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LEONA BLANCO
— Eu disse para vocês que era ela, meus filhos. — A mulher diz, intusiasmada. Filhos?
Interessante.
— Era ela o que, coroa?— O mais claro questionou com o semblante confuso.
— Ela é a polícial que me ajudou! — Afirma me encarando com uma admiração e carinho que me deixa envergonhada.
De relance miro meus olhos nos dois homens presentes na sala. Eles parecem demasiado surpresos com essa informação, e eu não me encontro muito diferente deles.
Então quer dizer que a senhora que eu ajudei é a mãe dos traficantes que me sequestraram?
Quais as chances?
Não sei se fico feliz ou... sei lá. Não consigo evitar de sentir a esperançazinha que nasce bem no fundo do meu peito ao pensar que eles podem considerar me liberarem depois dessa informação.
Em mais de dez anos na carreira militar, conheci muitos indivíduos fora da lei, dentre eles que cometeram crimes horríveis, assassinatos cruéis com direito à torturas desumanas, porém, em suma, pequena quantidade eram justos.
Mataram para defender a honra de quem amavam. Poucos, óbvio.
Não quero parecer ingênua por acreditar nisso, até porque já vivi e vi coisas horríveis nessa vida e tenho para mim a seguinte frase "ninguém sabe do coração de ninguém."
Apenas prefiro acreditar que ainda existe bondade humana no mundo, ou então irei desacreditar de tudo. Como policial militar já vi se tudo, e se você não se apegar em algo ou a algo, vai acabar enlouquecendo com essa vida.
Talvez esses homens, pelo menos, considerem me deixar viva por mais um tempo...
— Achei que a senhora não iria me reconhecer já que meu rosto estava coberto pela máscara. — Falo.
— Que isso, minha filha, óbvio que eu ia me lembrar de você. A gente nunca esquece os olhos de quem nos ajuda!
— Belas palavras. — Elogio quase em um murmuro, ainda intrigada com a situação.
— Aceita almoçar com a gente? — A mulher pergunta e eu volto a me atentar. — Já digo que eu não aceito um não como resposta. — Ela solta um riso leve e divertido.
Novamente miro meus olhos nos dois homens, dando de cara com seus olhares sobre mim. Eles me lançam olhares duros que me dizem que não devo aceitar o convite, porém, não posso perder a oportunidade de saber mais sobre eles.
Preciso de informações.
Noto que o homem à minha frente abre a boca para negar, portanto, sou mais rápida ao falar.
— Claro que aceito almoçar com a senhora, mas só se eu lhe ajudar na cozinha... e não aceito não como resposta. — Forço um sorriso, encarando a senhora.
Não quero envolvê-la nesse meu jogo perigoso, até porque ela parece ser uma boa pessoa. Mas no momento não estou cem por cento jogando, estou com fome. Passei tantos dias sem comer que só a menção da palavra comigo faz meu estômago contrair.
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Erro Perigoso
عاطفيةQuando uma oficial da polícia é convocada para assumir o comando de uma nova missão, sua primeira providência é mudar-se para o novo local. No entanto, em meio ao caos do serviço, ser sequestrada, após ser confundida com um outro oficial, não estava...