A really hate me life.

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- Pai? - Me assustei ao vê-lo

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- Pai? - Me assustei ao vê-lo.

-Onde você estava? - Ele disse com a voz calma, mas mesmo assim dava para ver que ele estava puto da vida, em nenhum momento ele tirou o jornal de seu rosto. - Fala, Carolyna Borges. Ele gritou atirando o jornal longe e vindo em minha direção. Helena riu. - Você não vai me dizer onde você estava?Ele perguntava me olhando com certa fúria, chegava a ser doloroso.

- Eu estava... - Pensei - Na casa da Kau. - Menti legal, ou será que eu deveria dizer que eu estava me envolvendo com uma gangster inconsequente e eu estava na casa dela? Não, esquece.

- Ah, na casa de Kau? - Ele disse ainda desconfiado.

- E óbvio que ela tá mentindo, amor. - Helena se pronunciou.

- Cala a boca, vadia. Volta para a sua esquina. - Gritei.

- Olha o respeito, Carolyna Borges. - Meu pai me repreendeu. - As vezes eu acho que eu fiz algo errado em relação à sua criação. - Ele disse respirando fundo e aquilo me doeu. - Mas enfim, ligue para Kauana, quero ver se é verdade. - Droga, fodeu a porra toda.

Kau não estava falando comigo, não sei se ela iria me acobertar, não sei nem se ela iria me atender. Peguei meu celular com as mãos super trêmulas, eu estava mais do que fodida, Priscila nem precisava se dar trabalho de me matar, meu pai já faria isso.

Ele não tirava os olhos de mim em nenhum momento, apenas esperando eu fazer a tal ligação.

Liguei, chamou. Mas só chamava mesmo, ela não me atendia.

- Atendeu? - Ele perguntou.

- Você ouviu algum "alô" ? - O cortei. Liguei novamente, e ela não atendia, liguei mais uma vez e nada. Amém, Senhor.

- Pai, ela deve estar dormindo. Dê um tempo, por favor. - Senti um alívio me percorrer.

- Ligue de novo - Helena disse, incrível como ela só queria ferrar com a minha vida.

- Não se meta, mas que droga mesmo. - Disse irritada com tudo.

- Ok, Carol. - Meu pai falou. - Eu vou dormir, estou super cansado, mas amanhã é outro dia - Aquilo soou como uma ameaça.

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