- LOUIS! GRAÇAS A DEUS, ONDE VOCÊ ESTAVA? - minha mãe gritou no momento em que coloquei o pé dentro de casa. Ela chorava e me abraçava.
- Você está me sufocando - disse com tédio na voz.
- Onde você estava, filho? - ela perguntou com cautela sem me soltar, mas se afastou um pouco para olhar em meus olhos.
- Eu... - comecei, sentindo minhas bochechas corarem. - Eu estava no parque com um... Amigo.
Seus olhos se arregalaram e ganharam brilho com a última palavra.
- Tá vendo, mãe? - começou Lottie. - Falei que ele tava com o namoradinho. Meu Deus... Cês são muito noiados. Só porque o menino é... - ela se interrompeu, antes que falasse algo imprestável.
Lottie é uma daquelas pessoas que não têm um pingo de sutileza e falam o que pensam, sem sequer pensar. Mas, com nossa mãe, ela tentava se policiar; uma vez que essa era a mulher mais batalhadora que já havia existido.
- Eu tô bem, tá legal? - disse. - E, Lottie?
- O que foi, garoto?
- Você pintou seu cabelo de vermelho?
- Não, Louis. Minha namorada menstruou na minha cabeça na transa de ontem e agora não quer sair.
Minha mãe ganhou uma tonalização vermelha nas bochechas e arregalou os olhos, chocada. Eu e Lottie rimos.
Decidi que subiria para o meu quarto e o fiz, mas não sem antes passar por um sermão e um interrogatório de minha mãe.
Ao chegar, coloquei a cesta em cima da cama e a observei por alguns minutos. Decidi que não abriria-a agora. Tomaria um banho primeiro.
Ouvi barulho de batidas na porta, que foi aberta em seguida.
- Filho, eu e a Lottie vamos à apresentação de teatro da Fizzy e à de balé das pequenas gêmeas. Você vai com a gente? - ela disse com um sorriso carinhoso no rosto.
Apenas balancei a cabeça, negando. O sorriso murchou e ela assentiu, decepcionada.
- Você vai ficar bem sozinho?
- Sim.
Bom, pelo menos eu achava que sim.
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Green is My Colour | L.s. AU Crazy Louis
RomansaLouis William Tomlinson é um garoto estranho, que não tem amigos na escola. Ele é portador de doenças mentais. Sua cor sempre foi azul, a cor dos seus próprios olhos, pelo fato de ser a única pessoa com quem conversa. Bem... As coisas mudam.