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boua tardy

boua tardy

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O som alto da música que toca na boate consegue preencher meu escritório que fica no subsolo do lugar. Poucas pessoas conseguem acesso para essa área que fica mais escondida de forma proposital.

Hoje consegui inventar uma desculpa dizendo para Candice que eu teria que ficar até um pouco mais tarde no trabalho, e ela disse que iria aproveitar para fazer hora extra também. Quando sair daqui irei leva-la à uma pizzaria para jantarmos fora.

Mas antes eu preciso terminar de contar o dinheiro que faturei ontem, a noite foi bem movimentada por aqui. Aparentemente meus clientes estão gostando bastante dos novos produtos que estamos oferecendo.

As meninas estão sendo ótimas em fazer esses velhos nojentos, infiéis e asquerosos enfiarem droga no cérebro até estarem completamente dopados para não fazerem nada na cama. E isso só movimenta ainda mais o meu negócio, e ainda as poupa de terem que lidar com esses vermes.

— Cacete, você vai ficar um bom tempo aí, não? — Arón pergunta fechando a porta de ferro do meu escritório. E seus olhos seguem para a montanha de bolos de notas que estou contando na máquina.

— Estou separando por cinco mil. — Explico para ele. E o rapaz assenti.

— Talvez esteja na hora de dizer para a primeira dama que você recebeu um aumento. — Ele provoca me fazendo rir enquanto ajeito minha luva, e pego mais um pouco das cédulas e coloco na máquina.

— Já ganho mais do que um contador geralmente ganharia. — Respondo bem humorado.

As coisas estão ótimas ultimamente. Candice não está mais na frente do caso do Rizzo como investigadora principal, mas está ajudando na inteligência, então de qualquer forma o que eu queria aconteceu: Ela não está na rua exposta a psicopatas.

Já me da muito trabalho ter que administrar a boate e tudo o que rola aqui dentro, e também ter que ser um marido gentil, atencioso e que tem um trabalho completamente entediante.

Claro que eu não reclamo de ter essa vida, já estou acostumado. São quase sete anos lidando com isso.

Mas alguma coisa tinha que sair do meu controle, e isso aconteceu quando Candice foi para as ruas. Ela estaria ainda mais exposta do que já está quando trabalha na inteligência, e após muito tempo de investigação precisa ir prender o criminoso.

Imagine ela ficar diretamente na área de combate, todos os malditos dias indo prender algum sequelado.

E eu sinceramente não quero ter que gastar o tempo dos meus homens, tendo que espancar o infeliz que encostar um dedo na minha mulher. Independente se ele é a porra de um psicopata ou maluco, eu vou destruir a vida dele.

E qualquer coisa que ele tenha apego será tirada dele, caso Candice sofra.

— Tem um cara... — Falo envolvendo o elástico ao redor do bolo de cédulas. — ...Que eu pedi para darem uma visita... — Comento. — Ele está na prisão.

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