ᘍ : A besta que você fez de mim ໑ · ★

Capítulo 10 : LUCERYS VI

Notas:

(Veja o final do capítulo para notas .)

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"Eu acho... azul combinaria com você, não é?" Helaena pergunta. Ela apresenta a Lucerys o bastidor de bordado para ele, o início de um lenço de renda ali, um escaravelho azul tomando forma ali. Ele brilha em um azul profundo e rico, mais próximo da safira do que qualquer outra coisa.

"Você acha que?" Lucerys pergunta pacientemente, inclinando-se para examinar a forma. Jahaera choraminga, sua atenção fora dela, e Lucerys redireciona os olhos para ela, sorrindo gentilmente enquanto ela fala em seu ouvido sobre seu vestido novo. Seu olhar voa para o anel novamente. “Vou pedir aos criados que me tragam mais blues.”

“Sim,” Helaena concorda.

Jaehaera salta no colo de Lucerys, conseguindo colocar seus pezinhos nas coxas dele para que ela fique sobre ele. Ela olha para ele, olhos ametistas arregalados com entusiasmo raivoso. “Azul é tão bonito, mas você não vai usar verde em vez disso, primo Luke? Todos nós vestimos verde”, insiste Jaehaera.

“Eu não, rhūqes ,” Lucerys diz gentilmente.

"Por que não?" Jaehaera exige, fazendo beicinho. “Eu quero que você combine.”

Eu não sou um Verde, Lucerys quer zombar. Ele pode parecer dócil, mas não é. Ele está enjaulado, andando pela extensão do mundo que lhe foi concedido, sempre esperando para se libertar.

“Eu não acredito que a cor seria adequada para tudo”, diz Lucerys em vez disso. Ele espera que a garota aceite o fato, e fica feliz quando parece que ela não tem interesse em discutir com ele.

Mas, então, Helaena diz, de repente, “Esmeraldas”.

"Verde!" Jaehaera aplaude. “Muña concorda!”

Helaena deixa cair o bastidor de bordado no colo e se vira para Lucerys, com urgência. “Esmeraldas, Luke.”

Lucerys franze a testa, deixando Jaehaera de lado, ignorando seus protestos com bastante facilidade. "O que? E as esmeraldas?”

“Esmeraldas e ônix e safiras,” Helaena rosna. “Tem uma fera aqui, na barriga.”

Novamente, essa palavra .

"Uma besta... eu sou a besta?" Lucerys sussurra.

Helaena se inclina, olhando para ele por baixo dos cílios pálidos. "Somos todos feras aqui", ela rosna. “Esmeraldas e ônix e safiras em uma corrente fiada de— oh !”

Helaena salta, sentando-se de repente. Ela joga a cabeça para trás e solta uma risada de alívio, tão diferente da urgência que ela havia apenas comunicado segundos atrás. Lucerys faz questão de manter sua expressão calma e cuidadosa.

"O que é isso, Helaena?" Lucerys pergunta.

"Eu cometi um erro", diz Helaena, muito mais relaxada. “Esmeraldas, ônix e safiras engastadas em uma corrente de bronze . Bronze, Lucas! Ela ri e acena para si mesma, pegando seu bastidor de novo. Distraída, ela acrescenta: “Em nome da paz e da sanidade. Uma corrente de bronze.”

Lucerys sabe que interrogá-la não tiraria muito dela. Helaena é estranha, sempre foi, e ele não entende as palavras dela na maioria das vezes. São sonhos e pesadelos cercados de profecias, quase. Se ao menos Lucerys acreditasse em magia, talvez...