briguinha insignificante.

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Vinnie sentia a culpa em seus ombros. Se levantou da cama onde deixou a garota de cabelos ruivos deitada, com seu corpo nú coberto de um lençol branco, quase transparente.

Ele sabia que tinha exagerado na bebida novamente, sua cabeça doía como um inferno e sua visita está embaçada. Vestiu sua cueca, sua camisa e seu shorts, saiu de fininho para que ninguém conseguisse ouvi-lo.
Se lembrou da cara que kio fez quando disse que iria para festa, a decepção e a raiva nos olhos do moreno. Mas ele não entedia, o porquê dele ficar assim, mal se conheciam, mal tinham trocado uma palavra.

Quando chegou em seu quarto, observou a cama desarrumada e seus livros, cadernos e notebook jogados em cima da cama, caminhou até lá e fechou tudo. Foi direto pegar um remédio de dor de cabeça e uma toalha.

O cacheado se sentia vazio e sozinho, como se tivesse faltando alguma coisa, mas ele não compreendia muito bem, pois tinha tudo que queria, amigos, pessoas que beijam seus pés, ficantes.

∆∆∆

- E como foi a sua aula com o capitão vinnie? Noen perguntou. Ele realmente queria saber, pois ficou chocado quando kio lhe disse que o cacheado pediu aulas particulares.

Kio estava com uma carranca enorme, seu mal humor estava nas alturas e sua paciência era inexistente.

- Não foi, ele desistiu nos primeiros vinte minutos de aula, me largou ali e foi para um festa se embebedar. Respondeu ácido.

Noen olhou para si com pena, sabia que kio no fundo queria muito ajudar o cacheado, o moreno mesmo que negasse, se preocupava muito com vinnie.

- Você sabe como esses garotos são dificies, ainda mais o vinnie que é praticamente um alcoolotra, só pensa em si mesmo e tem o ego nas alturas. Exclamou.

Os dois caminharam até a sala de aula, e o moreno notou que vinnie tinha faltado na primeira aula, seu lugar estava vazio. Voltou sua atenção na aula quando sentiu a cotovelada de noen em seu braço.

A aula de química foi boa, ele tentou prestar atenção e ignorar aquele fato, mas iria atrás do cacheado se não comparecesse em nenhuma aula daquele dia. Teria prazer em jogar na cara dele como foi um idiota de ter decidido deixar de estudar para ir em uma festa de adolescentes frustados.

Seus dedos batucavam na mesa conforme os horários foram passando, sua raiva aumentando e seu paciência sumindo.

E para pior seu dia, dylan ( o garoto mais otário do colégio) decidiu zoar com a sua cara. O garoto puxou seus livros e abriu aquele sorrisinho irônico.
Além de burro, era extremamente otário e sem noção.

- Tem como você me devolver os meus cadernos por favor? Pediu educadamente.

- Qual é esquisito, só quero pegar algumas anotações, não faz mal né? Perguntou.

- Não me chame de esquisito, apenas devolva os meus cadernos, preciso deles hoje, não posso te emprestar. Pediu novamente, se aproximou do garoto mas levou um empurrão.

- Se você me irritar muito, farei questão de tacar na lixeira. Dylan ameaçou. - Relaxa, está muito nervosinho.

- Cara, eu não estou com paciência pra aturar suas brincadeiras de quinto ano, parece que você não saiu do fundamental. Sei que você é burro e que sua mentalidade é de onze anos, mas você não precisa ficar fazendo brincadeiras estúpidas para chamar atenção. Exclamou irritado.

Quando seus livros foram parar no chão e ouviu as pessoas gritarem, teve noção da grade merda que tinha feito.

- Você perdeu a porra da sua noção? Dylan empurrou novamente seu corpo fazendo bater nos armários. - Seu mongolóide de merda.

Seu pescoço foi apertado com força, ele tinha certeza que tomaria um socão em questão de segundos.

O que falaria para sua mãe quando ela recebesse uma ligação dizendo que seu filho tomou uma surra no meio do corredor da escola, e que perdeu sua bolsa de estudos.

Prefere que dylan quebre todo o seu rosto e deixe sem consciência, assim poderia lidar com seus milhões de problemas depois.

Fechou seus olhos e soltou sua última respiração antes do seu rosto tomar um soco que deixará marcado para toda sua vida.

Ok, ele era um pouco dramático.

- Ei idiota, o que pensa que está fazendo? Solte ele! Sua salvação berrou.

Sentiu o aperto em seu pescoço afroxar e tomou coragem de abrir seus olhos, ali viu vinnie e toda sua postura de macho alfa.
O cacheado usava regata que permitia ver todas suas tatuagens e seus músculos grades.

- Vinnie, esse garoto debochou da minha cara, estou apenas dando uma lição nele. Se explicou.

Dylan era um frouxo.

- Que se dane, eu já falei que não quero jogadores do meu time se metendo em confusão, independente da pessoa ou do quê ela disse, pouco me importa! Indagou.

- Me desculpe capitão, isso não irá ocorrer novamente. Dylan rapidamente se retirou dali, e todas as pessoas também.

Kio se agachou e pegou seus livros, colocando entre seus braços magros e tentou se recompor um pouco. Nem tinha percebido que o cacheado ainda estava ali, observando todas as suas movimentações.

- Muito obrigado. Murmurou agradecido.

- Não pense que fiz isso por você, apenas não quero que meu time seja afetado por uma briguinha insignificante. Esclareceu.

Vinnie pouco se importava se kio tomasse um soco na cara ou apanhasse pra caramba.

Ele só pensa em si mesmo.

- Claro. Concordou. - E como foi a festa? Se divertiu?

- Isso não é da sua conta. Respondeu. - Não sei se ainda você quer me ajudar, mas se quiser, me encontre no meu quarto as sete, o mesmo esquema de antes.

- Eu irei. Sussurrou.

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Oioi!

Sei que os capítulos estão sendo muito curtos, mas prometo que ao longo da história aumentará ok?

Beijos!

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