Capítulo 8

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LUKE MEDINA

- Vai lá falar com ela, seu bunda mole! - Adam aperta meu braço, pra conferir se ainda estou prestando atenção nas balelas que ele está dizendo.

- Não vou. Olhe, ela parece bem contente conversando com o Davi e a Lily. - resmungo. O suspiro do Adam é alto e vejo ele virar toda a dose de conhaque.

Já estou à uns vinte minutos observando a conversa de Nancy com todos desse local, principalmente os homens. Ela é gentil e atenciosa, isso eu sei bem, ela jamais deixaria de conversar com alguém por seu gênero. Mas ela podia ter consideração com o meu pobre coração, não é? Porra! O que estou pensando?

Nancy é solteira e livre pra conversar e se relacionar com quem ela quiser, mesmo que isso me machuque bastante. Quero ir atrás dela e dizer o que sinto, mas o medo da rejeição tá sendo a barreira para a minha felicidade.

- Eu vou lá! - digo firme, meu irmão parece agradecer aos céus por minha decisão inesperada. Mas quando eu ia me pôr de pé, Davi se inclina e fala algo no ouvido de Nancy que sorri e olha de forma tímida pra ele. - Ah, não vou não.

- Caralho, Luke. Para de graça, vai logo.

- Parece que ela tá melhor com o Davi - olho para o meu primo traidor, que mesmo sabendo o quanto sou louco por essa mulher, ainda dá em cima dela na minha frente. Ah, eu mato ele!

- E vai deixar ele ganhar essa? - Adam arquea uma sobrancelha. - Você é Luke Medina, caralho! Vai lá e mostra o poder do seu nome.

- Isso soou ridículo demais.

- Não importa. Só vai! - bate na minha cabeça, e quando eu ia xinga-lo vejo Davi se levantar e sair de perto da Nancy.

Essa é a minha chance! Me ponho de pé e vou até ela, me sentando ao seu lado posso ver o seu olhar de curiosidade sob mim e vontade de falar algo. Sem dizer nada, pego um anel em meu bolso e coloco em cima da mesa. Por um instante achei que ela não iria reconhecer, mas ao ver sua reação tenho certeza que ela sabe bem o que é.

Os olhos da minha garota estão marejados e prontos para chorar, por sorte, todos ao nosso redor estão bem ocupados em suas conversas e bebidas. Seguro em sua bochecha, limpando sua lágrima e ela me olha com aquela olhos negros como a noite, que em faz delirar de desejo e amor.

- Se você quiser continuar o que não terminamos, me encontre na suíte principal, no último andar. - beijo sua testa antes de me levantar, e sair caminhando de forma calma.

Por dentro, meu coração parece querer sair saltitando. Não sei como puder ter tanta coragem e ousadia ao mesmo tempo, sempre fui direto nos meus sentimentos, mas dessa vez eu me superei legal. Nancy é uma pessoa centrada e racional, ela fará o que está em seu coração.

Assim posso ver se somente eu tenho ainda sentimentos, ou ainda compartilhamos do mesmo amor. Abro a porta da enorme suíte que - graças aos céus - está vazia. Mas Vicent me avisou que ele não iria usá-la, por isso deixou a chave comigo se eu precisasse, e aqui estou.

Andando se um lado para o outro com a ansiedade à mil. Se ela não aparecer, vou fingir que nada disso aconteceu e vou embora na mesma hora! Posso não conseguir, mas tentarei esquecê-la de uma vez por todas, assim não continuarem nutrindo sentimentos enganosos.

- Se acalme, Luke. Daqui à pouco terá um troço! - digo a mim mesmo, na tentativa de não morrer de pura ansiedade e angústia.

- Porque você terá um troço? - meu corpo para no mesmo instante ao ouvir sua voz. Sorrio levemente e me viro diante à porta. Agora sim posso vê-la melhor, usando um vestido preto justo que mostra as lindas curvas que ela sempre teve.

- Ansiedade de vê-la.

- Estou aqui. - abre os braços e olha ao redor. Dá um passo à frente e fecha a porta. - Fiquei surpresa por ainda guardar aquela aliança. Fazem oito anos.

- E nunca será o momento de desfazer dela. - me aproximo, percebo que ela ficou mais alerta com meu ato.

- Porque me chamou aqui?

- Precisamos conversar, Nancy.

- Tenho medo dessa conversa. - assume.

- Eu também, mas isso terá que acontecer em algum momento. Não posso continuar vivendo com essa dúvida que me corroe por dentro.

Nancy fica surpresa com a minha pequena declaração. Ela se aproxima e apoia suas duas mãos geladas e trêmulas em meu peito, mesmo com a camisa, posso sentir a conexão que nossos corpos tem, apesar dos anos. Eu sempre à amarei, e isso não tenho como mudar.

- Você ainda sente um arrepio ao ficarmos perto? - pergunta atônita.

- Somente de olhá-la, meu coração já deseja correr em sua direção. - seguro devagar o seu queixo, fazendo seu rosto levantar e me encarar.

Nancy é desprovida de altura, mas a beleza consegue suprir essa necessidade perfeitamente. Os lindos olhos negros que fazem meu coração saltar. Os lábios carnudos que me fazem enlouquecer para beijá-la. Seus cabelos lindos e sedosos, que tenho vontade acariciar por toda a vida. Ela é simplesmente perfeita pra mim.

- Sobre o que exatamente devemos conversar?

- Sobre nosso amor!

- Você ainda me ama? - sua expressão é de pura curiosidade e adrenalina.

- Nunca deixei de amá-la. A cada dia que se passa, o meu amor somente multiplica por você, Nancy!

 A cada dia que se passa, o meu amor somente multiplica por você, Nancy!

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