My life is over

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Saí de casa com uma vontade tirada do fundo do cu e lá estavam, dois caras de terno encostados em um carro preto, ambos muito bonitos e bem mais velhos, assim que me viram se desencostaram do carro e me analisaram

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Saí de casa com uma vontade tirada do fundo do cu e lá estavam, dois caras de terno encostados em um carro preto, ambos muito bonitos e bem mais velhos, assim que me viram se desencostaram do carro e me analisaram.

- Você é Carolyna Borges? - Um perguntou.

- Não. - Falei. - Sou a vó dela. - Ironizei.

- Entre no carro. - O outro falou. - Mas primeiro, vou nos apresentar: sou Hero e esse é Dwayne, seremos seus seguranças até você ir para... hm... Texas, não é?

- Vamos logo, não quero me atrasar para a escola. - Cortei aquela apresentação clichê.

Eu precisava chegar e pegar o celular de Kauana para telefonar para Caliari ou para alguém que tivesse notícias dela, eu não havia dormido a noite inteira preocupada, meu pai havia a machucado muito e eu ainda não me contentava com o fato de ela não ter revidado . Pensei tanto nisso que quando dei-me por si, eu já estava chorando. Eu queria entrar naquela escola e ver Priscila por aqueles corredores, falando em meu ouvido suas típicas coisas impróprias ou querendo me agarrar justo em locais que haviam câmeras, ela podia ser tudo, gangster, mau-caráter, criminosa, mas era ela quem eu amava .

- Chegamos. - Dwayne disse. - Estaremos aqui na hora que você sair.

- Seu pai pediu para avisar que tem dois alunos cuidando de seus passos pela escola à mando dele, então não tente dar uma de espertinha. - Hero completou.

- Isso tudo é exagero. - Protestei.

- Não sabemos de nada, só estamos fazendo nosso trabalho. - Fiquei quieta e entrei na escola, tenho certeza que minha aparência não era das melhores.

-CAROL? O QUE ACONTECEU? OLHA PRA VOCÊ. TE LIGUEI PARA SABER COMO FOI O JANTAR E SEU PAI ATENDEU, DISSE QUE TINHA CONFISCADO SEU CELULAR... - Desabei, a abracei fortemente e comecei à chorar loucamente, algumas pessoas passavam e estranhavam a cena, a própria Kauana não estava entendendo nada. - O QUE...

- Meu pai... Meu pai, Kauana. - Eu não conseguia falar. - Ele descobriu tudo, Vanessa contou tudo, ele foi até o restaurante e... - Respirei fundo tentando conter as lágrimas. - Viu a gente e fez o caralho á quatro, ele bateu em Caliari, ele deixou Priscila inconsciente, minha namorada está no hospital e eu não tenho notícias dela, não tenho. Não sei o que fazer, Kauana. Preciso da sua ajuda.

- Vou ligar para Dani, espere.

- Não aqui. - Falei e contei o resto da história, contei que eu iria para o Texas e ela começou á chorar junto comigo, tudo no meio do corredor da escola, contei também dos seguranças e dos tais dois alunos que estavam de olho em mim, eu estava presa.

- Não acredito que seu pai foi capaz de tudo isso para afastar você de Caliari... - Ela concluiu. - Eu não quero perder você, não quero perder minha melhor amiga. - Chorei mais ainda.

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