Capítulo 6

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Encontrar a Clara não estava nos meus planos, não mesmo

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Encontrar a Clara não estava nos meus planos, não mesmo. Hoje foi um dia tenso no trabalho, depois de dois partos totalmente complicado onde em um quase perdi o bebê e no outro a mãe, eu só queria relaxar, me divertir com os meus amigos, rir e deixar o álcool me levar a uma certa euforia, mas vê-la ali tão linda e a vontade com os seus amigos cortou o meu clima esta noite.

[...]

Ainda lembro como se fosse hoje o dia em que conheci a Clara, ela estava acompanhando a sua mãe que mais parecia sua irmã, cheguei a cogitar que elas eram um casal, mas para a minha sorte eram apenas mãe e filha. Me encantei por ela assim que os meus olhos avistaram os seus, a sua íris cor de avelã como a de um felino, e sua aura de mistério, ao mesmo tempo que passava uma doçura, era difícil não se encantar.

À minha frente eu tinha uma beleza genuína, ela estava vestida elegantemente mas ao mesmo tempo tinha algo despojado nela, notei o quanto era alta, com os seus cabelos castanhos escuros e muito bem hidratados e uma ruga de preocupação dava a ela algo fatal.

Fiquei maravilhada com a sua beleza, algo em mim queria desvendá-la, mas nada pude fazer, pois estava numa consulta e a chance de vê-la era só se ela aparecesse com a sua mãe novamente. Mas para a minha sorte ou azar nos esbarramos alguns dias depois numa boate e eu pude conhecer o seu lado atrevido e destemido, afinal, ela não era tão doce quanto eu imaginava e isso ainda me instigava mais. Não demorou muito e eu caí em seus braços e foi uma loucura, cada toque, cada beijo seu me levava ao céu.

Era para ser apenas uma noite, uma ficada e nada mais, porém continuamos a nos esbarrar outras vezes, parecia que o destino nos queria juntas, tínhamos uma conexão inexplicável, começamos a construir algo, esse algo ainda indefinido, mas era uma delícia estar ao lado dela. E da mesma forma que ela entrou em minha vida, rapidamente, ela desapareceu magoando o meu coração e me deixando um vazio inexplicável.

[...]

A vejo se afastar da mesa em que estava e sair dali igual a um furacão, e controlo a minha vontade de ir atrás dela. Retorno a atenção aos meus amigos e tento distrair a minha mente da presença de Clara Brown.

-Amiga!

-Oi? Respondo.

-Que carinha triste é essa?

-Acho que vi um fantasma. Digo e ela me olha com um cara de interrogação.

-Mas vamos beber, porque amar tá difícil. Digo tomando o copo de sua mão e o virando de uma só vez.

-Ei, vamos com calma!

-Amanhã estou de folga, então vamos beber!

E assim seguimos a noite entre risadas e shot's.

[...]

Acordo com o barulho insistente do meu celular, me viro na cama e coloco o travesseiro sobre a minha cabeça numa tentativa falha de abafar o som estridente que está me causando uma puta dor de cabeça.

PERMITA-ME TE AMAR (Romance Lésbico) - Vol. 3Onde histórias criam vida. Descubra agora