EU ESTAVA NO INTERVALO E PARA MINHA FELICIDADE Kei não havia me pedido nenhum favor. Era incrível, perfeito, maravilhoso e meu dia estava ótimo! A madrugada foi longa e eu estava cansada, é meu rosto deixava bem claro o quanto eu precisava de um sono e descanso, minhas mãos enfaixadas também chamaram atenção mas eu não estava ligando. No momento, me encontrava em um local bem escondido da escola de olhos fechados e ouvindo uma boa música em meu fone, não havia comido ainda o que era ruim mas também não estava ligando tanto.
Era ruim para minha saúde, óbvio, e por que se Tobio descobrisse ele contaria para nossos pais que iriam me matar. Mas o mundo não é um morango, é lógico que minha felicidade iria acabar alguma hora, soube disso quando notei o grupo de rapazes do clube de basquete se aproximaram, haviam 5 meninos altos. Fechei os olhos novamente tentando fingir que não os vi, mas um chute fraco no meu pé e meus fones sendo arrancados me fizeram abri os olhos e os encarar, eu já era pequena e como eu estava sentada no chão era realmente assustador.
— Misa Misa, tá escondia por que ein? - um deles disse enquanto dava risada, me levantei devagar e encarei o menino que disse aquilo.
— Estava descansando, não me escondendo. - respondi olhando para as mãos dele vendo que meu fone estava com o próprio.
— Você fala. - um outro falou, ele era o mais alto do grupo e lembrei dele vendo que foi o garoto que apanhou do meu irmão. — Vai chamar seu irmão pra te defender?
— Pra você sair correndo com medo? - ri alto. — A surra da outra vez já não foi o suficiente?!
— Cale a boca sua vadia. - ele elevou um pouco mais a voz parecendo irritado, se aproximou mais de mim na tentativa de me intimidar e adivinha?
Funcionou por que eu sou muito medrosa.
— Espero mesmo que você suma do mapa, eu vou infernizar sua vida no ensino médio. - ele me empurrou e mesmo não usando tanta força qualquer coisa me derrubaria. E mais uma vez eu estava sentada no chão, de cabeça a baixa e os olhos lacrimejando. — Você é realmente fraca.
Ele se virou indo embora, escutei o barulho de algo caindo chão e sendo quebrado, ergui meu olhar vendo meu fone totalmente quebrado no chão. Quando eles estavam bem longe tomei coragem de recolher os restos do objeto quebrado, sequei as lágrimas e me levantei ainda tonta, toda aquela situação havia abaixado minha pressão. Cambaleando fui tentando me encontrar e procurar o banheiro, meu corpo estava mole e não conseguia ver mais nada, senti meu corpo caindo e caindo e bom.
[...]
Eu estava na enfermaria? Sim, eu estava.
Como vim parar aqui? Não sei. Espero que alguém muito legal tenha me socorrido. Realmente, alguém me socorreu, mas não era alguém legal. Meus olhos pararam na figura alta de fios loiros que estava encostada na porta com o uniforme da escola, tinha o fone de sempre em volta do pescoço e digitava algo no celular. Após um tempo ele virou o rosto me olhando, e vendo que eu acordei, ele saiu da sala e voltou após um tempo com a enfermeira. Ela fez algumas perguntas e também disse que meus pais estavam vindo me buscar, saiu da sala me deixando sozinha com o loiro.
— Como você me trouxe pra cá? - perguntei ainda com a voz meio falha me forçando a sentar na cama.
— Am? - ele me olhou. — Eu não queria te trazer aqui mas aconteceu.
— Então explica a situação.
— Yamaguchi te encontrou e chamou seu irmão, aí uma menina apareceu disse que uns garotos tavam te perturbando, seu irmão ficou puto e foi falar com os caras do basquete, brigaram de novo e sobrou pra mim te trazer aqui no final.

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CAMISA 11
FanfictionCom implicâncias, brigas e drama, um romance surge entre a irmã gêmea de Tobio Kageyama e Kei Tsukishima. (OC girl)