Número Desconhecido

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Sentindo um perfume amadeirado e com toques de pêssegos dominar seu olfato, o que fez com que a loira respirasse fundo, os pelos de seu corpo se arrepiaram e suas pernas por míseros segundos fraquejaram, se afastou um pouco antes de trocarem um último olhar intenso e assim passou pelo mesmo sem ao menos olhar para trás, ela não se daria por vencida tão facilmente, não admitiria tão fácil assim para si mesma que um homem poderia ser tão perfeito, ele tinha que ter algum defeito ou começaria a pensar que o mascarado era tudo uma invenção de sua cabeça, tentando lhe sabotar.

A mulher então se distanciou do rapaz, indo em direção a saída do cemitério antes que ela acabasse se jogando nos braços do mascarado que tanto a instigava, era evidente que ele a intrigava, seu mistério a atraía de uma forma que nem ela entendia o porquê de ser tão intenso, SN o desejava como a ninguém antes.

Ela andava devagar por entre as lápides, pensando um pouco sobre tudo e o quão estranhas eram as circunstancias em que eles se encontravam, o que ele estaria fazendo ali? Ou melhor, por que ele a seguiu até lá? Estava concentrada em seus pensamentos até que sentiu seu celular vibrar em um dos bolsos do casaco, lhe roubando de sua mente e voltando a realidade.

"Eu vejo você" Uma notificação com uma mensagem de um número anônimo chegou em seu celular, o que a fez estranhar, pois não era comum isso acontecer, não com ela, afinal só quatro pessoas costumavam lhe mandar mensagens além de sua mãe, mesmo sendo muito popular, gostava de ser reservada.

"Quem é?" A moça parou de andar por alguns segundos, digitando a mensagem o mais rápido que pode e enviando-a.

"Você fica linda nesse casaco" Logo uma outra mensagem fora recebida, a fazendo olhar ao seu redor.

"Quem é você? E como sabe o que estou vestindo?" Perguntou assustada.

"Isso não é importante por ora" A mensagem chegou depois de instantes.

"Se não me disser quem é, terei que bloquear seu número!" Respondeu autoritária.

"Hmm, deixa eu pensar" O estranho respondeu "Não!"

"Okay, tchau!" Ela enviou sem se importar muito com quem deveria ser.

"Se eu fosse você não faria isso, tenho outros números, outros métodos de chegar até você, continuarei te perseguindo e se nada disso for o bastante, irei atrás de você" A próxima mensagem, fez um frio na espinha a dominar.

"O que quer comigo? Está me assustando!"

"Eu quero você" Mais uma mensagem "E vou te levar comigo" Ela olhou novamente ao redor, vendo ao longe o Cabaretier andando em sua direção, as mãos nos bolsos e olhos fixos nela, aquela cena de certa forma a fizera gelar e passar a andar depressa até a saída, tinha que sair dali o mais rápido possível, não sabia ao certo se era ele quem estava lhe mandando as mensagens, porém não pagaria para ver, tendo em vista que eram os únicos ali presentes "Não adianta fugir, você será minha! Enquanto isso não acontece, ficarei te observando, onde você estiver eu também estarei" Então obteve sua confirmação ao passar pelos altos portões de ferro do local, onde já não podia mais ser vista pelo homem alto, cujo o rosto ela desconhecia e que antes ela se sentia atraída, mas agora estava com medo "Tome cuidado, quando menos esperar, irei te pegar!" Vibrando mais algumas vezes, ela sentiu seu corpo todo tremer e seu estômago embrulhar "E se contar para alguém, matarei todos que ama e você será a última.. Então seja uma boa menina e te deixo viver".

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