Em nenhuma hipótese confie no inimigo.
Candice Black e Nicholas Galitzine pertencem a lados opostos da mesma moeda. Casados há mais de seis anos, eles têm um casamento perfeito e uma vida até então "normal".
No entanto, na mesma medida que são duas...
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— Você vai se atrasar, Candice. — Aviso do andar de baixo após retirar o nosso carro da garagem.
— Coloca pra mim, por favor. — Ela pede andando na minha direção. E preciso de um momento para analisar sua roupa.
Minha esposa está linda.
Usando um vestido preto com um corte lateral na perna que mostra levemente um pouco sua pele conforme ela anda, o cabelo cacheado preso em um coque que permite alguns cachos soltos em sua cabeça. E batom vinho marcando seus lábios.
Respiro fundo inspirando seu perfume quando ela se aproxima me entregando colar, e se vira ficando de costas para mim. E vejo a pequena área nua em suas costas.
— Não estou conseguindo colocar. — Ela diz. E mantenho-me em silencio enquanto coloco o colar ao redor do seu pescoço, e aproximo um pouco meu nariz de sua pele a sentindo se arrepiar, e isso me faz sorrir.
— Você está linda, querida. — Falo próximo do seu ouvido, sentindo-me levemente bêbado por seu aroma.
E a vejo sorrir enquanto me olha de lado.
— Obrigada. — Agradece
— Estou sendo tentado a prende-la na cama. — Falo e no fundo tenho uma pontada de sinceridade, e ela sabe disso.
— E eu estou sendo tentada a ficar presa. — Ela responde com um sorriso. — Mas não quero perder o aniversário do meu superior.
Solto o ar controlando o revirar de olhos. O capitão está fazendo aniversário hoje, e Candice foi convidada assim como outros policiais de seu esquadrão.
— Quando voltarmos, entretanto... — Ela deixa no ar ao passar por mim com um sorriso mais do que sugestivo, e respiro fundo controlando minha vontade de tranca-la dentro dessa casa.
No caminho para o local onde será o aniversário do capitão, paramos no sinal vermelho e suspiro provavelmente pela decima vez.
— Está acontecendo alguma coisa? — Candice questiona me olhando.
— Realmente me conhece, huh? — Provoco.
— Estamos casados há sete anos, amor. Se eu não souber todos os seus traços mesmo sendo detetive e sua esposa, acho que não sirvo para nenhum dos dois. — Ela responde debochada.
— Acho que deveríamos ir para a cada de sua mãe no natal. — Respondo tomando coragem. E vejo que Candice fica um tempo calada.
— E por que isto? — Ela pergunta.
E ela está certa em me questionar sobre isto.
Já tínhamos tido essa conversa anteriormente, e eu não queria viajar esse ano, mas por conta dos meus negócios que iam além da boate. No entanto, de lá para onde estamos aconteceu muita coisa, e isso me fez repensar bastante.
