• Capitulo Vinte e Um •

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Assim que eu viro de costas para ir embora, ouço o barulho da arma em sua mão, eu congelei ali mesmo, e minha cabeça automaticamente disse que ali eu morreria, eu sabia onde eu estava me metendo, e me pergunto porque me deixei levar pra ficar nessa situação.

- Sanzu não faça isso, ela não tem culpa de nada, eu trouxe ela pra cá, eu seduzi ela. - Ran fala para tentar amenizar a situação.

- Nada me importa mais!!

- Atira Sanzu! - falo alto pra ele. - Mais não se arrependa, então eu te peço que atire!.

Eu estava de costas de frente para o elevador, eu me recusava a me mexer ou olhar nos olhos dele.

- Você está louca S/n ?!.

- Não Ran, não estou, Eu transei com o Ran por que eu quis, e foi vontade própria minha, e não me arrependo, eu pedi pra ele me trazer para um lugar seguro, ele se ofereceu para me trazer pra casa dele, mais só aconteceu porque eu quis, tanto ele quanto eu, mais como ele é seu amigo de anos, então atire em mim, e deixa ele continuar sua vida normal com você.

Os dois ficam quietos, eu percebo que ele não vai atirar, eu aperto o botão do elevador, e fico esperando até ele subir.

Assim que o elevador chega, eu entro, Sanzu vem atrás de mim.

- Não. - seus olhos estavam cheios de lágrimas, e totalmente vermelhos de ódio.

- S/n! - ele me chama.

- Eu disse NÃO SANZU!

Ele para, a porta do elevador se fecha e eu aperto para o térreo, chamo um táxi e vou pra minha casa, não irei para a faculdade hoje, passaria a manhã isolada, vou apenas ir trabalhar já que era meu último dia de trabalho no hospital Takashi.

Não muito tempo depois, eu chego na minha casa, pago o taxista, entro em casa, trancando o portão e a porta dos fundos, o portão da frente era automático, e só tranquei a porta da sala, olho ao redor da minha casa, graças ao céus aquele filha da puta não conseguiu entrar aqui, faço algo para comer no meu café da manhã, vou pro banho logo depois.

Sanzu...

Só não matei aquela filha da puta por que estava na casa do Ran, era pra mim estar puto com ele também, mais não estou, mais estou puto com ela, naquele momento se Ran não tivesse impedido teria deixado meu ódio por completo tomar conta de mim, e teria atirado nela.

Mais no momento em que a vi entrar no elevador e ir embora, aquilo, aquilo sim me magoou profundamente, eu estava deixando ela ir embora, e era aquilo mesmo que eu queria ou era outra coisa que eu mesmo não sabia identificar.

Me sento novamente no sofá do Ran, deixando a arma de lado, minha cabeça doía, tudo aquilo estava me afetando de alguma maneira.

- Me desculpa - Ran fala, eu estava de cabeça baixa e minhas mãos estavam em meus olhos, apenas respondi ele sem encaralo.

- Tudo bem, acho que eu errei primeiro.

- Você deveria voltar pra sua casa Sanzu, ainda temos coisas para resolver do Kisaki.

- Concordo, mesmo que isso tudo aconteceu, peço para que cuide da S/n.

- Pode deixar!

- Mais antes vamos pra minha casa, realmente precisamos fazer um plano para matar o Kisaki e seus capangas.

Ran concorda, e me conta um dos planos que ele teve, vamos juntos pra minha casa, depois ficamos em silêncio durante todo o caminho, não conseguia me esquecer da S/n, eu precisava dela, e isso me irritava.

S/n....

Depois de ter um dia um pouco calmo depois da manhã estressante, eu vejo uma casa ou apartamento um pouco mais distante, eu planejo vender essa casa onde eu moro, já que não estou me sentindo mais segura aqui.

Vou para o meu quarto trocar de roupa, e ir para o meu trabalho, deixo esses assuntos pessoais de lado, para que eu possa ter pelo menos uma tarde ótima no serviço, já que era meu último dia.

E assim eu faço, pego minhas coisas, e vou para o meu carro, depois de trancar toda a casa, dou mais uma olhada no meu notebook antes de fechalo e antes de ligar o carro para ir pro serviço.

Eu encontro uma casa que ficava bem longe da casa da minha mãe, até mesmo das minhas amigas, ela era parecida com a casa do infeliz do Sanzu, porém graças ao céus eram em um lugar totalmente diferente da onde ele morava, e isso pra mim era fabuloso, claro que seria uma viagem de três horas até essa casa e até a minha faculdade, não queria morar tão longe, mais seria necessário pra mim mesma, então marquei de me encontrar com a corretora da casa amanhã cedo, já que era final de semana.

Tentaria vender essa casa que moro até segunda, se eu conseguir.

Desligo meu notebook, me ajeito em meu carro e vou para o meu trabalho, e ali seria o momento perfeito para recomeçar minha vida, e fingir que nada disso aconteceu.

[....]

Horas mais tarde, eu arrumo minhas coisas para ir embora pra minha casa, mais antes disso minhas amigas me chamaram para ir em uma festa que Emma estava fazendo na sua casa, mais me recusei a ir, pois sabia que o babaca do Sanzu estaria lá, me recuso de todo o jeito de ir pra ter que ficar olhando pra aquele babaca de merda.

Me despedi de meus colegas, e fui pra casa, agora eu teria só a faculdade para me preocupar, mais sentiria falta de toda essa movimentação do hospital, e dos momentos que tive aqui.

Assim que eu chego na minha casa não muito tempo depois de sair do hospital, eu tomo um outro banho, visto uma roupa confortável, e me permiti ficar deitada em meu sofá assistindo filmes de comédia romântica, enquanto eu comida várias coisas gostosas.

No meio do meu filme meu celular toca, era minha mãe me ligando.

- " Oi mãe"

- " Oi filha, como você está ?!"

- " Estou ótima!"

- " Desculpa não ter ligado depois do jantar, espero que seu tornozelo esteja melhor querida."

- " Está bem melhor mãe, não foi nada grave, obrigada por ligar! Como estão as coisas aí ?!"

- " Bem, por milagre Hiroshi e eu vamos viajar para praia nesse final de semana, será um dia só nosso!"

- " Fico feliz mãe, vocês dois merecem aproveitar.!"

- " Eu Concordo, bom... Como foi o serviço hoje ? E a faculdade?" - era um milagre ela perguntar, ela nunca me pergunta sobre essas coisas.

- " Bom, hoje eu faltei na faculdade, mais tá indo bem, e... Meu estágio acabou hoje, então estou desempregada!"

- " Por que não vai trabalhar na empresa do Hiroshi querida ?!"

- " Porque eu não quero mãe, agradeço a oferta, mais não quero, não se preocupe, eu conseguirei algo melhor."

- " Ok, você disse que faltou na faculdade hoje, você está bem ?! Aconteceu algo entre você e seu namorado?!"

Quando ela se refere do Sanzu assim, meus olhos se enchem de lágrimas, mais respiro fundo e continuo a falar.

- " Não mãe, está tudo bem entre a gente!"

- " Ok meu amor, se precisar de mim, você me liga, vai descansar, beijos eu te amo filha.!"

- " Pode deixar mãe, obrigada, eu te amo mãe!"

Sim, era a primeira vez depois de anos que falo isso com total sinceridade pra minha mãe.

Cinquenta Tons De - Sanzu Haruchiyo Onde histórias criam vida. Descubra agora