Parte IV

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Estava eu com o ursinho na frente do rosto - sim, timidez - e ele me pediu pra tirar o ursinho da frente, obviamente porque se é chamada de vídeo ele quis me ver e não ao urso - risos - esqueci de mencionar, o nome do ursinho é Toni. Até que enfim, tirei o ursinho do rosto, observei-o, o garoto, encantada - Kawai - muito fofinho, conversamos, estava um pouco inquieta, não costumo me comunicar com pessoas em chamadas de vídeo, mas a conversa fluiu tranquilamente, como uma balança, os dois equilibravam ao mesmo tempo, em constante sintonia. Estava feliz. Então mostrei o meu quarto a ele, as duas camas, a janela... Falei que era baixinha, e então ele pediu para que eu me afastasse um pouco mais da tela para me ver por inteira, fiz algo melhor, subi na cama - risos - e fiquei me perguntando, como é ser alta, qual será a sensação? Ele era muito fofinho, engraçado, o jeito que contava histórias que haviam acontecido com ele e como me fazia rir, não sei o que era mais engraçado a ênfase com que ele contava a história, ou em si, a própria história. Lembro-me de muitos dias antes, quando ele havia ido para casa de sua mãe, pedi pra ele cantar pra mim, eu gosto da sua voz, nessa noite ele me mandou em média acho que entre vinte à trinta áudios cantando, eu havia dito que iria escutá-los antes de dormir, já que provavelmente não iria falar com ele ao longo do dia, então à noite, colocava os fones, fechava os olhos, e navegava em sua voz. Fiz isso até adormecer, e ao amanhecer, quando acordei, lá estava eu, com o fone no ouvido, e o celular ao meu lado.

Quando é pra serOnde histórias criam vida. Descubra agora