feito isso

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Quando abriu seus olhos e olhou para o lado vendo a cama de bryce, sentiu sua cabeça latejar e lembrou da burrada que tinha feito. No fundo ele estava envergonhado.

Não queria enfiar seus amigos no problema dele, mas não conseguia ficar sem beber por um dia. Suas faltas começaram a ser frequentes, já tinha sido chamado na direito cinco vezes naquele mês.

Estava ciente que a qualquer momento sua poderia ficar ciente daquilo, mas não ligava muito por que provalmente ela fecharia os olhos e daria grana para escola aguenta-lo mais um pouco.

Seu quarto fedia a bebida, assim como ele próprio, se olhou no espelho e observou aquelas olheiras gigantescas, resultado das suas longas noites sem dormir.

Quando estava com kio, ele mal sabia o que era ter insônia, pois dormia tão bem e tão facilmente, se abrigava nos braços do moreno e capotava em minutos.

Agradecia aos céus que as suas férias estavam chegando, mesmo que ele ficasse naquela escola o mês todo, poderia sair pra se embebedar em paz e ninguém iria saber

Sobre ele ficar na escola no mês das férias, aquilo era mais um benefício de ter uma mãe que não liga pra sua existência e nem se importa com você. Vinnie tentava não ligar muito, pois aquilo as vezes machucava bastante. Era um pouco difícil de aceitar que sua mãe não fazia questão da sua presença, da própria presença do seu filho.

Tudo por homem.

Desde que seu padrasto chegou na vida dela, ela ignorou sua existência e lhe jogou para escanteio.

Típico.

- Bom dia, gatão. Bryce entrou no quarto segurando um saco de salgado e uma lata de suco.  - Trouxe pra você.

Vinnie pegou o saco e a lata da sua mão e voltou a se sentar na cama

- Tome um banho, você está fedendo. Bryce exclamou. - Aproxima vez que for encher sua cara me avise, assim eu não acordo às três da manhã pensando que aconteceu algo de grave com você. Ironizou.

- Me desculpa. Pediu e sentiu a mão de bryce em seu ombro.

- Fale com ele, vinnie. Você está se auto destruindo, pare de ser orgulhoso e vá atrás de kio. Aconselhou.

- Ele não quer falar comigo. Exclamou abaixando sua cabeça.

- Como não? Eu posso te afirmar que ele está triste igual você. Kio só não demonstra, mas isso está óbvio e só olhar na cara dele.

- Você acha? Perguntou.

- É claro cara. Eu só te quero ver radiante de novo, torço por você. Bryce beijou seus cabelos e saiu do quarto. - Tome banho antes.

A única coisa que vinnie tem certeza que nunca vai se arrepender é ter conhecido bryce.

- Você está radiante. Comentou.

- Tive uma noite espetacular com chase, sabe como é né. Noen exclamou apontando para seu chupão.

- Você diz com tanto orgulho. Kio resmungou.

- Inveja, kio? Só por que você fez vários no vinnie e ele não mostrou pra todo mundo. Noen vez uma cara de choro.

- Cale sua boca. Exclamou raivoso. - Não fale sobre isso.

- Pare de tratar isso como um bicho de sete cabeças, vocês transaram e pronto.  E ninguém, tirando eu, sabe disso.

- Você não entende. Kio se levantou.

- Claro que eu não entendo. Mas eu entendi a forma como bryce saiu desesperado do internato as três da manhã, atrás de um certo alguém.

- Isso não é culpa minha!

- Não é! Mas se você não fosse a porra de uma criança, e ao menos conversassem como gente grande, evitaria muito coisa. Noen apontou para ele. - É evidente como vinnie ficou destruído com isso, explique pra ele o motivo, kio.

- Ele não vai entender! Exclamou raivoso.

- Se ele gosta de você e quer sua amizade, ele vai entender. Noen disse por fim. - Vinnie 'ta sofrendo, kio.

- Eu não sei. Disse se jogando na sua cama. - Eu confundi tudo.

Kio tinha que ter evitado aquele contato todo, aqueles manhãs, tardes e noites que vinnie ficou dentro do seu quarto, evitado aquele carinho em seu rosto e na sua cintura, os cafunés, os olhares que trocavam, os beijos na bochecha.

Evitado tudo.

Mas ele se sentiu tão seguro com vinnie, suas insegurança sumiam perto dele, sentia vontade de amigar com todo mundo e mostrar seu jeito falador de ser.

Só vinnie tinha aquele poder.

E ele passou cinco angustiantes dias pensando naquilo, se deveria ir atrás e esclarecer tudo, jogar limpo e falar o que sente em relação a isso.

Quando saiu do banho pronto para se trocar, ouviu batidas na sua porta e pensou que era noen, pois o garoto tinha acabado de sair dali para ir ao quarto de chase, provalmente teria esquecido alguma coisa.

- Você sempre esquece tu- Até continuaria se fosse noen ali. - Vinnie?

- Será que podemos conversar?

Ele sentiu tanta saudades daquela voz.

Respirou fundo e balançou sua cabeça.

- Claro, precisamos conversar. Deu espaço para vinnie entrar.

Vinnie parecia sem jeito, pois a última vez que tinha entrado naquele quarto era com kio em seu braços, segurando sua camisa e puxando para sua cama.

- Eu vim pedir desculpas por aquele acontecimento. Exclamou.

- Não se desculpe, eu estou errado nessa história. Tinha que ter te explicado tudo, não te jogado pra fora daquele jeito, eu fui infantil.

- Eu tô aqui agora, você pode me explicar. Vinnie colocou sua mão nos bolsos.

- Eu venho de uma família bastante religiosa, eles por incrível que pareça me aceitaram, sabiam que não podiam mudar isso, mas eles me pediram para que eu seguisse a crença e apenas fizesse amor depois do casamento e eu não acabei fazendo isso, eu me deitei com você, no dia seguinte, quando abri os olhos e te vi, me liguei na grande merda que eu tinha feito, eu não fiz a única coisa que meus pais me pediram eu falhei.

- Kio.... Se aproximou sentindo o garoto se jogar em seus braços.

- Me desculpa pediu.

- Não precisa, eu te entendo agora e vou ficar do seu lado. Apertou o corpo do moreno contra o seu. - Está tudo bem.

- Eu senti tanto sua falta. Exclamou. - Podemos voltar?

- Óbvio que sim. Disse sorrindo. - Hm, eu só preciso me trocar, eu estou de toalha.

- Eu não vi nada. Brincou.

Kio fingiu não perceber os vários chupões que apareceu no peitoral de vinnie quando sua blusa abriu um pouco.

Ele tinha feito isso.

∆∆

VOLTEI!

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