5|🀤ʼ, - BUTTON BOY

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Avisos: essa ficção é +18 e possui conteúdo considerado maduro. por favor ao consumir, tenha cuidado e atente-se a gatilhos de sensações agonizantes.

Preferencialmente indico a leitura com tela escura para melhor visualização estética da obra. Bom consumo✗៚
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 Bom consumo✗៚↳                                                           ↲

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PELA madrugada de chuva, um alguém remexia-se no leito com inquietude. O corpo trêmulo dava espasmos de ansiedade sempre que recordava-se daqueles olhos carinhosos, olhos de Bang, que o enxergavam com tanto cortejo, que o viam, eles o viam e isso era assustador. Seungmin sentia a testa franzir-se e os pulsos doloridos novamente.

As correntes eram longas mas as algemas continuavam apertadas, foi uma estratégia dada por senhorita Isabel, usar deste intermédio para ampara-lo nos seus momentos estranhos. Estranho porque, ele não sabia como descrevê-los só os percebia quando estava feito. As suas madrugadas eram violentas, ele tendia a se defender de inimigos "invisíveis". As madeiras da cama tendiam a quebrar e a boa ventura do quarto ser o mais afastado dava-lhe menos possibilidade de ser repreendido por atos que não estavam sob o seu controle.

⚠️TW: Corte com vidro.


Mas ele não conseguia adormecer naquela noite, nem sequer ter pesadelos. Por isso rodava o quarto em círculos arrastando suas correntes enquanto os pés descalços encontravam o chão gélido da madeira. Por meros segundos sua mão roçou-se nas poucas fotografias que possuía acima de um dos poucos móveis do cômodo. E vendo rostos embaçados pelos sentimentos obscuros que guardava neles e um pequeno porta retrato de vidro foi estilhaçado entre seus dedos, fragmentado-se em seu palmo, assim, de repente, por impulsividade. Os pedaços de cacos refletiam seu rosto, não havia nada ali, absolutamente nada.

Quando deu por si respirava novamente e desesperado procurou por algo para limpar o sangue em seu palmo que pingava na madeira de um pedaço de meia longa antiga e inutilizada. E após o extremo respirou fundo antes de empurrar a vidraça da janela para abri-la. Sentando-se entre a mesma, apoiado pela cômoda, ali conseguia acesso ao telhado de baixo. Enxergando a escuridão da cidade de interior, poucas luzes urbanas, e algumas outras janelas.

Não muito distante mas seguro, enxergava a sacada da suíte mais bonita da sua pensão, e seus olhos se pesaram para ver por de longe. Ele conseguiu assistir sob suas ires claramente o que seria Sr. Bang, aquele que havia lhe desestabilizado por suas ações doces e enganadora santidade, que ali prostava-se contra o corpo de um segundo homem, num ato inapropriado, mas não qualquer homem, um outro igualmente cordial e bondoso consigo, e para o seu declínio, como a finalização daquela provável arte ilusória de suas fantasias mais promiscuas e pecaminosas, um terceiro homem, o mais bonito deles em sua perspetiva, também se fazia presente, tinha o dorso nu, um sorriso largo e um charuto, três demônios dançavam na madrugada, eles se moviam de maneira estranha, com as mãos para o céu, quase como um ritual. O rapaz não se movia, só pensava, não conseguia mover-se porque aquilo era sujo em sua concepção, ou talvez fascinante.

 𝐃𝐔𝐌𝐌𝐘 | 🀌 ˢᵗʳᵃʸᵏᶦᵈˢ Onde histórias criam vida. Descubra agora