Capítulo 15

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Alguns meses depois

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Alguns meses depois...

Estava na cafeteria do hospital tentando apreciar uma bebida quente em vão, já que meus pensamentos estavam longe e tinha uma Andy que não parava de falar. O tempo estava chuvoso trazendo um frio de causar arrepios, e mesmo com os aquecedores ligados parecia que a temperatura do local só declinava.

-Então, há quanto tempo vocês estão juntas? Pergunta a Andy.

-Acho que uns dois a três meses, parei de contar.

-Até parece, conta outra. E ela ainda não te pediu em namoro?

-Não. Falo frustrada. -Está tudo tão perfeito que chega me assusta, tenho medo de falar com ela e... Não consigo terminar a frase.

-Thalia, eu entendo o seu receio, mas você não pode se anular para agradar alguém, mesmo que esse alguém seja a Clara Brown, você precisa conversar com ela.

-Eu sei, mas... Sou interrompida pelo bip do meu aparelho me sinalizando que estou sendo chamada para ala da emergência, engulo o meu café e subo correndo, mal dando tempo de colocar meu jaleco, entro e encontro o William.

-O que aconteceu William? Pergunto.

-Paciente grávida foi vítima de bala perdida.

-Preciso de uma sala. Grito e logo entramos com mais alguns médicos dentro de uma sala e começamos a avaliar a paciente.

- Ela está perdendo muito sangue, quero uma bolsa de O negativo aqui agora. Falo ao enfermeiro enquanto ligamos a ultrassonografia para vermos como está o bebê.

-É impossível ver alguma coisa aqui. Diz o William.

Olho para o aparelho e não consigo ver nada também. - Ela está com hemorragia interna, necessitamos de uma sala de cirurgia urgente. Vamos precisar realizar o parto enquanto tentamos reverter o quadro dela.

E logo todos saímos dali direto para a sala de cirurgia onde enfrentamos mais uma vez um parto complicado com risco tanto a vida do bebê quanto a vida daquela mãe.

Depois de horas de uma cirurgia complicada onde foi preciso reverter uma hemorragia enquanto fazíamos uma cesariana, o bebê nasceu com vida e isso me deixa feliz, contudo, essas 24 horas serão cruciais tanto para a mãe quanto ao bebê que passaram por um trauma e tanto. Entro no alojamento dos médicos, retiro o meu jaleco e logo percebo um vulto. Espero que a pessoa se identifique e depois do que achei horas ele aparece.

-Desculpa, não queria lhe assustar. Diz ele.

-Mas assustou, por que entrar assim? Pergunto.

-Queria saber se você está bem. Foi um procedimento complicado.

-Sim, o importante é que deu tudo certo e ambos estão bem.

PERMITA-ME TE AMAR (Romance Lésbico) - Vol. 3Onde histórias criam vida. Descubra agora