Em nenhuma hipótese confie no inimigo.
Candice Black e Nicholas Galitzine pertencem a lados opostos da mesma moeda. Casados há mais de seis anos, eles têm um casamento perfeito e uma vida até então "normal".
No entanto, na mesma medida que são duas...
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Chego em casa cansada após mais um dia no serviço.
Desde o dia que fui levada para aquela emboscada que o delegado decidiu que vai precisar rever a situação do Rizzo. Ele cismou que eu me tornei um imã para o criminoso, e isso provavelmente o está fazendo querer me fazer retornar ao caso.
E para melhorar minha situação, o novo investigador não conseguiu descobrir muita coisa sobre o crimino mesmo tendo todas as informações que eu deixei arquivadas.
Sinceramente, não gosto de julgar a capacidade profissional dos meus colegas de trabalho, sei muito bem como pode ser difícil entrar em um caso que você mal sabe quem é o criminoso.
Foi assim comigo quando fui transferida da minha cidade em Nova Orleans para vir pra NY entrar em um caso que eu nem mesmo sabia nada sobre quem era Rizzo. Mas tive que aprender a me informar sobre ele, segui seus passos, entrei em seu mundo e aprendi que para uma investigação realmente acontecer de forma eficiente às vezes precisamos esquecer até mesmo quem somos.
Obviamente que até hoje não consegui prender o Rizzo.
Mas consegui muito mais informação sobre ele do que qualquer outro investigador antes de mim.
Às vezes parece até que ele colabora comigo, e isso é completamente insano de pensar. Eu sei disso. Por isso logo jogo a ideia para o fundo da minha mente maluca.
— Alguém está cozinhando? — Pergunto para Nicholas que está em frente ao fogão com um pano de prato sobre o ombro.
Ele está uma delícia, e encosto-me contra a abertura da porta que da pra cozinha pra poder admira-lo melhor.
Realmente, uma delícia.
Está sem camisa, usando uma calça jeans que cai de forma que deveria ser crime em seu quadril. Me dando um pequeno vislumbre do caminho delicioso para dentro de sua calça, e mordo o canto da minha boca enquanto meus olhos sobem por seu abdômen seguindo para seus ombros largos, e chegando em seu rosto.
— Devo ter medo? — Nicholas brinca desligando o fogo e tampando a panela.
— Por que? — Pergunto rindo ao entrar na cozinha.
Retiro o meu distintivo da blusa, e a arma da cintura. Deixando sobre a bancada da cozinha os dois. E Nicholas se aproxima ainda com o pano de prato sobre seu ombro, e para ao meu lado.
— Tem que andar com isso por todo lado? — Ele aponta pra arma e o encaro com tédio, e ele balança a cabeça. — Sei que é policial, mas se lembra do nosso combinado? — Pergunta.
— Nosso trabalho não passa da porta de casa. — Repito o que combinamos quando nos casamos.
