[12] PROMETE

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LEONA BLANCO

— Leona?

Retorno a consciência saindo daquele transe maluco, assim que ouço a voz da tia Vera.

Como se o toque tô homem à minha frente, queimasse, lhe afasto com rapidez e sem lhe dar qualquer chance de reação, corro para a porta entreaberta e saio do quarto quase que correndo.

No corredor, me deparo com a mulher de frente para a porta do meu quarto que deixei fechada. Ela com certeza acha que estou lá dentro e dormindo, pois, vira as costas e sai em direção às escadas.

Meu coração acelerado da situação no quarto do homem, dispara ainda mais com o medo de ser pega por sua mãe. Dou passos silenciosos até a porta de meu quarto, avistando a senhora caminhar para as escadas.

Quando finalmente estou de frente para a porta, coloco a mão na maçaneta e empurro com o máximo de cuidado possível para não atrair a atenção da mulher, mas como se o universo estivesse adorando assistir a novela que se tornou minha vida, a porta range e a mulher instantaneamente olha para trás.

— Leona — Ela vira o corpo em minha direção. — Acordei você, né?

— Sim! — Afirmo com rapidez, mas quando me dou conta de meu tom afobado, me corrijo. — Quer dizer, não, não me acordou, eu estava, hm... com cabeça em outro lugar que nem lhe ouvir chamar. — Falo, encostando minhas costas, de forma tranquila, no batente da porta, como se estivesse acabado de abri-la.

— Ah, tudo bem. Vou deixar você descansar. Mas precisa de alguma coisa? Eu estava na casa da vizinha ao lado e acho que te ouvir me chamar.

— Ãn, e-eu... — Murmuro ainda meio desnorteada e pensativa. — Eu, para falar a verdade, gostaria de tomar um banho, mas não tenho roupas.

— Vou pedir para o Matheus trazer algumas pra você.  — Disse, me deixando mais aliviada por saber que, pelo menos, terei roupas.

— Muito obrigado!

— Nada, pode ficar tranquila que hoje mesmo vou na casa dele mandar ele trazer. — Avisa e eu sorrio.

— Tudo bem.

— Agora deixa eu só avisar isso ao Leal e já vou indo lá. — Tia Vera sorri, voltando a se aproximar.

Quando ela finalmente está de costa para mim e de frente para a porta do quarto do homem, entro para meu quarto, como o flash.

Que merda foi essa que acabou de acontecer naquele quarto?

Mordo meu lábio inferior, com as lembranças vivas em minha mente.

Passo um tempo estatica, ainda com a mão sobre a maçaneta ouço batidas na posta atrás de mim e volto a realidade jogando a cabeça de um lado para o outro, para afastar aquela maldita lembrança que sei que não saíra da minha cabeça tão facilmente, me apressando em abrir para tia Vera.

Porém, acabo sendo surpreendida...

— Esqueceu isso — O homem tinha um sorriso nos lábios.

Leal.

Seu vulgo é Leal, pelo menos, foi isso que eu entendi. Então, se ele é o Leal, o outro é o... Malvado, ou melhor, Matheus, como tia Vera lhe chamou.

Engulo no seco sentindo o meu coração acelerar ao surgimento do que aconteceu entre nós momentos atrás, retornarem.

— Ah, obrigado! — Agradeço pegando o par de roupas de sua mão.

Erro PerigosoOnde histórias criam vida. Descubra agora