Let me go

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Acordei em um quarto totalmente escuro e com uma dor de cabeça muito forte, levantei-me procurando algo que pudesse iluminar aquela droga de quarto, mais provavelmente uma luz, e

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Acordei em um quarto totalmente escuro e com uma dor de cabeça muito forte, levantei-me procurando algo que pudesse iluminar aquela droga de quarto, mais provavelmente uma luz, e... sem sucesso. Consegui ouvir risos exagerados distantes, eram as filhas da puta, deduzi.
A porta de abriu e com ela veio uma claridade infernal, o tal de Rafael acendeu a luz (a qual eu não tinha achado ali perto da porta porque estava totalmente escuro) e logo me avistou sentada na cama com uma cara tipo "Vai tomar no cu"

- seu cabelo está horrível. - ele disse.

- Ah obrigada, mas você trabalha em algum salão de beleza ou algo do tipo? Bem que eu percebi seu jeito meio afeminado. - falei com raiva.

- se você quiser eu posso te mostrar o afeminado. - ele disse sendo safado. Idiota.

- Cara, o que vocês querem comigo? Me deixem ir.

- Ah isso é com a Priscila, e não sei se ela vai deixar você ir embora tão cedo, até porque... você sabe demais.

- eu estou pouco me fodendo pra ganguezinha de vocês, se eu sei quem faz parte ou não, eu só quero ir embora. Caramba. - O garoto me olhou e apenas riu, o que me irritou totalmente, aproveitei que a porta estava aberta e saí batendo os pés, o ignorando totalmente e enquanto andava por aquele corredor enorme pude perceber que estava em um luxuoso apartamento. "As Filhas da puta São ricas" pensei comigo, ao acabar o corredor eu me vi numa sala de estar enorme, onde havia duas babacas conversando sentandos no sofá e falando merda.- Eu quero ir embora dessa droga. - gritei, parando na frente da televisão que elas estavam assistindo impedindo elas de olharem. Avistei um troféu onde havia um bonequinho segurando uma bola de basquete e joguei-o no chão com força, como aquelas crianças cujo seus desejos não são concedidos. A garota dos olhos castanhos escuros levantou-se rapidamente como se fosse me matar.

- Sua vadia. Você é louca? - a garota a segurava para eu não levar uns tapas na cara. - Você quebrou o nosso troféu, esse troféu nós ganhamos no campeonato do ano passado contra os maiores times de basquete acadêmicos de L.A. Você sabe o quanto nosso time para conseguir isso? - Eu aprendi algo: nunca quebre troféus, você vai ouvir coisas desinteressantes e ainda vai ter chance de levar uns tapas na cara.

- Esse troféu aí? Importante? Olha o jeito que ele se espedaçou ao cair no chão, pelo amor de deus, garanto que até as medalhinhas de honra ao mérito são melhores, no próximo campeonato me volte com algo menos vagabundo. Obrigada. - Podia ver a raiva nos olhos da garota , o troféu realmente era importante, eu percebi isso quando ela se desfez da garota e me deu um tapa estralado no rosto, fazendo meu rosto quase dar uma volta 360° perfeita. Logo ela me jogou com força no sofá, senti meu corpo ficar meio dolorido, por mais que o sofá fosse confortável ela me jogou com tamanha brutalidade. Fui dominada pelo medo, eu não tinha nem pra quem pedir ajuda. Maldita hora que eu fui sair de casa, odeio minha vida.

- Você tem que saber quem manda, e quem obedece. - ela disse friamente, apontando o dedo em minha cara, enquanto eu continuava jogada no sofá do mesmo jeito que ela me deixou. - Pelos visto, você não está sabendo do que somos capazes, está nos vendo como uma ganguezinha iniciante, porque se não, você não estaria tão afiada desse jeito... Não concordam comigo, bithc? Rafa? Malu? - Rafael e Malu apenas concordam com a cabeça, como se eles estivessem mais ou menos recrimininando a tal atitude da garota dos olhos castanhos, a qual eu ainda não sabia o nome.

- pega leve Dani, é so uma garota, e não alguém da facção inimiga - disse Rafael, ele era bonitinho até.

- Voltem pro Canadá.- tive coragem de falar.- Vocês pagam de Fodõnas, mas na real são um bando de putas. - agora eu havia brincado com fogo, agora eu morreria.

- Putas? Eu te levo pra um canto e vejo você mudar de ideia rapidinho.- Malu Disse

- Deixa, Malu...mal sabe ela que está brincando com a própria vida.- Dani tentou me colocar um certo medo,mas isso já não colava mais. Revirei os olhos

Ouviu-se um barulho de porta se abrindo, eram 3:20 da madrugada pelo que mostrava um rádio que havia ali. Quem poderia ser? Droga... não podia piorar.

- E aí, Pri, pensei que iria voltar só de manhã, mano... O que aconteceu? Seu corpo não deu conta da Vadia? - falou Rafael,Malu e Dani riram. Eu apenas observava tudo, Pri nem tinha colocado seus olhos em mim... ainda.

- logo você, Caliari... por essa eu não esperava hein?! - Malu disse

- Calem a boca suas cuzõnas, a gatinha já está bem satisfeita, depois eu deixo vocês se ajoelharem para mim também, mas agora a gostosa aqui precisa de descanso... - Pri ainda não tinha me visto atirada no sofá.

- Então né... - cocei a garganta - agora que você chegou eu posso ir embora? - falei, trazendo os olhos de todos pra mim.

- Ah, você... acho que temos algo a resolver, não?. - Priscila disse, totalmente sedutora e vindo em minha direção, e sentando-se ao meu lado naquele sofá, Senti seu forte (e maravilhoso) perfume invadir minhas
narinas, e aquilo me deixou meio fora de si.

-Você sabe que eu poderia te matar facilmente né?-ela disse tranquilamente, colocando um de seus braços ao meu redor.

- Não encoste em mim. - Disse seriamente

- Ui, as bravinhas são as melhores. - Ela zombou. - você não acha, Malu?

- lógico, e você sabe né amiga, onde come uma, come duas...- Malu disse com segundas intenções.

- calem a boca, vocês não vão encostar nenhum
dedo em mim, e Priscila, se é esse seu medo, eu não vou contar pra ninguém quem são os membros dos The Canadians, vai continuar secreto. - falei, me levantando daquela droga de sofa.

- Claro que não vai, se contar... Você morre. Simples. - ela disse.

-Agora me deixem ir.

- mas ja? Eu ainda nem aproveitei.- Priscila fez sinal para as garotas saírem, ficando apenas eu e ela naquela sala enorme.
Ela se aproximou, colocando as mão na minha cintura e logo havia uma distância mínima entre a gente, podia sentir sua respiração e seu hálito enquanto ela sussurrava "Eu sei que você me quer.'

- Me larga, Priscila. - consegui me recompor. - Eu não quero saber de você nem da sua ganguezinha de merda. - falei a empurrando. Sua expressão mudou, agora ela me olhava com raiva, poderia levar outro tapa a qualquer momento.

 Sua expressão mudou, agora ela me olhava com raiva, poderia levar outro tapa a qualquer momento

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