ఌ︎ 6- Elogios com jogo da velha

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Lili desmaiou ao meu lado e quem poderia culpá-la? Havia gozado pela primeira vez e tinha sido delicioso assistir. Cobri seu corpo praticamente nu com duas cobertas antes de descer as escadas para descobrir se Lucky ainda ia precisar de alguma coisa pelo resto da noite.

O movimento estava menos intenso e a conversa no salão girava em torno dos questionamentos dos clientes: eles queriam saber se a Tímida iria voltar.

Queriam saber se a apresentação era única ou se continuaria. A equipe informou repetidas vezes que tinha sido um quadro único para a noite e boa parte da clientela se foi. Sem dúvida alguma para as suas casas, para os seus banheiros, para uma furiosa sessão de punheta.

Ou, pelo menos, era isso que eu queria fazer.

Não, não era.

Você preferia enfiar seu pau na carne quente e úmida de Lili. Preferia aquela boquinha perfeita te chupando em vez do familiar movimento do seu punho.

Era verdade.

Mas ela gozou em um gemido incontrolável e depois apagou, para além de qualquer reanimação. Não estava fingindo dessa vez: estava realmente esgotada.

Usei as colunas e pessoas como esconderijos para me movimentar de um lugar para o outro, evitando o olhar de Skye. Acabei usando-a como desculpa para explicar ao Lucky por que eu ia sumir. Subi as escadas de dois em dois degraus eestava quase com meu pau na mão, correndo para o banheiro para me aliviar das últimas doses de Lili.

Lili.

Deitada na cama, vestindo nada, a não ser o sutiã azul, os cabelos espalhados pela cama, enrolada no cobertor, ela tinha se movido e uma de suas coxas estava exposta, fora dos lençóis.

Meu pau doeu e gritou para que eu continuasse o caminho para o banheiro, mas…Era errado, não era?

A garota forte e corajosa que havia assistido sua casa explodir e fugido de um policial corrupto, que tinha nos salvado com um beijo dos olhares inquisitivos na estação de trem, que tinha enfrentado Stawski na tentativa de ajudar uma pessoa que ela mal conhecia, que tinha aceitado o perigo e se escondido em um clube de striptease.

A Lili tímida, que me surpreendia a cada segundo.

Ela era incrível.
E linda.
E gostosa.
Mas incrível.

Majestosa de seu próprio modo, com seus comentários sagazes e ranzinzas, seu nervosismo e intensidade, sua vergonha ainda inteiramente inexplicável.

E lá estava ela.

Nua e deitada em uma cama depois de seu primeiro orgasmo. Aquela mulher magnífica que me enchia de curiosidade estava sozinha no mundo. Não podia conversar com ninguém sobre o que havia acontecido, não tinha suas amigas por perto, não sabia o que seria da sua vida…

Eu era tudo que ela tinha.

Sentei na cama e soube que meu pau estava amaldiçoando minha decisão.

Havia sido uma ocasião especial para ela e, se ela era de minha responsabilidade, poderia morrer sem nunca saber disso ou sequer perceber…

Mas não ficaria sozinha depois de um momento assim.

Deitei ao seu lado, inspirei profundamente. Meu braço estava embaixo do seu travesseiro e eu a girei para mim, seu corpo se moveu pesado e dócil como uma grande boneca de pano. Repousando o rosto no meu peito, a mão na minha barriga, o nariz enfiado na minha pele. Sua respiração quente causou arrepios enquanto eu encarava seus longos cílios pacíficos contornando seus olhos fechados.

Linda.

Passei os dedos pelos seus cabelos e beijei o topo de sua cabeça.

Uma demonstração de afeto depois de tanta loucura.

ꨄ︎ 𝐒𝐄𝐌 𝐕𝐄𝐑𝐆𝐎𝐍𝐇𝐀 ˢᵖʳᵒᵘˢᵉʰᵃʳᵗ Onde histórias criam vida. Descubra agora