More than brothers 🍭

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Oioi xuxus, 7700 palavras

Boa leitura ♡♡

-x-

"Ser carinhoso e protetor com o irmão mais novo é normal, certo? Mas talvez a relação de Louis e Harry ultrapassasse um pouco os limites do que era considerado carinho fraternal..."

-Você precisa dar limites a ele, Harry! – Louis dizia exaltado, sentindo o sangue ferver ao recordar da cena que viu pelos corredores da universidade.

Seu irmão era imprensado nos armários do corredor por Sam, um brutamontes do time de rugby que corria atrás de qualquer rabo de saia. Ele tinha as mãos nos bolsos traseiros da calça skinny de Harry, esse que mantinha os dedos espalmados no peitoral alheio, receptivo até demais, na opinião do Tomlinson mais velho.

– Porra, Louis. Pelo amor de deus. – O menor bufou, já de saco cheio com a superproteção do mais velho sobre qualquer relação que ele mantinha. – Eu tenho dezoito, não é possível que você ache que eu não vou pegar ninguém da faculdade por sua causa.

Ele batia os pés contra o piso do prédio, em direção ao dormitório que compartilhava com o irmão.

– Não é por minha causa, Harreh. – Era quase um choramingo, implorando para que o cacheado engolisse que aquilo era apenas proteção e não o ciúmes que flamejava dentro de si. – Fender é um galinha, maninho. Só quero o seu bem.

Finalizou ao fechar a porta do pequeno apartamento, ainda olhando para as costas do homem a sua frente.

– Eu sei, Lou. – Virou-se para o irmão com um olhar desistente, sabia que não haveria muito o que fazer a respeito disso, seu irmão só não havia entendido que ele cresceu. – Não é como se eu quisesse casar com ele, não me importa quem ele vai fuder depois de mim.

Tomlinson arqueou as sobrancelhas com o quanto seu irmão havia se tornado direto.

Saber que ele tinha algum resquício de vida sexual o deixava remoido.

Louis se moveu até o irmão, lhe abraçando pelos ombros e apoiando o queixo em sua cabeça.

– Quando foi que você cresceu tanto, hm? – Adentrou o emaranhado de cachos com os dedos esguios, não perdendo a maneira adorável que seu menino esfregou o nariz em seu peito. Um perfeito gatinho.

– Provavelmente nos dois anos que você não foi nos ver. – Murmurou contra sua camiseta. – Mamãe sentia sua falta todos os dias...

– Só ela? – Questionou, ansiando pela resposta negativa.

Imaginar que seu "maninho" não precisava da sua presença fazia seu peito apertar tanto quanto recordar que por dois anos mal falou com uma das pessoas mais importantes de sua vida.

A verdade é que Tomlinson não tinha dinheiro para visitar a família, tudo o que conseguia com o trabalho de meio período na cafeteria era mandado para os pais, que se desdobravam para sustentar Harry em Doncaster.

Se não podia vê-lo, Louis preferia não manter contato. Doia todas as noites em que deitava a cabeça no travesseiro e não tinha o caçula para jogar conversa fora.

Foram incontáveis as noites em que se pegou pensando no irmão, juntando economias para pagar os móveis para que o menor morasse consigo assim que conseguisse a bolsa de estudos na mesma universidade do irmão mais velho.

Seria eufemismo dizer que Louis vibrou ao receber a notícia de que voltaria a dividir o quarto com seu irmãozinho.

Nesse dia o Tomlinson mais velho chorou, mas disso ninguém precisa saber.

It Is What That It Is   》oneshots L.s《Onde histórias criam vida. Descubra agora