Cap. 51

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BOA LEITURA

Nós chegamos no meu vô, o Léo pegou as meninas no colo, eu peguei a chave que eu tenho da casa do meu avô, abri a porta e fomos direto para a sala.
Estava esquisito, meu vô nunca deixa a luz da sala apagada, vou até o interruptor e quando acendo a luz vejo ele caído no chão, com muito sangue envolta dele.

Sn: liga pra ambulância - corro até meu vô
Léo: tô ligando - ele coloca as meninas no sofá e pega o celular.

Sn: vovô acorda, Eu preciso do senhor - falo fazendo massagem cardíaca nele e chorando muito.

Sn: não me deixa - continuo fazendo a massagem cardíaca e chorando
Léo: vou ligar para o seu pai e dizer para ele encontrar com a gente no hospital
Sn: eu preciso de você - desisto da massagem cardíaca e me jogo no chão, abraçada com o corpo dele.
Léo: amor
Sn: não me abandona vovô
Léo: amor, a ambulância chegou - eles entram e levaram meu vô.

Eu tentei ir junto na ambulância, mas os paramédicos não me deixaram entrar.

Sn: vamos rápido
Léo: amor calma
Sn: CALMA?
Léo: Sn
Sn: meu vô está morrendo e você está me  e pedindo calma - falo ainda chorando - vem vamos, se não eu vou dirigindo
Léo: tá bom vamos - ele pega as meninas, coloca elas nas cadeirinhas e eu volto para a sala pegar um negócio que eu vi no chão.

Era uma arma, com o desenho de uma pomba branca e uma bomba, eu sabia exatamente de quem era aquela arma e eu vou matar o filho da puta. Guardei a arma e fui para o carro.

O Léo entra no carro e vamos direto para o Hospital, ele me deixa no hospital e vai levar as meninas na casa do meu pai, que a Lena vai cuidar delas e vai passar em casa buscar uma roupa pra mim, porque ainda estou com a roupa que usei na festa.

Entrei no hospital meu pai e meus irmão, meus primos e o tio Tom já tinham chego.

Sn: cadê o vovô?
Alex: não sabemos, ainda não vieram falar com a gente
Sn: como não?
Carla: cunhadinha fica calma
Sn: meu Deus que mania de mandar as pessoas ficarem calmas. Eu não estou calma e não vou conseguir ficar. Eu acabei de ver meu vô no chão sangrando. - meu irmão não fala nada só me abraça.

Nós ficamos esperando até alguém vim falar com a gente quem vem é um médico, o Léo já tinha chego, ele estava sentado do meu lado, eu estava com a cabeça no ombro dele.

Xx: família do Jorge Miller
Alex: somos nós.
Xx: você é o que dele?
Alex: nós somos filhos - fala meu pai apontando para ele e para o Tio Tom
Xx: quando seu pai chegou ele tinha pouco batimento cardíaco, nós fizemos de tudo que estava ao nosso alcance, mas ele não resistiu sinto muito. - foi nessa hora, nesse exato momento que bum.

Eu desmontei, parecia que minha cabeça tinha explodido, eu estava rezando para que tudo aquilo fosse mentira ou um pesadelo, mas eu sabia que não era, eu sabia que tudo aquilo era real e isso doía, doía muito, como se tivessem tirado uma parte de mim.
O que de certo modo aconteceu, eu tinha acabado de perder meu vô.

Naquele momento as únicas coisas que passavam pela minha cabeça eram todas as lembranças com meu avô.

Eu já estava aos prantos, chorando tenho certeza que nunca chorei tanto assim na minha vida.
Todos ficaram sem reação. Eu só sabia chorar, não conseguia fazer mais nada além de chorar.

Sn: eu quero ver ele
Alex: filha não é uma boa ideia
Sn: eu quero ver, posso? - pergunto para o médico
Xx: claro - ele me leva até onde estava o corpo do meu vô.
Sn: obrigado
Xx: sinto muito por não ter salvo ele
Sn: você não tem culpa
Xx: vou te dar licença
Sn: obrigado.

Ele saiu do quarto, meu vô estava em uma maca, com o rosto coberto, tirei o pano que cobria o rosto dele e comecei a chorar mais ainda.

Eu vou matar quem fez isso, quero que a pessoa morra, quero que ela vá para o inferno, para a puta que pariu.
Abraço o corpo do meu avô, estava tão estranho, ele estava sempre tão quentinho, mas agora ele estava frio. Fiquei na sala por mais 20 minutos e depois fui embora.
Não com a minha família, vim embora sozinha, peguei um uber e vim direto para a minha casa.

Peguei meu celular e liguei para a pessoa que matou meu avô.

Ligação ON
Martin:  Martin falando, como posso lhe ajudar?
Sn: indo para o inferno.
Martin: oi amor é você
Sn: amor o caralho
Martin: pelo jeito você não gostou da surpresa
Sn: como você pôde fazer isso, como você pôde fazer isso comigo.
Martin: eu te avisei, para voltar pra Espanha, voltar pra mim.
Sn: você matou meu avô, eu preciso dele. Você me tirou a pessoa que mais me apoiou a minha vida toda.
Martin: eu sei, agora estou pensando em qual dos seus irmãos será o próximo.
Sn: você vai ser o próximo! - afirmo
Martin: estarei te esperando. - ele fala e desliga
Ligação off

Fico pensando no que fazer, se eu for pra Espanha e matar ele, vão ligar os pontos e eu vou ser presa, mas e se não for eu quem vai matar ele.

Ligação ON
Antônia: alô com quem falo?
Sn: é a Sn
Antônia: oi S/a como precisa de alguma coisa?
Sn: preciso que você mate alguém para mim
Antônia: pensei que você não gostasse do meu trabalho. Mas ok, quem você quer que eu mate?
Sn: o Martin
Antônia: pode deixar
Sn: Antônia mata ele, mas antes faz ele sofrer muito
Antônia: o que esse cara fez dessa vez?
Sn: ele matou meu vô
Antônia: eu sinto muito S/a, mas deixa comigo
Sn: tchau
Antônia: tchau se cuida.
Ligação off

A Antônia é uma amiga que eu conheci na Espanha, ela é uma assassina de aluguel, a melhor do mundo, ela nunca é descoberta por ninguém. Sempre disse para ela que isso era errado, mas hoje eu dou de tudo para que aquele desgraçado morra, mas que antes ele sofra muito.

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