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Despedacei os biscoitos em pequenos pedaços e os joguei na privada

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Despedacei os biscoitos em pequenos pedaços e os joguei na privada. Dei descarga.

Antes, eu estava com um pé atrás sobre o bilhete, mas uma voz bem no fundo da minha cabeça me pediu para confiar.

O sono pesado e falta de força que eu estava tendo começaram a parar.

Isso deveria ser um alívio, certo?...

Mas isso fazia ser tudo pior.

Por que uma enfermeira estava me drogando?

"Não confie em ninguém do hospital. Seis dias, é o que eu preciso para te tirar daqui."

- E aí, o que ele te enviou??

Ela se esticava para ver.

- Bárbaraaaa, me deixa ver, você está tão pálida. Ele te deixou sem palavras?

- Sim, sem palavras.

Olhando para o lado, um faxineiro passou. Ele nos observou atentamente.

- Júlia, apenas não conte para ninguém, ok? - escondi o bilhete por baixo da coberta.

- Se é o que vocês querem. - ela fechou a boca como se estivesse fechando um zíper.

- Obrigada.

O bilhete teve o mesmo destino do que os biscoitos, foi cortado em pedaços e lançado descarga á baixo.

Apesar de eu não estar comendo os biscoitos, para que a enfermeira chefe não desconfiasse, tive que fingir. Mal me levantar, um extremo sono e a preguiça de fazer qualquer coisa.

E isso me agoniava. Eu dava breves olhadas pela janela e me imaginava correndo desesperada da floresta. Indo direto para casa.

[...]

- Está tomando cuidado na dosagem?

Era a voz da médica.

Pelo o que parecia, tanto a enfermeira chefe quanto a médica haviam reservado um tempo para me visitar.

- Sim, senhora.

- Faltam apenas uma semana. Depois disso, - a médica suspira. - finalmente, esse pesadelo acaba.

- ...Tenho pena da moça. - a voz da enfermeira chefe soou melancólica. - Ela parece gentil.

- Deveria ter pena de você mesma, Margert. Se algo der errado não vão ter piedade de nós.

Que caralhos de hospital é esse?

Era difícil fingir que dormia ouvindo essa cena!

Elas ficaram mais um tempo conversando, até que finalmente saíram do quarto. E assim pude respirar normalmente.

[...]

- Júlia... - Na janela daquele quarto. Observava o que aconteceu no jardim do hospital.

Homens e mulheres iam e voltavam as pressas.

Professora, não se intrometa! | Amor DoceOnde histórias criam vida. Descubra agora