31/07

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Música: Orange Peeler - Horse Jumper of Love

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*Considere o que está escrito assim no texto como se as palavras estivessem riscadas :) *

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31/07 - Ela

Após o trabalho na casa de Louis chegar ao fim, somos todos dispensados. Mas meu glorioso plano de fuga vai por água abaixo quando Anja me encontra tentando escapar pela porta dos fundos. "O que você está fazendo? A saída é por aqui, Clara!", ela disse, guiando-me em direção ao portão principal como se eu fosse uma criança arredia numa excursão escolar.

Para a minha surpresa, lá fora aguardavam-me Mathieu, Sage e Peter. Ao longe pude ainda avistar Joe, distante do grupo para lhes dar um pouco de privacidade, mas ainda próximo o suficiente para garantir sua proteção.

Agora, sem as árvores altas do jardim de Louis pairando sobre mim, o sol atinge em cheio meu rosto, fazendo minha pele arder. O meu vestido de repente parece pesado e sufocante. Deus, só quero ir embora daqui.

— E então, já decidiram onde vamos almoçar? — Anja lhes pergunta, arrastando-me para perto com naturalidade, como se eu tivesse concordado em passar o resto do meu dia com eles.

— Encontramos um restaurante a céu aberto a poucos metros daqui — Sage diz, apontando para o norte. — Topam?

Mathieu dá de ombros, como se dissesse tanto faz, mas Peter e Anja concordam num átimo. Eu olho para os quatro em silêncio, pensando se existe alguma maneira eficaz de recusar sua companhia sem soar ríspida. Agora que estou aqui, no meio do grupo, parece que há um contrato social tácito que me obriga a permanecer, por mais que a minha vontade seja de sumir daqui. Acho que agora entendo o que Amanda queria dizer com as "confraternizações obrigatórias" no seu trabalho, às quais ela tinha de comparecer para "não passar a impressão de ser uma grande filha da puta de nariz em pé que não vai com a cara de ninguém".

Depois de passar uns minutos fabricando na cabeça dezenas de maneiras diferentes de falar estou indo embora porque quero ficar sozinha e falhando em deixá-las minimamente gentis, chego à conclusão de que não há escapatória. Vejo-me obrigada a engolir as atuais circunstâncias como um remédio amargo: estarei presa a isso tudo até o fim da tarde.

i will escape death for youOnde histórias criam vida. Descubra agora