XII

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Posso dizer que matar gente morta não é a melhor coisa,eles são asquerosos e fedem a porão,mas quando se está perto da morte a única opção é fazer o que tem que ser feito,mesmo que isso signifique matar gente que já morreu.

-Olha a partir de agora a voz na sua cabeça não é mais a líder do grupo.(falei enquanto fantasmas nos enquadraram na parede)

-Concordo.(disse Matthew pegando uma vassoura)

-Semideuses devem morrer.(disseram todos o fantasmas juntos como um coral)

-Se vamos precisar lutar temos que ter pelo menos armas e não um cabo de vassoura.(disse Ben fazendo Matthew largar o cabo do chão)

-Onde está a bolsa cheia de armas?(perguntei)

-Ficou dentro da caixa.(disse Luísa)

A caixa estava logo do outro lado,logo após a multidão de fantasmas.

-Eu vou avançar e vocês vem logo atrás.(falei e eles assentiram)

Eu nunca havia enfrentado fantasmas antes,mas como já disse minha opções são limitadas.Avancei para cima dos fantasmas e brandindo a espada que reluziu seu brilho prateado,assim que o primeiro fantasmas fora atingido e se desintegrou em poeira dourada,achei que tinha acabado por ali,porém assim que eu o destruí um voz veio ao meu subconsciente.

Você não pode vencer Meio Sangue,vai perecer junto com seus aliados.

Forcei minha mente a ignorar tudo aquilo e continuei desintegrando fantasmas um por um e a cada inimigo derrotado eu parecia ficar mais abatido e a espada pesava cada vez mais.Chegamos na caixa e pegamos a bolsa e logo cada um estava armado,pronto para desintegrar operários mortos,quando de repente todos ficaram parados e se enfileiram igual a militares formando um corredor.

-Que visita boa!!(disse a mulher e um fantasma a olhou com a cara de quem não estava entendendo o porque dos inimigos no caso nós,éramos uma boa visita)

-Ah gente se conhece?(perguntei ainda com a espada em de prontidão)

-Podem abaixar as armas.(disse a mulher caminhando no corredor feito pelos fantasmas)

-Não sei se você é amiga ou inimiga e tenho uma leve impressão de que você não é amiga.(disse Luísa com um arco)

-Podem confiar.(disse a mulher com um tom persuasivo que por algum motivo estava começando a me convencer)

-Precisamos sair daqui.(disse Ben segurando uma adaga)

-Você sabe quem é essa mulher?(perguntou Matthew)

-Todos sabem quem sou eu.(disse a mulher se vangloriando)

-Sei quem e voce.(disse Ben)

-Pelo visto o jovem sátiro fez o dever de casa.(disse ela chegando mais perto enquanto nós íamos chegando para trás.)

-Ela e Melinoe a Deusa dos fantasmas.(disse Ben)

-Isso explica os operários fantasmas.(falei)

-Meus parabéns sátiro!! Peço a vocês que não resistam e facilitem meu trabalho.

-Quanto estão te pagando? A gente pode pagar mais.(disse Matthew)

-O meu pagamento é muito além do que vocês podem oferecer.(disse Melinoe)

A aparência da Deusa começou a mudar em instantes ela era uma linda modelo e no outro ela tinha uma aparência assustadora.Seu lado esquerdo era preto e endurecido igual uma múmia,já o seu lado direito era branco como calcário,como se seu sangue tivesse sido drenado,seus olhos era preto e vazios e suas roupas viraram um vestido dourado com um xale também dourado.Essa aparência durou alguns minutos antes que de repente tudo escureceu e a mulher horrorosa sumiu e no seu lugar uma mulher vestindo elegantes mantos cinza fluindo, armadura de batalha grega, e um capacete de Ouro Imperial em sua cabeça, que é decorado com imagens de gryphons e esfinges.

ARTHUR MORGAN-O PEQUENO REIOnde histórias criam vida. Descubra agora