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— Tem certeza de que você quer ir lá? — Donghae perguntou.

— Sim. — Sunmi assentiu. — Todos estão dizendo que é divertido. Eu não posso ser a única daqui a não ir, não acha? Essa cidade é tão pacata. Temos que aproveitar cada novidade.

— Tudo bem, nós vamos, mas não fique decepcionada caso não seja tão bom quanto pensa.

— Tenho certeza de que ficarei encantada!

Quando Sunmi chegou ao circo, após pagar os tickets seu e de seu amigo, ambos se aconchegaram em seus assentos e aguardaram o espetáculo que não demorou a começar com uma música animada, bolhas de sabão e gritos de animação das crianças.

— Senhoras e senhores! — o mágico surgiu no meio do palco, com a cartola roxa e cabelo grande que tampava seus olhos, mas que pouco importava porque sua boca sorridente e bochechas com covinhas fofas chamavam mais atenção. — Sejam bem vindos ao circo de La Mortis! Como vocês estão?

A plateia gritou como se estivessem em um show de um cantor famoso, pique Harry Styles. Sinceramente, era porque a voz rouca do mágico e sua postura de dono do mundo era bem charmosa. Sunmi também gritou, enérgica, o que desagradou seu companheiro, mas arrancou um sorriso animado do homem no palco.

De alguma forma, Sunmi não conseguia não se sentir energizada ao estar naquele ambiente. Era como se ela fosse uma bateria conectada a um carregador, e que o 100% não fosse o limite. Tudo soava muito mágico.

As atrações foram os acrobatas, uma mulher muito flexível, os típicos palhaços tão bobos que arrancavam risadas por serem bobos, e motoqueiros muito charmosos no globo da morte. Mas o principal foi quando, como a última atração da noite, o mágico retornou ao palco e chamou um voluntário da plateia para participar da apresentação. Ele escolheu o mais animado; Sumni venceu.

Mas a mágica não foi, em si, tão extraordinária e inacreditável. Para quem só via. Sunmi se sentiu tão maravilhada que não sabia como aquele homem tinha conseguido exalar a verdadeira magia por meio de um truque de ilusionismo.

Como recompensa pela ajuda de Sunmi, o mágico a presenteou com um convite para conhecer os bastidores do circo após o final das apresentações. Por fim, quando o espetáculo acabou e a plateia foi embora, Sumni e Donghae seguiram para atrás das cortinas do palco.

— Você não. — o segurança barrou Donghae. — Apenas a mocinha recebeu o convite.

— O que? Mas eu... — Donghae estava pronto para brigar, mas foi interrompido.

— Está tudo bem, espere aqui. Prometo voltar em cinco minutos. — Sunmi sorriu animada.

Foi contragosto que seu amigo permaneceu do lado de fora, encarando de cara feia o segurança intrometido, esperando a sua volta. Levou mais de cinco minutos. Mais de dez. Provavelmente quinze. Quando Donghae estava prestes a ir atrás, Sunmi saiu e seguiu seu caminho para fora do circo, sem sequer olhar para trás.

— E então? Como foi? — Donghae perguntou com mau humor.

Sunmi não respondeu direito. Desde aquela noite, a garota não respondeu direito por três dias. Andava como se estivesse hipnotizada, como se fosse uma morta-viva, como se sua bateria, que havia carregado mais que 100%, tivesse abaixado para 1% desde que visitou os bastidores. E Sunmi nunca contou o que vivenciou naquele local para que ficasse estranha daquele jeito, porque parecia incapaz de sequer conversar.

Donghae odiou ver sua amiga daquela forma, e, por isso, voltou ao circo para confrotar o mágico. E ele não voltou mais.

Enquanto Sunmi, que parecia estar vivendo em seu novo mundo de hipnose, caminhou e subiu em uma cadeira na sala de sua casa, amarrou uma corda firme em seu pescoço e, sem sequer fazer barulho ou ter alguma reação, matou-se, completando 7 dias após a ida aos bastidores do circo.

Depois de Sunmi e Donghae, no mesmo mês da estreia do circo, mais três alunos da universidade de Pyusan tiveram episódios parecidos de visitarem o local, voltarem estranhos e morrerem após uma semana. Ainda assim, ninguém percebeu o padrão. Exceto Seokjin.

25.10

Circo de La Mortis Onde histórias criam vida. Descubra agora