Em nenhuma hipótese confie no inimigo.
Candice Black e Nicholas Galitzine pertencem a lados opostos da mesma moeda. Casados há mais de seis anos, eles têm um casamento perfeito e uma vida até então "normal".
No entanto, na mesma medida que são duas...
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— Isso é uma merda! — Arón diz me surpreendendo.
— Como assim? — Pergunto passando por ele
— Cara, Candice sair do caso vai fazer a gente entrar em uma grande escuridão. Enquanto ela estiver no caso, você ainda consegue algumas "informações" e ainda assim a gente ainda precisa andar sobre ovos. Imagine se nem mesmo isto tivermos. — O meu amigo diz e paro para pensar um pouco sobre isso.
— Você tem razão. — Falo repensando
Eu pensei que se Candice estivesse fora do caso, finalmente eu teria um pouco mais de "paz". Afinal de contas, minha esposa não iria aparecer a qualquer momento com uma arma contra minha cara.
Ou eu acabar atirando contra ela em um momento de combate. Ou fuga.
Mas Arón tem certa coerência no que ele diz.
Afinal de contas, com Candice no caso já temos dificuldade em lidar tudo. Imagine se ela não estiver. Eu consigo fazê-la falar alguma coisas, que mesmo sendo poucas e as vezes até mesmo sem sentido, ainda assim nos ajuda a escapar em alguns momentos da policia. E dos próprios detetives.
Sem ter Candice no caso, vai ser um grande ponto de interrogação. E não vou poder prever o momento que os policiais estiverem vindo atrás de nós. Por um lado me sinto aliviado, pois sei que minha esposa não estará no meio de uma guerra de tiros, e agressões violentas.
Mas por outro lado, também sei que é o meu negocio que está em jogo.
— Eu sei que é complicado para você decidir entre uma coisa e outra. Mas tem momentos que você vai precisar colocar isso na balança.
— Eu sei disso— Não preciso que Aron me recorde.
— Sinto muito, cara.
— Não. Tudo bem. — Falo me recompondo rapidamente. Não vou ficar chorando e sofrendo com isso. Aconteceu, e ponto final.
Quando decidi me casar com Candice, não faltou pessoas para me alertarem de que isso era uma imbecilidade gigantesca. E obviamente que minha própria consciência também me lembrava disso.
Eu sabia que teria muito mais contras do que prós, mas ainda assim quis ser teimoso, e quis me casar com Candice.
O pior de tudo não somente o perigo de constantemente estar casado com uma detetive maravilhosa que é muito mais inteligente do que qualquer um é capaz de ser, mas também o medo de que pessoas que obviamente me querem completamente morto e destruído, acabem descobrindo minha verdadeira identidade e isso acabe sujando Candice também.
Eu sei que seria complicado para ela "explicar" que durante todo esse tempo ela foi casada com o Rizzo e em nenhum momento se quer ela desconfiou sobre isso.
É algo que nenhum detetive iria engolir.
Uma das melhores detetives de Nova York é casada com um dos criminosos mais procurados por sua carreira, e em nenhum momento ela chegou em uma se quer pista mínima de que isso poderia ser possível?
Suspiro.
— Irei dar um jeito de ajeitar isso.
— Por favor. — Arón fala. — É um equilíbrio cara. Enquanto ela não souber que você é você. Tudo está tranquilo. Mas por outro lado, também precisamos dela no caso. — Meu amigo para por um momento me olhando. E fica sério. — Não se esqueça o porquê de vocês terem se encontrado...
Sei que ele se refere a noite que eu conheci pessoalmente Candice.
Lembro-me muito bem daquele dia. Eu tinha a completa intenção de prendê-la na área subterrânea da boate, eu sabia que ela era uma detetive. Já tinha acompanhado seus movimentos, e tinha meus informantes na policia que na época me disseram que tinha uma detetive nova no pedaço.
Que ela era de outro estado, e muito gostosa.
Mas eu não sabia que no momento que trocássemos um pouco de assunto, eu ficaria totalmente hipnotizado por ela.
Naquela noite eu não consegui pela primeira vez cumprir um dever que eu teria que concluir. Eu não consegui levar Candice para o quarto subterrâneo, eu não consegui cumprir o meu dever de tirar informações dela. Nem mesmo me passou pela mente fazer qualquer tipo de pressão psicológica com a detetive.
Naquela noite eu permiti que ela saísse pela porta da frente, eu permiti que ela entrasse no taxi e seguisse para sua casa.
Mal sabia eu que naquela noite meu destino estava completamente traçado ao daquela policial infernal.
(...)
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—Amiga, você tem certeza disso? — Carla diz sentada comigo na mesa. Ela olha rapidamente para suas costas, disfarçando se tem alguém próximo de nós. E em seguida volta a me olhar enquanto ajeita seu boné. — Isso é loucura! — Ela sussurra.
— Eu não vou ficar de braços cruzados. — Respondo convicta e Carla respira fundo apoiando os cotovelos na mesa enquanto me olha
— Seja um pouco racional, Candice.
— Estou sendo completamente racional. — Falo séria a interrompendo. — Eles acreditam que eu permiti Rizzo ficar solto todo esse tempo porque eu queria? — Pergunto indignada. — Então daqui a pouco vão dizer que eu sei quem ele é.
— Não é isso, e você sabe disso.
— Eu não sei mais de nada, Carla. — Falo irritada recostando-me na cadeira
— Eu posso te ajudar passando algumas informações. Mas preciso que você prometa que não vai sair por ai igual uma louca psicopata atrás desse homem! Ele é muito perigoso, tem gente trabalhando pra ele na cidade inteira. — Carla da uma pausa enquanto o garçom passa por nossa mesa. — Até mesmo na policia. — Ela sussurra.
— E você acha que eu não sei? — pergunto.
— Então pare de ser uma suicida maluca. — Carla fala pra mim — Tenha paciência que tudo irá dar certo! Precisamos no momento manter nossas cabeças no lugar, e deixar que os detetives que estão na frente do caso trabalharem.
— Eu trabalhei nesse caso por mais de seis anos. — Falo gesticulando. — Não tem ninguém naquela delegacia que conheça melhor o jeito desse cara trabalhar do que eu. Eles realmente acham que se eu que estou nesse caso a tanto tempo não consegui ainda o encontrar, eles vão?
— Então qual o plano? Já percebi que não adianta falar nada.