08

1.4K 184 147
                                    

Capítulo - 08

O que?!

Encarando o teto do meu quarto, acordei com a boca ressecada. Cabeça latejando.

- Quer água?

Um copo de água apareceu em minha frente.

- Ah, sim, obrigada.

Peguei o copo e tomei.

Eu deveria comer...

- Quer comer?

Uma tigela com cereal apareceu em minha frente.

- É algum tipo de gênio da lâmpada que lê pensamentos? - olhei para a estranha mão que trazia os alimentos.

A mão riu. A risada da mão era realmente gostosa de se ouvir.

- Ainda está dormindo?

Foi como se algo tivesse estalado em minha mente. Olhei para o Armin que estava sentado em uma cadeira ao lado da minha cama.

Ele continuava a rir de mim.

- ... Você dormiu aqui? - perguntei já experimentando o cereal.

- Eu não ia dormir aqui, mas você me arrastou dizendo que estava tarde e que seria perigoso ir sozinho para casa.

Eu mastigava lentamente o cereal. Dei uma breve olhada ao redor. A única coisa fora do normal era a cama estar terrivelmente bagunçada.

- Nós...? - perguntei.

- Não. Você me arrastou até seu apartamento, me lançou no sofá e pôs uma coberta em mim. Você não me disse mais nada, só caiu na sua própria cama e começou a roncar.

- Olha, eu não costumo a roncar, ok?

Ele ri.

- Então você realmente estava cansada.

Céus, o que falamos depois de sofrer um mico desses?

- Ah, eu ia sair igual nos filmes. Só que se eu saísse ia ter que deixar a porta do seu apartamento aberto, isso ia ser meio perigoso, já que percebi que você mora sozinha.

Apesar das palhaçadas, ele tinha um lado bem considerado.

- Obrigada.

Eu me levantei da cama e o levei até a porta.

Ele apertou o botão do elevador e veio até mim. A gente tinha que se despedir, não é?

- É... A gente se ver por aí. - Digo sem jeito

Nunca tive que passar por isso. O que se faz nesses momentos?!

Ele leva sua mão até o meu queixo e me faz erguer meu rosto. Quando pensei que ele me beijaria, recebo apenas um beijo na bochecha.

Ele ri do biquinho que eu havia feito.

- Você ri de tudo, não é?

- É meu modo de demonstrar atenção.

Revirei os olhos. Dei tchau para ele e fechei a porta. Confesso que fiquei um tempo olhando pelo olho grego, e o vi indo no elevador que havia chegado.

Respirei fundo quando ele finalmente foi.

Agora sim, eu podia descansar. Pegando meu celular e meu controle, liguei a tv e desbloqueei meu celular.

Me deparo com o celular aberto na aba dos contatos salvos. E estava bem grande "Peguete de Bárbara" e seu número salvo.

Professora, não se intrometa! | Amor DoceOnde histórias criam vida. Descubra agora