" No momento mais em baixa da sua vida, é quando o seu "crescendo" começa." - Do You Like Brahms.
Quando chegamos em casa, apresento-lhe a minha madrasta, primeiro almoçamos, depois o levo para meu quarto e deixo a porta encostada, para que evitasse maus entendidos da parte dela, não queria ouvir do meu pai depois...
Ele se senta na minha cama, e eu de frente a ele. Estou nervosa, falar sobre isso sempre foi muito difícil e ter que se lembrar dessa minha fase... Também. – O inicio do meu namoro com ele foi muito bom, mas o tempo foi passando e ele foi me pressionando a fazer sexo, eu não me sentia pronta, não estava preparada, mas sempre que nossos beijos ficavam intensos demais, ele... Ele tentava e não me respeitava, eu fugia e ele fazia pressão psicológica, até chegar um dia em que ele ameaçou dizendo que terminaria comigo caso eu não... Você sabe. Eu estava tão apaixonada por ele que não consegui enxergar toda a situação, não consegui ver em que eu estava em uma relação tóxica e que ele fazia isso justamente para conseguir o que tanto queria. E um dia, eu me entreguei a ele por puro medo de perdê-lo, eu me convenci de que todos os garotos eram assim, e que era normal a forma como ele fazia para me manipular a me entregar a ele. Depois de uns dias, ele foi querendo sempre mais, e mesmo eu ainda não estando tão bem psicologicamente, eu continuava dando a ele o que ele queria. Eu estava cega, tudo o que eu pensava era em não perdê-lo. Minhas amigas sempre me alertavam que ele não prestava, que era um relacionamento tóxico, mas eu nunca quis escutá-las de verdade, chegamos a brigar por causa dele. Foi um fase difícil para mim, quando ele teve que se mudar para cuidar da avó, eu fiquei muito depressiva, foi então, que minhas amigas se reaproximaram de mim. Com um tempo longe dele, eu pude perceber que tinha feito besteira em ter me entregado, e que realmente eu estava em um relacionamento tóxico, por isso eu me fechei totalmente. Pensei que todos os meninos fossem como ele, até eu conhecer você e ver que estava enganada. – falo, e algumas lágrimas escorrem por meu rosto.
Lembrar dessas coisas ainda mexia muito comigo, eu tinha raiva de mim mesma por ter sido tão burra e por ter tido a minha primeira vez não estando preparada física e emocionalmente.
Dylan me olha com carinho e empatia, eu tinha tanto medo de contar a verdade a ele, tinha medo de que ele pudesse me ver com olhos ruins, que ficasse com raiva ou vergonha, mas seus olhos doces me diziam que ele me amava e que não me culpava por nada disso. – Melinda, você não tem culpa de nada, você foi ingênua porque estava muito apaixonada por ele, mas... Ele agiu por maldade, não se culpe pelo que aconteceu, o importante é que você viu o que aquele relacionamento era. Você não deve se culpar pelos atos dele, eu te amo tanto, se concentre apenas no nosso amor. – ele diz, e sorri de lado, me olhando profundamente.
- Mas como? Ele me agarrou a força hoje e tenho medo de que ele possa tentar novamente e... – eu dizia até ele me calar com um selinho.
- Ele não vai mais encostar um dedo em você. Eu não vou permitir, mesmo que ocorra dele te importunar quando eu não estiver presente, eu não vou deixar barato. Contarei a direção, farei o possível para que ele receba uma punição e fique longe de você.
- Só não parta para a violência.
Ele sorri. – Vai quebrar o encanto se eu bater nele? – ele me provoca e acho a coisa mais linda seus olhinhos quase sumindo enquanto sorria.
- Não, eu te amo também. Eu só não quero que o meu namorado bonzinho faça coisas ruins. – digo e sorrio envergonhada.
Ele coloca a mão em meu rosto. – Nem se for para te defender? Você tem um fetiche por caras bonzinhos? Devo me preocupar? – ele brinca e começa a rir mais.
Toco de leve em sue ombro – Seu bobo. Você é o único menino bonzinho que eu quero em minha vida.
- Você me deixa louco, Melinda... – ele diz, e me beija. Nosso beijo é intenso e perfeito, quando nos beijamos o suficiente, ele deita na minha cama e eu a seu lado, encostando minha cabeça em seu ombro, estava de frente para o teto do meu quarto.
- Você quer ir comigo para há China um dia? Passar férias.
Sorrio e viro-me para ele. – Claro que eu gostaria, mas não sei se meu pai teria dinheiro para bancar minha viagem.
- Irei passar as férias de final de ano em Shanghai, na minha cidade natal, com o meu pai, ficarei lá até o final do mês de janeiro. Mas eu gostaria que você pudesse ir comigo, queria que pudesse conhecer o lugar em que nasci.
- Eu sonho com as viagens para os países asiáticos desde que comecei a assistir doramas por sua causa, e a china definitivamente é o país em que preciso ir de primeira, meu namorado é de lá. Mas... O único jeito de eu ir seria com meu pai pagando e permitindo que eu ficasse lá com você... Não sei se ele permitiria.
- Não se preocupe com antecedência, até dezembro chegar vai demorar e você ainda precisa me apresentar para seu pai, assim, ele vai me conhecer e ver que eu sou um bom garoto, como você mesma diz. Com o tempo ele vai confiar em mim e talvez te deixe ir. – ele diz como se fosse muito simples.
- Você é muito convencido, sabia?
- Sou?
- Sim.
- Você está de implicância comigo.
Sorrio e o beijo. Mais um beijo apaixonante, mas somos interrompidos por minha madrasta que entra no quarto no momento em que nos beijávamos.
- Desculpa incomodar, mas... Melinda, seu pai chegou.
- Já? Por que tão cedo? – digo me levantando da cama.
- Não sei, só chegou mais cedo. Vim avisar para que ele não pensasse besteiras sobre vocês dois.
- Terei que te apresentar agora, querido. – digo, ele me olha com os olhos arregalados e eu sorrio, era fofo ver como ele estava assustado em ter que se apresentar, sendo que segundos atrás ele estava falando sobre o conhecer.
- Obrigada por avisar Marina.
Ela sorri e se retira. – Sua madrasta parece ser uma boa pessoa.
- Eu não sei... Pode ser que ela só esteja fingindo gostar de mim.
- Por que acha isso?
- Acho que meu pai estava traindo minha mãe com ela, enquanto ela era viva ainda, mas não tenho certeza, eles nunca confessaram isso. Só não entendo como ele pode achar uma mulher tão rápido, era como se ele já estivesse com a Marina. Se for isso mesmo, eu jamais irei gostar dela.
- Não diga isso. Ás vezes você está enganada sobre a situação. Deveria perguntar a eles se isso te incomoda tanto.
- Tenho medo da resposta. Sou uma tola, não?
Ele sorri e beija minha testa antes de responder. – Claro que não. É normal não estar preparado para ouvir certas verdades, cada um tem o seu tempo. Mas então vamos lá, preciso me apresentar para sue pai. – ele diz, e faz um careta.
- Está nervoso?
- Um pouco.
Sorrio. – Desculpa por isso.
- Está tudo bem, por você eu faria de tudo. – ele diz, segura em minha mão e a beija como um verdadeiro príncipe. Sinto-me dentro de um dorama, na verdade, eu estava mesmo vivendo o meu próprio dorama.
Caminhamos juntos de mãos dadas até onde meu pai estava, eu também estava nervosa, nem o Eduardo eu havia apresentado a ele. Mas ele sabia que eu estava namorando escondida, eu sentia seus olhares de julgamento sobre mim. Eu só esperava que ele fosse compreensivo e que tratasse o Dylan bem.
Bom Dia, desculpem por atualizar só agora depois de séculos kk mas é que eu estava muito envolvida escrevendo outro livro e acabei ficando sem tempo para continuar este, mas irei retomar e não demorar tanto a atualizar, desculpem <3 Espero que ainda gostem do livro, beijos <3
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Você veio de um dorama?
Ficção AdolescenteEm Vila - Mariana, São Paulo, os caminhos de Dylan e Melinda se encontram. Uma garota popular, com o coração machucado, um garoto asiático, com uma personalidade jamais vista antes. Para Melinda, ele é um caso raro, um rapaz extremamente fofo, algu...