Capítulo 4

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-Clara!

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-Clara!

Não preciso tirar a vista da tela do computador para saber que é a Vicki em toda a sua falta de paciência em minha sala.

-Vocês levam a sério esse negócio de entrar na sala dos outros sem bater, não é?

Olho para o meu secretário que está visivelmente assustado e o dispenso. Tenho que avisá-lo sobre o mal costume desse povo.

-Em que posso ajudá-la Vicki?

-Não me venha com essa Clara, você e a Vivian não poderiam ser mais iguais. Diz ela.

Acabo rindo do seu comentário, mesmo não tendo laços sanguíneos com a minha mãe somos de fato muito parecidas e eu aprecio o hobbie da minha mãe que é tirar a Vicki do sério.

-Clara, eu preciso que você assine os papéis.

-Eu já disse que não vou assinar, eu não preciso...

-Nem ouse terminar essa frase Clara! Não tem nada a ver com caridade. Você é tão filha da minha irmã quanto os seus irmãos e nada mais justo que você seja incluída na co-participação da empresa.

-Clara! -Vicki você por aqui?

Diz a minha mãe entrando e nos olhando minuciosamente.

-Já que chegou Brown coloque juízo na cabeça da sua filha e faça ela assinar esses papéis. Diz a Victória saindo e nos deixando a sós.

-Vejo que tomou gosto por irritar a Vicki também. Diz ela se servindo.

-Deixa só a mamis saber que você só vem à minha sala para beber.

-Se você não contar eu não conto. Diz ela piscando para mim e bebendo o meu rum.

-Eu vou colocar um whisky aqui para você. Eu já disse que te amo?

-Nem tente me bajular!

-A sua mãe tirou metade das bebidas do meu bar, me deixando com poucas opções.

-Muito me admira ter deixado opções.

-A muito custo eu consegui convencê-la que recebo clientes e que uma bebida às vezes é bem vinda para eles.

-Boa jogada Drª Brown. Digo e ela ri virando o copo de uma vez.

-Qual será a sua estratégia sobre o caso da Lisa? Pergunta ela.

-É um caso delicado, mas creio que com as provas certas não iremos precisar ir ao tribunal.

-E como vai fazer isso?

-Estou analisando os documentos do contrato que ela firmou com o ex-funcionário, e também tenho a minha equipe de prontidão.

-Quando você fala em equipe, quer dizer...?

-Exatamente.

-Na minha época as coisas eram um pouquinho mais difíceis.

-Não me culpe, mas vou pegar esse cara com a mesma estratégia dele, vou usar da tecnologia ao meu favor.

-Pega ele La loba Brown! Diz ela se levantando.

-Odeio quando me chama assim!

-Não tenho culpa, se você levou essa fama. Almoçamos juntas?

-Sim. Até o almoço!

Depois disso, sigo analisando os papéis e peço ao Alex que chame a minha equipe especial. E logo eles entram.

-Para você nos chamar aqui é porque a coisa é séria.

-Eu sempre falo sério John. Digo a ele.

-Vamos ao que interessa, tenho um departamento para cuidar. Diz a Emily, como sempre apressada.

Eles se sentam e passo aos dois as informações principais do meu caso, e ficamos ali debatendo alguns pontos importantes. Duas horas depois já tínhamos conseguido avançar bastante e eu estava super contente com o que obtivemos.

-Como você mesma disse Clara, a própria tecnologia vai derrubá-lo. Cara idiota! Fala a Emily.

-Eu vou só esperar o John recolher mais algumas informações e irei propor um acordo.

-Só se ele for muito burro para não aceitar. Eu vou indo pessoal o departamento não vive sem mim. Diz a Emily já se levantando.

-Eu também vou indo, irei atrás dessas informações.

-Agradeço pessoal! Vocês como sempre são maravilhosos!

-Chopp mais tarde? Pergunta o John.

-Sim, com certeza. Respondo.

Depois que eles saíram fico ali mais meia hora revendo algumas coisas, não posso perder nenhum detalhe, isso é crucial para a minha vitória, seja ela no tribunal ou fechando esse acordo.

Vocês devem estar se perguntando quem são o John e a Emily! 

Bem, nós crescemos no mesmo lar adotivo, porém eu tive a sorte da Vivian me acolher e conseguir trilhar um caminho melhor, mas isso infelizmente não aconteceu com os dois

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Bem, nós crescemos no mesmo lar adotivo, porém eu tive a sorte da Vivian me acolher e conseguir trilhar um caminho melhor, mas isso infelizmente não aconteceu com os dois. Eu os encontrei três anos depois quando eu já tinha 21 anos e eles tinham acabado de atingir a maioridade legal, eles estavam nas ruas, sujos, e o John envolvido com drogas, não pensei duas vezes e os ajudei, assim como um dia a Vivian me ajudou.

Os levei para um lugar seguro, coloquei John em uma casa de reabilitação e investi nos estudos deles, o que resultou na Emily formada em TI e trabalhando aqui conosco cuidando do nosso departamento de TI, e o John, que tem uma vontade imensa de ajudar as pessoas, se tornou detetive particular e está estudando Direito.

Me sinto feliz por ter ajudado eles, assim como fui ajudada um dia. Sei que nem de longe resolvi o problema, mas me sinto satisfeita em saber que pude contribuir de alguma forma na vida de cada um dos dois.

 Sei que nem de longe resolvi o problema, mas me sinto satisfeita em saber que pude contribuir de alguma forma na vida de cada um dos dois

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PERMITA-ME TE AMAR (Romance Lésbico) - Vol. 3Onde histórias criam vida. Descubra agora