tempo.

_ Mas diz aí o que tu vai querer beber?

_ Ah nada só uma água.

_ Sério que tu veio pro baile pra beber água, qual foi.

_ É que não posso beber álcool.

_ Porque tá grávida?

_ Não, tô doente tomando remédio.

_ Ata.

Ela pega um suco de laranja para mim e ficamos olhando as pessoas de cima do camarote, ela é uma boa pessoa pelo pouco que conversamos vi que ela é bem gentil e simpática. Depois de algum tempo nos despedimos e ela foi embora com o sabiá. Filipe me chamou de novo para sentar em seu colo e ficamos assim por um tempo até ele se estressar com alguma coisa que não sei o que era e irmos embora. Chegamos em casa tomamos banho e fomos dormir.

Acordo com Filipe me chamando, olho para ele que está em pé me encarando sério, muito sério.

_ Mandaram te chamar lá no hospital.

Não revisado

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