Capítulo 35

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A vida é feita de escolhas, e essa é a mais pura verdade

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A vida é feita de escolhas, e essa é a mais pura verdade. Alguém me disse isso e nunca uma frase fez tanto sentido agora. Quando tomamos uma decisão ela pode mudar a sua vida drasticamente, seja positivamente ou negativamente. Nós médicos bem sabemos disso, quantas pessoas que atendemos fizeram a péssima decisão de misturar álcool e direção ou se deixaram levar usando alguma substância ilícita. Eu me sinto culpada por não ter escutado a minha consciência sobre o William, eu sabia que ele tinha interesse em mim e mesmo que eu nunca tenha o correspondido deixei isso virar uma bola de neve. E agora estou aqui, não sei aonde, presa, amarrada e com a boca coberta por um pano sem conseguir gritar por socorro.

Tento acalmar o meu coração, mas é difícil, tantas coisas se passam em minha cabeça, os sinais, tive vários e como pude ser tão burra de não segui-los, me sinto uma tola e imbecil, eu tenho a mais pura certeza de que algumas das minhas escolhas, sejam elas conscientes ou não, vão me deixar cicatrizes e arrependimentos.

-Oh você acordou meu amor!

Ele se movia rapidamente pelo cômodo, que julgo ser um porão de alguma casa, e logo parou para arrumar o que parecia ser uma enorme mala.

-Oh fique tranquila meu bem, amanhã vamos estar longe daqui, e vamos morar num lugar lindo. Eu já tenho tudo planejado e você vai adorar.

Dizia ele a mim tranquilamente e aquilo só me assustava mais. Ele não estava no seu juízo perfeito, não era possível. Depois de um tempo ele se aproxima de mim com uma garrafa d'água e tira o pano que estava preso em minha boca, o que me traz um grande alívio, e bebo a água que ele me oferece.

-Calma amor. Bebe devagar. Diz ele.

-William por favor, me solte. Peço.

-Thalia, tudo vai se resolver fique calma, só preciso terminar umas coisas e vamos embora meu amor.

-Eu não sou o seu amor, William pare de loucura, seja racional. Ele nada diz e se afasta de mim, mas logo depois me dá um forte tapa no rosto.

-Eu estou cansado da sua ingratidão. CANSADO! Grita ele.

Me encolhi na cadeira e lágrimas molham o meu rosto.

-Calma, não fique com medo, me desculpe, eu perdi a cabeça. Tudo vai ficar bem. Diz ele tentando me acalmar, como se fosse possível.

-Will, por favor, se um dia você gostou de mim, me solte!

-Ah santa paciência, você está pedindo Thalia. Não está colaborando.

-Por favor! Choramingo em vão.

E logo veio outro tapa e mais outro tapa, e eu senti o queimar na minha face. Senti também o gosto do sangue, pela força dos tapas ele quebrou a minha boca, e antes que eu pudesse falar mais alguma coisa vejo ele com uma seringa em mãos.

PERMITA-ME TE AMAR (Romance Lésbico) - Vol. 3Onde histórias criam vida. Descubra agora