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Esse capítulo é realmente muito grande, peço perdão..

Não esqueçam de interagir e de votar caso for do seu agrado, para eu saber que vocês estão gostando! <3 boa leitura.

🍏🍫

— O ar é espírito. — Jimin observou os pés grandes do alfa caminhando descalços pela neve funda enquanto ele apontava para as decorações nas árvores. Ambos lúpus se encarando profundamente. — Vento e sopro. O ar constitui leveza e independência. Vaga pelo mundo e entrando em contato com todo tipo de situação, substância, elementos e também podemos incluir nossos corpos, que funcionam por base dele.

O ômega sentiu suas bochechas corarem quando o alfa sorriu para si ao perceber sua ansiedade sendo tão transparente. Jeongguk queria se aproximar, mas ainda precisava terminar suas palavras em homenagem ao elemento.

— O ar é tão frio quanto pode ser emotivo. Se trata de algo quieto e invisível, completamente irrelevante aos olhos mas necessário para nossa vitalidade, para a volta da calma de todos os nossos picos de sentimentos mais intensos. — Os dedos grandes seguraram uma das penas penduradas no galho seco. Jimin se arrepiou com o vento gélido que passou por eles. — Eu quero ser sincero com você, quero tirar de mim todo peso que carrego há tantos anos e poder me sentir liberto e emotivo, como é o vento e o sopro. O ar que corre em nossos pulmões e nos traz de volta a vida.

Jeongguk observou os frios brancos balançando e ele sorriu amplo e alegre, percebendo o vento lhes entregando essa benção antes mesmo dele terminar o que tinha que dizer. Seus passos foram lentos e seus ouvidos vibraram com o choramingo dengoso de Jimin quando o alfa se ajoelhou em sua frente, as mãos estendidas e um presente sendo sustentado nas mãos grandes.

— Você gosta disso? Gosta de sentir a pureza que podemos ter em nosso relacionamento? — O alfa engoliu em seco quando viu lágrimas nos olhos do ômega a sua frente, tentando se manter ali para não estragar a tradição. — Esta na sua vez, margarida.

🍏🍫
Algumas horas atrás. . .

Alguns dias se passaram desde o ocorrido com a sua avó, ambos os Park não trocaram uma única palavra durante os mesmos e eles já estavam sinceramente acostumados. Depois de brigas como aquelas nenhum deles se atrevia em dirigir a palavra, mas depois de um tempo sua avó voltava a importunar o garoto como sempre fazia. Eles nunca fizeram as pazes mas não é como se eles fizessem questão disso também.

Jimin tinha bons motivos para não querer uma relação saudável com ela, e por mais que doesse muito carregar aquele peso em seu coração e a dor de seu lobo, não estava disposto a tomar uma atitude.

A próxima semana havia chegado, já fazia dias que não via Jeongguk pois sua avó não tinha saído uma única vez, poucos foram os momentos em que os Park se encontraram naquela casa. Jimin não comeu praticamente nada por não estar disposto e sua avó obviamente jamais faria questão de o alimentar.

— Ômega! — O lúpus estancou no lugar por um momento depois de ouvir o grito da mais velha. Seu corpo endureceu e ele suspirou saindo de sua cama com seus agasalhos finos e caminhando com suas pantufas até a sala. — Eu vou sair.

Jimin observou a mulher com roupas de marca, tecidos grossos pelo frio e a mão enrugada que carregava uma bolsa Chanel.

— Vou tentar assinar outro contrato, e na volta vou passar na vila de novo pra ver se acho algo decente. Volto às nove. — Balançou o molho de chaves em sua outra palma, os sapatos fazendo barulho do piso de madeira enquanto ela ia até a porta. — Não ouse sair de casa, Jimin.

Há Estrelas Em Seus OlhosOnde histórias criam vida. Descubra agora