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LOUISA MARKS

Mason abre a porta para mim e saio do carro. Miguel foi encontrar seu par romântico dentro do clube e meus amigos correram para dentro. Observo a entrada cheia de balões vermelhos em forma de coração, luzes coloridas e a música alta lá dentro. Puxo o braço de Mason e entro no estabelecimento. Corro para o bar. 

— Uma Pink Lemonade, por favor — peço, sentando-me na cadeira alta. 

— O que é isso? — Mason pergunta. Encaro-o, indignada. 

— Você nunca provou?! 

Ele assente negativamente, rindo. Quando a bebida é posta no balcão de madeira, escorrego o copo para Mason.

— Beba.

Assim ele faz. Dá um gole e espera alguns segundos. Seus olhos castanhos se fecham, e ele grunhi. 

— Uau, isso é muito bom! — exclama. 

— Eu sei! Nem acredito que você nunca bebeu isso! É muito melhor do que água tônica — faço uma careta só de pensar na última vez em que bebi isso. É muito ruim e azedo.

Mason ri, então dá mais um gole na bebida e me entrega. Ele me encara enquanto bebo o refresco. 

— O que foi? — pergunto, segurando minha risada. 

— Eu não sei. Só estava com saudades do seu rosto pessoalmente — ele sorri. 

Começo a rir. Eu não aguento ver Mason sendo tão romântico, ainda mais no dia dos namorados. É tão fofo. 

— Eu senti saudades também. Sabe, beber no mesmo canudinho é bem romântico. 

— Concordo. 

Então, olho ao redor. Consigo enxergar Miguel ficando com uma garota em um cantinho, então cutuco o ombro de Mason com o cotovelo e dou um sorriso. Grito: 

— Beija, Cazarez! 

O moreno abre os olhos por um instante e encontra nosso olhar. Mason faz um coração com as mãos, e eu imito barulhos de beijos. Miguel mostra o dedo do meio para nós, então começo a rir muito até precisar do ombro de Mason para me segurar. Ele também ri alto. Quando Miguel vai até o balcão e nos encontra conversando, passamos o resto da noite fazendo piadas sobre isso e pegando drinks na conta de Brady, já que ele perdeu a aposta com Jordan. 

Já havia se passado horas quando Mason e eu fomos dançar na pista ao som de "Lovegame", da Lady Gaga. Daisy, Nick e Brady também se juntaram a nós. Vejo que Tristan rapidamente ocupa o holofote do palco juntamente com o DJ convidado da festa e eles colocam uma música romântica e lenta. E as borboletas em minha barriga acordam. É meia noite. Eu prometi. 

Ai meu Deus, ai meu Deus, ai meu Deus.

Olho para meus arredores e diversos casais juntam para se beijar ao som da música, como se fosse ano novo. 

Em um acesso de nervosismo, olho de canto para Mason ao meu lado e as coisas mais loucas voaram pela minha cabeça em um único olhar que ele me devolveu junto a um sorriso tímido que ameaçava crescer. 

Até Dylan está beijando uma garota na pista de dança. 

Caralho. 

Eu "raramente" falo palavrão, e quando falo ou penso em um, é porque estou prestes a enlouquecer – ou quando sou subornada em troca de doce. Em geral, uma enorme pressão cai em meus ombros e simplesmente não há expressão, exclamação mais precisa para traduzir o desespero gradual que cresce em meu peito. 

Faz muito tempo que estou nessa trajetória sozinha. Nunca tive problema com isso. Me acostumei com isso. Me acostumei com ano após ano contemplando o dia dos namorados com meus amigos na minha casa para ver um filme sem ter ninguém para realizar essa tradição. Menos esse ano. 

Esse ano, encontro-me completamente congelada no tempo enquanto meus pensamentos passam massivamente rápidos diante dele. Seus cachos que formam sombras engraçadas com os diversos focos das luzinhas vermelhas e o reflexo do canhão refletor de led que ilumina seu rosto de todas as cores possíveis; seus olhos ambíguos que ora tomam um tom esverdeado e ora estão mel; e por fim, seu sorriso, pequeno porém aberto, até mesmo um pouco infantil são apenas os fatores físicos que me trazem para mais perto dele. 

O impulso que fez meus olhos cerrarem, lábios entreabrirem e cabeça inclinar não foi nada estético. Foi o sentimento de pertencimento a alguém especial, necessidade de compartilhar todo o entusiasmo que tenho com alguém, gratidão por ter achado alguém como ele nesses últimos meses. E, por mais que parte de mim diz que não seja algo vitalício, eu preciso aproveitar. 

Então, Thames pega minha cabeça pela nunca e, delicadamente, deposita um beijo em meus lábios, do mesmo jeito que fizera na praia. Segundo do ano. 

Se afastou e eu desejo feliz dia dos namorados, mesmo que não sejamos, mas ele me responde em espanhol. Deus, ele é um flerte quando fala em espanhol, e o pior disso é que ele sabe. 

Sorri ainda com o toque de suas mãos em meu rosto, e gentilmente tiro-as de lá para entrelaçar nossos dedos. 

Eu pensei em manter a conta de quantos beijos nós temos dado para lembrar de cada um como um momento especial quando voltar para Los Angeles, porém a ideia foi descartada quando o dito cujo chove pequenos selinhos rapidamente em meio a risadas. 

— Feliz dia dos namorados! — Daisy surge a nossa frente com Brady e automaticamente seus olhos arregalaram-se em surpresa. — AI MEU PAI! VOCÊS ESTAVAM? AH, EU VOU MORRER DE AMORES! 

Tento me explicar, mas Mason faz o mesmo ao mesmo tempo e acabamos tropeçando em meio a nossas próprias palavras. 

— Pode falar — dizemos juntos, e no que eu ou ele tentamos iniciar uma frase, terminamos em risos nervosos e mais confusão. 

— Ai — Daisy solta o copo que estava em sua mão, posicionando-o desajeitadamente na mesa que eu e Mason estamos sentados, o que entrega sua embriaguez. — Eu tô meio tonta. 

Eu não acredito que ela bebeu. 

Antes que eu pudesse rir de sua reação, ela quase cai no chão e é segurada por Brady, e o que eu e meus amigos mais temíamos que acontecesse em Nova York aconteceu. Daisy está tendo um episódio epilético. 

OBRIGADA PELOS 30K PQP!

SEE YOU AGAIN, mason thamesOnde histórias criam vida. Descubra agora