Um dia após Nathaniel partir para seu novo apartamento, eu decidi passar o resto das férias com meus pais.Arrumei apenas uma mochila e atravessei a cidade de ônibus.
Já na rua de casa, fui recebida por um grito de felicidade pelos meus pequenos vizinhos. Queriam que eu já parasse para brincar com eles, mas avisei que depois eu iria.
Naquela minha velha casa, encontrei-me com um sorriso e um longo abraço caloroso de meus pais.
Apesar de estar em casa, com pessoas que tanto confio, ao andar por ela, avistei meu antigo quarto no final do corredor. O mesmo quarto que trancamos e fingimos que não leva nenhuma memória de seis anos atrás.
Minha mãe pôs sua mão em meu ombro e me levou para outro cômodo.
[...]
Fazia três dias que eu já estava na casa dos meus pais.
Liguei a moto do meu pai.
Seguindo o protocolo da minha mãe, hoje era o dia de compras. E como meu pai estava trabalhando, me ofereci para comprar as coisas para ela. Pus a lista no meu bolso.
O problema era que cada coisa ficava em um canto diferente do mundo. Tirando que a cada loja que eu parava, os donos, os atendentes eram conhecidos dos meus pais. Tive que ouvir poemas sobre como eu estava grande, bonita, estudiosa...
Finalmente, só faltava uma coisa da lista. Entrei no mercadinho que indicava e comecei a procurar o detergente.
Confesso que não tenho muita experiência em mercados, então fiquei meio perdida. Tive que me afastar para entender que seção eu estava.
Olhei para o espelho que ficava bem no canto da parede.
O mercado estava realmente quase vazio.
- Só tem eu e... - Olhando para o espelho, vi dois homens com roupas escuras.
Eu já não tinha visto eles antes?
Continuei observando os homens, apesar de estarem olhando para as prateleiras, não pegavam e nem mexiam em nada.
Gelei.
Tinha três câmeras no mercado. Estavam gravando ou apenas aparentavam estar funcionando?
Lentamente, fui até às vassouras.
Pode ser coisa da minha cabeça de novo. Devem ser apenas caras comuns que ocasionalmente pararam no mesmo mercado que eu.
Segurei o cabo da vassoura.
Mãe, se for só coisa da minha cabeça, pelo menos ganhou uma vassoura nova.
Ao me virar, um dos homens estavam em minha frente. Ele estava com um capacete na cabeça, dava para ver meu reflexo nele.
Olhei para o lado. Cadê a atendente que estava ali agora a pouco?
Olhando para o homem alto em minha frente, forcei a mim mesma mostrar um sorriso para ele.
Me virei, dei costas para ele e pus a vassoura na minha mão esquerda. Agir naturalmente, agir naturalmente...
Quando olhei de relance ao meu lado, em um rolo de alumínio pude ver a mão do homem prestes a pegar meu pescoço.
Ele está querendo te encontrar...
A adrenalina me carregou nesse momento. Com a mão direita, puxei a vassoura e acertei com tudo no homem. Pouco me liguei se tinha quebrado ou não a vassoura, comecei a correr desesperadamente para a saída.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Professora, não se intrometa! | Amor Doce
FanfictionEra apenas um estágio para a faculdade de Bárbara. Durante o um ano e meio de estágio, ela se dispôs a conhecer seus alunos de Sweet Amoris. Não imaginava que sua repentina saída iria lhe causar tantos problemas futuros. - 𝐀𝐦𝐢𝐠𝐨𝐬? - Castiel ri...