Capítulo 8

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Agora 

Sherazade

 É uma verdade universalmente conhecida que um macho feérico, humano, ou seja, lá qual for a sua espécie em posse da ideia que uma fêmea lhe pertence se torna mais insuportável a cada segundo que se passa. E tal verdade está tão presente que este macho a cada segundo longe do seu objeto de posse e desejo como resultado ele pode ser capaz de mostrar suas garras aproximadamente cento e oitenta vezes e grunhir, rosnar ou seja lá qual seja o adjetivo de sua preferência para representar o som que um felino faz em seus últimos momento de vida mais de oito vezes em menos de uma hora.

Eu odeio Tamlin tanto quanto odeio Hybern e Ianthe, Lucien eu até tolero, mas o resto dessa maldita corte eu abomino. Odeio com todas as minhas forças e juto que nesse momento se eu me vir obrigada a tratar mais uma fêmea histérica prestes a ter uma sincope graças a sei lá um vestido idiota que está diferente do esperado ou algo do tipo, bem sou eu que vou surtar.

Mas agora nesse momento esse é o menor dos meus problemas, comparando essas situações que me causam uma certa irritabilidade com as informações que neste exato segundo eu ainda tento digerir as coisas com que eu tinha de me preocupar antes eram um paraíso tropical em que eu me via numa ilha deserta sedo servida por machos incrivelmente gostosos sem camisa.

— Desculpem, mas.... Ele fez o que? — Questionei ainda em choque.

— Ele usou seus dons de daemati e manipulou Feyre para que ela tivesse medo e repulsa de nós e permanecesse com ele — Respondeu Tamlin.

Manipular uma pobre e inocente fêmea, com certeza isso é algo totalmente comum e típico do meu irmão algo que ele faz todos os dias no café da manhã logo após comer bebês e roubar doces de criancinhas. A reputação que eu e meu irmão a muitos séculos construímos de psicopatas sádicos e maníacos tinha se mantido e sobrevivido ao longo dos anos e foi graças a ela que ele sobreviveu a Amarantha e provavelmente o motivo de eu estar aqui. Mesmo assim ainda era um papel estranho a se desempenhar fingir que oque Tamlin enxergava era a mais absoluta verdade.

— Eu posso ver? — Perguntei me digerindo mais ao rei do que ao grão-senhor da corte primaveril — Serei mais útil se puder saber exatamente o que aconteceu, geralmente há sinais claros quando alguém está a merecer de uma manipulação mental deamati, suor, certos tiques involuntários coisas que podem ser deixadas passar por um leigo.

Assim que o rei assentiu ele fez um movimento e o bracelete que estava agarrada ao meu pulso como um parasita se partiu o som do metal contra o piso de mármore foi libertador assim como a onda de energia que veio até mim, eu senti o poder a magia fluir em minhas veias depois de sobreviver meses completamente escassa dela.

Eu olhei para o meu pulso nu e passei minha mão nele, foi então que senti o olhar de todos caindo sobre mim cada alma naquele escritório me observada. O rei, o lorde, a sacerdotisa e o filho do sol, assim como os guardas. Será que eles esperavam que eu fraquejasse? Os traísse nesse momento mesmo que curto com a minha magia de volta?

Embora eu tivesse muito disposta a fazer todos nessa sala queimarem dolorosamente, eu sabia que fazer isso agora seria inútil quando podia muito bem ser pega se ou usa se dar um movimento brusco e tinha o fato que a minha magia embora de volta ainda não estava no seu auge o que se tornava incrivelmente fraca.

— Muito bem — Eu falei encarando Lucien — Abra a mente para mim.

Foi fácil entrar na cabeça dele ignorando os resmungos de Tamlin que não concordava em me dar tal voto de confiança e em me ver tendo a mente de seu amigo a meu merecer. Mas sinceramente é um tremendo milagre que ele até hoje nos seus mais ou menos quinhentos anos de vida não tenha caído das mãos de um deamati, porque na mente do menino da corte outonal não havia se quer uma cerca baixa o protegendo. Entrar foi entediante, brincadeira de criança na melhor das hipóteses.

Corte de estrelas caídasOnde histórias criam vida. Descubra agora