Um pouco de ciúmes é bom

188 15 0
                                    

" De todas as coisas que eu amei... Por que eu nunca fui uma delas? "
- Run On.

Dylan.

Eu estava bem nervoso ao conhecer o pai de Melinda, mas tentei dar o meu melhor para não demonstrar isso, afinal, eu queria que o pai dela gostasse de mim e que aprovasse nosso namoro, talvez assim, Melinda pudesse visitar a China comigo no final do ano.

- Olá, tudo bom? Eu sou o Dylan, namorado da Melinda, somos do mesmo colégio, é um prazer em conhecê-lo. - digo, tentando demonstrar confiança.

Ele me olha de uma forma curiosa, talvez estivesse surpreso com a situação. - Olá, estou bem. Hum, sou o Gustavo, também é um prazer em te conhecer. - ele diz meio ríspido, mas pega em minha mãe em cumprimento.

- Pai, o Dylan é chinês, nasceu e cresceu em shanghai, mas mora aqui no Brasil há cinco anos. - Melinda diz, para quebrar o clima que havia se instaurado.

Seu pai sorri gentilmente e faz sinal para que eu me sentasse. - Que curioso filha, eu nem sabia que você estava namorando, quem dirá com alguém de outra nacionalidade.

- Estamos namorando tem tempo, só que Melinda estava com medo de contar ao senhor cedo demais... Mas não se preocupe, eu tenho a melhor das intenções com sua filha, eu gosto muito dela e a respeito muito, é bem importante para mim que o senhor aprove a nossa relação. - termindo de dizer, estou muito constrangido por dentro, mas por fora eu precisava mostrar que estava tranquilo, eu não queria que meu nervosismo estragasse tudo.

- Eu acho muito corajoso da sua parte vir até a casa da namorada para conversar com o pai dela com tão pouca idade, creio que se está aqui se apresnetando a mim é porque realmente gosta muito da minha filha, ou está aqui obrigado... Mas como eu conheço a Melinda, sei que não está aqui por obrigação. Uma vez ela já namorou, mas nunca me apresentou ao seu namorado, então, se você está aqui, é porque ela sente que você vale a pena. Se você for realmente um garoto bom como acho que é, é claro que eu aprovo o namoro dos dois, mas preciso pedir que continuem a se dedicarem aos estudos, os estudos devem vir em primeiro lugar. - ele diz e da um riso engraçado e gentil, apesar da minha súbita timidez com tudo o que ele havia falado, eu tentei me controlar.

- Não sei nem como agradecer... Fico feliz que o senhor aprove a nossa relação, a opinião dos pais sempre são muito importante na vida de um filho e o apoio também. Obrigado.

- Não seja tão formal, garoto. Eu não sou tão rígido assim, se continuar puxando o meu saco, irei acabar me acostumando... - ele brinca e eu sorrio timidamente antes de responder.

- Desculpa, é que meus costumes são bem diferentes e na China a aprovação dos pais é muito importante, por isso eu me preocupo muito com isso.

- Ah... Entendo, cada país tem seus costumes, já li coisas sobre a China, faço ideia como seja. Fico feliz que você goste da minha filha e que ela goste de você.

- Sim, pai. Nós dois nos gostamos muito. - Melinda fala e sorri ao me olhar.

Continuo conversando um pouco com Gustavo, ele me pergunta quase tudo sobre mim, sobre minha família, minha história de vida, coisas que normalmente se conversam quando conhecemos o pai e mãe de nossos parceiros. Durante toda a conversa, ele riu e me elogiou em algumas coisas, eu pude sentir que ele havia gostado de mim, para minha sorte, até que se passaram duas horas sem que percebessemos, tive que me despedir, no final, ele disse que foi um prazer em me conhecer e que havia gostado muito de mim, falou para que eu voltasse mais vezes para conversar com ele, assenti e disse que voltaria sim.

Melinda me acompanhou até a porta de sua casa, ela estava de mãos dadas comigo e sorriu após fecharmos a porta da casa.

- Ele te adorou... Jamais pensei que ele fosse gostar tanto de você, eu estava até preocupada dele não aprovar nosso relacionamento. - ela disse, estava tão alegre que dava vontade de enchê-la de beijos e carinhos para que pudesse ficar ainda mais feliz, se isso fosse possível.

Você veio de um dorama?Onde histórias criam vida. Descubra agora