Cap. 2 | Colega de quarto

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Meu banho foi rápido, já que o mais importante era ter a água quente em contato com o meu corpo para livrar-me da sensação gélida causada pela chuva. Deixei o banheiro já vestido com as roupas que garoto tinha me emprestado, mesmo que ficassem um pouco curtas em meu corpo.

Obrigado pelas roupas, irei devolvê-las assim que eu levar elas para a lavanderia. — Falei.

— Não se preocupe com isso. — Abanou suas mãos em um sinal para que eu não me preocupasse.

Desculpe por não ter me apresentado antes, sou Suna Rintarou. — Curvei-me educadamente.

— Eu sei quem você é, meus senpais estão na mesma aula de cálculo que você, eles comentaram sobre o seu retorno à universidade. — Também se inclinou para me cumprimentar. — Sou Akita Ryouma, departamento de Arquitetura.

Prazer em conhecê-lo.

— Você é mais velho do que eu, certo?

Talvez. Qual é a sua idade?

— Vinte anos. E você?

Vinte e oito.

— ...Você é bem velho, não é?

Não me chame de velho!

— Se esse é um assunto sensível pra você, tudo bem. — Começou a arrumar sua cama casualmente antes de se deitar.

Não é isso, apenas esqueça! — Também me deitei sobre o outro leito.

— E sobre o seu colega de quarto? — Ele prosseguiu, parecendo confiante em me perguntar sobre qualquer coisa.

Ele não é meu colega. Houve alguma confusão e agora nós dois acabamos reservando o mesmo quarto por engano.

— Ele também é um sênior?

Eu não sei, eu não o conheço. Ele é um cara ruivo, de olhos azuis e sard-...

— Noah. — Interrompeu-me com exatidão. — Noah Collins. Vinte anos. Departamento de Ciências da Informação. Sênior. Intercambista. Nacionalidade britânica e japonesa.

Aguardei em silêncio, esperando que ele desse continuidade em sua análise, mas resolvi questionar assim que ele terminou de falar:

Eu deveria me preocupar por você saber tanta coisa assim sobre alguém?

— Meu melhor amigo também é um grande amigo de Noah, por isso sei essas coisas. Além disso, o cara é um gênio, está sempre em primeiro lugar na lista de resultado de provas. Muitas pessoas o conhecem aqui no campus, mesmo que ele não seja alguém muito sociável.

Seja lá quem esse cara for, ele agiu como uma criança birrenta. Vou resolver essa história amanhã e pegar meu quarto de volta!

— Então, apenas desejo boa sorte. — Disse antes de se esticar até o interruptor, apagando a luz do ambiente para que pudéssemos dormir.

Era quase 7:30 da manhã, horário em que a coordenação do campus dava início as suas atividades, e lá estava eu à caminho de tal lugar, para garantir que eu seria o primeiro a solucionar o problema e retomar a posse de meus aposentos. Mas, assim que adentrei em tal sala, avistei a figura alaranjada no fundo do recinto.

Cerrei os dentes, irritado por ele ter chego antes de mim e andei em passos rápidos na sua direção, já que o provável assunto que o trouxe até aqui envolvia a minha pessoa também.

Love  to  hate •  [Suna Rintarou]Onde histórias criam vida. Descubra agora