"Então eu vou voltar para LA e
os supostos amigos que vão
escrever livros sobre mim se eu
for bem sucedido, me perguntar
sobre a única alma que sabe quais
sorrisos estou fingindo, o coração
que sei que estou partindo é o
meu próprio. Abandonar a cama
mais aconchegante que já conheci,
podemos dizer que estamos quites,
mesmo que eu esteja indo embora"
Um dos pontos negativos de ser viciado em assistir televisão, recusando-se a passar muito tempo sem seu ruído característico pairando pelo apartamento, é que uma hora ou outra você acabará no deprimente canal da câmera externa. O canal não tem nada além da imagem da frente e porta de garagem do prédio, mas eu sou capaz de passar horas e horas olhando, observando as pessoas irem e virem, caminhando na calçada quase deserta diante do dia tão frio.Entretanto, todo tédio parece esvair no exato momento que a porta da garagem abre, um conhecido carro para mim entra, ocupando a vaga vazia do meu apartamento dentro do enorme pátio. Eu sorrio, observando Harry caminhar discreto, com sua cabeça baixa e gorro, até o elevador.
Eu apago a televisão e as luzes do meu apartamento, me posiciono perto da porta, me escondendo na escuridão enquanto tento segurar a risada arteira que tenta escapar.
Um pequeno ruído da chave girando penetra o silêncio, assim que ele abre a porta, eu o puxo para dentro e, antes que possa raciocinar, meus lábios pressionam os seus.
- Porra Louis, que susto! - ele ralha, levando a mão até seu peito, deslizando sua palma pela parede até encontrar o interruptor.
- Onde se meteu? Estava com saudade - eu confesso, abraçando sua cintura enquanto volto a buscar seus lábios.
- Trabalhando - ele murmura contra minha boca, me abraçando enquanto nos guio até o sofá. - E você? Com saudade? Desde quando essa palavra existe no seu vocabulário?
- Desde o dia que você passou um mês me evitando após nos beijarmos - eu conto, deslizando minhas mãos pelas suas coxas, o ajeitando sobre meu colo.
- Eu não estava te evitando. - Ele sorri provocativamente para mim, resvalando seus lábios cobertos por algum hidrante com gosto de cereja, rindo baixinho conforme estico meu pescoço, perseguindo suas boca com gosto bom. - Você sabe onde moro, tem meu número, poderia ter ido atrás de mim.
Eu reviro meus olhos para ele conforme tiro seu casaco peludo, empurrando para longe de seus braços enquanto volto a beijá-lo. Harry segura minhas bochechas, aprofundando o beijo, gemendo baixinho enquanto eu deslizo minha mão por debaixo de seu suéter, apertando sua cintura nua.
- Eu passei no mercado, farei um jantar especial para nós - ele conta, afastando seus lábios vermelhos e úmidos dos meus.
Eu contenho um isso não vai dar certo, no lugar disso apenas me ofereço para ajudar. Ele me conta sobre seu último mês enquanto refoga a carne em um molho alaranjado, decidido que precisa ferver por alguns minutos.
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Pluto e Genevieve I l.s.
Hayran KurguHarry é otimista, Louis um pessimista. Um vive na claridade da chuva de flashes em seu rosto, já o outro na escuridão de seu apartamento. Tomlinson vive com a frustração de não ter realizado todos seus sonhos, Styles vive um sonho americano. Louis a...